Política

Bolsonaro é especial e amado por povo do Brasil, diz Donald Trump

Com informações do Terra
Da Redação , Salvador | 28/06/2019 às 10:17
Donald Trump e Bolsonaro
Foto: DW
O presidente Jair Bolsonaro se reuniu nesta sexta-feira (28/06) em Osaka, no Japão, com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. No encontro, à margem da cúpula do G20, os dois líderes fizeram trocas públicas de elogio.

O tom dos dois líderes foi o mesmo mostrado em março na Casa Branca, quando Bolsonaro visitou Trump. O presidente brasileiro disse torcer admirá-lo e torce pela reeleição do americano , que, por sua vez, afirmou que a relação entre EUA e Brasil vive o melhor momento de sua história.

"Ele é um cara especial, está indo muito bem, é muito amado pelo povo do Brasil", afirmou Trump sorrindo a jornalistas, sentado ao lado de Bolsonaro. "Acho que dá para dizer que EUA e Brasil nunca estiveram tão próximos".

Bolsonaro convidou Trump a visitar o Brasil e disse "gostar muito" do presidente americano "desde antes da eleição".

"Sempre o admirei desde antes das eleições, temos muita coisa em comum. Somos dois grandes países que juntos podem fazer muito pelos seus povos", afirmou.

"Iremos ao Brasil", respondeu Trump, que desde que chegou ao poder em 2017 só visitou um país da América do Sul, a Argentina, e agora disse ter "vontade" de viajar para o país de Bolsonaro.

Os dois líderes tiveram um encontro a portas fechadas. O porta-voz da Presidência, general Otávio Rêgo Barros, disse que entre os assuntos tratados estiveram a crise da Venezuela, o ingresso do Brasil na OCDE e relações comerciais.

Segundo a Casa Branca, Trump e Bolsonaro também falaram sobre "riscos associados às atividades chinesas no Ocidente".

Tanto Bolsonaro quanto Trump têm um encontro privado marcado com o presidente da China, Xi Jinping.

Venezuela, China e clima
Após a troca de elogios, os dois presidentes responderam a perguntas da imprensa. Um dos assuntos abordados foi a guerra comercial com a China. Indagado sobre qual seria o papel do Brasil, se o país poderia ajudar os EUA, Trump disse:

"Não é uma questão de ajuda, é uma questão se vamos ou não fazer algo. Como temos uma boa oportunidade, vamos ver o acontece, no fim as coisas vão acontecer e boas coisas acontecem."

Sobre a Venezuela, Trump afirmou, ao ser questionado se o momento para impulsionar uma solução para a crise havia passado, que "as coisas levam tempo". Ele destacou que "há uma crise humanitária" no país sula-americano e que isso "mostra o que socialismo pode fazer".

Brasil e EUA estão entre os países que reconhecem o opositor Juan Guaidó como presidente interino da Venezuela.

Bolsonaro é um dos poucos aliados de Trump em uma reunião do G20 tida como uma das mais turbulentas em anos, com disputas sobre comércio, mudanças climáticas e tensões no Oriente Médio na agenda.