Política

Bolsonaro reitera saída do Brasil de conselho da ONU após apoio a Lula

Candidato a presidente pelo PSL voltou a defender retirado do País do conselho do órgão, que solicitou ao Brasil que Lula seja candidato
Da Redação ,  Salvador | 18/08/2018 às 16:54
Bolsonaro diz que o Conselho está sempre ao lado de tudo que não presta
Foto: Band
O candidato a presidente Jair Bolsonaro (PSL) reafirmou na manhã deste sábado (18), em sua conta pessoal no Twitter, que é a favor de tirar o Brasil do Conselho de Direitos Humanos da ONU, um dia depois de o órgão ter recomendado que o País permita o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) de disputar a eleição presidencial.

"Há mais ou menos 2 meses falei em entrevista que já teria tirado o Brasil do conselho da ONU, não só por se posicionarem contra Israel, mas por sempre estarem ao lado de tudo que não presta. Este atual apoio a um corrupto condenado e preso é só mais um exemplo da nossa posição", escreveu o candidato, que não citou por completo o Conselho de Direitos Humanos da ONU, mas se referiu à recomendação dada pelo órgão nesta semana.

Condenado a 12 anos de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, Lula teve sua candidatura registrada na quarta-feira passada, último dia do prazo determinado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O petista, no entanto, poderá ser impedido de disputar a eleição, em razão da Lei da Ficha Limpa, que proíbe que cidadãos condenados em segunda instância, como é o caso de Lula, sejam candidatos.

Nesta sexta (17), porém, o órgão Conselho de Direitos Humanos da ONU solicitou que o Brasil tome todas as medidas necessárias para que Lula possa desfrutar e exercer seus direitos políticos, enquanto esteja na prisão, como candidato para as eleições presidenciais.

O Conselho é formado por especialistas independentes que monitoram a implementação, pelos Estados partes, dos principais tratados internacionais de direitos humanos adotados pela Assembleia Geral da ONU. Eles atuam de forma independente da ONU. A decisão do órgão é considerada como uma recomendação e, no passado, outros governos estrangeiros já ignoraram a solicitação. No início do ano, por exemplo, a Espanha não cumpriu decisões do mesmo comitê em relação a políticos catalães.