A caminhada de abertura da Campanha Setembro Amarelo, de prevenção ao suicídio, ocorrida nesse domingo, 10, no Farol da Barra, contou com a presença da Frente Parlamentar de Saúde Mental e Prevenção ao Suicídio da Câmara de Salvador, através de seu presidente, vereador Cezar Leite (PSDB). A atividade fez parte de um conjunto de ações que acontecem em vários estados para lembrar o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.
Para o tucano a iniciativa serve para alertar a população sobre a importância da prevenção ao suicídio. “A Frente Parlamentar, junto ao Centro de Valorização da Vida, a Associação de Psiquiatria (APB) e outras instituições, já vem fazendo um trabalho referente ao tema. No entanto, o contato com as pessoas nas ruas ganha todo um contexto especial para valorização da vida e para a prevenção ao suicídio”, declarou.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que ocorram, no Brasil, cerca de 12 mil suicídios por ano. No mundo, são mais de 800 mil ocorrências, isto é, uma morte por suicídio a cada 40 segundos, conforme o primeiro relatório mundial sobre o tema, divulgado pela OMS, em 2014.
As ações realizadas no dia 10 de setembro foram iniciadas pela Associação Internacional para Prevenção do Suicídio (Iasp) e trazidas ao Brasil pela Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), pelo Centro de Valorização da Vida (CVV) e pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
Entre os participantes do ato cívico estavam também Josiana Rocha (CVV), Mirian Gorender e Sandra Peu (APB), Rejane de Oliveira (Afatom), Eduardo Viana (MBL), grupos de ciclistas e patinadores e dezenas de pessoas sensibilizadas com a causa.
Títulos sem marketing
O peessedebista é autor também de projeto de resolução que muda o Regimento Interno da CMS, proibindo a entrega de títulos, comendas e honrarias a políticos em exercício de mandato e a condenados com base na Lei da Ficha Limpa. A nova norma inclui o Título de Cidadão Soteropolitano e as Medalhas Thomé de Sousa, de Mérito Ambiental Mário Leal Ferreira, Zumbi dos Palmares, Anísio Teixeira e do Mérito Cultural.
Para Cezar seu objetivo é valorizar essas homenagens, mas evitar sua utilização para marketing político e eleitoral. “Na atual situação política nacional, esta não deixa de ser uma prática subjetiva. Políticos com mandato eletivo, embora possam ser pessoas comprovadamente merecedoras, não devem utilizar-se do mandato para o recebimento de honrarias por questões éticas e eleitorais”, justifica.
Quanto aos “fichas sujas”, declarou,”O condenado não pode receber as honrarias por questões obvias. No momento peculiar da história da democracia brasileira e diante o clamor popular pela moralização da coisa pública é que esta proposição encontra arrimo no espírito democrático e na transparência”.
Para tramitar na Casa Legislativa o projeto recebeu apoio de treze vereadores. Caso seja aprovada a alteração, a Câmara Municipal de Salvador será a primeira no país a utilizar a normativa.