Política

Vereadoras entram no bate-boca entre Neto e Rui sobre retirada de PMs

Segundo Marta o que houve foi a diminuição do número de policiais e não a sua retirada
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 18/08/2017 às 19:00
Marta Rodrigues e Ireuda Silva
Foto: Ascom CMS

A troca de acusações entre o prefeito ACM Neto (DEM) e o governador Rui Costa (PT) chegou também à Câmara de Salvador. Nesta sexta-feira, 18, foi a vez da vereadora petista Marta Rodrigues chamar o democrata de mentiroso ao dizer que o gestor estadual retirou os policiais militares que faziam a segurança dos postos de saúde da cidade.

Ela cita a informação do Estado de que atualmente 800 PMs continuam prestando serviço, em escala extra, em instituições municipais. Esse efetivo permanecerá trabalhando nos postos de saúde da capital baiana, entre outras estruturas da Prefeitura da capital.

“Ao contrário de Rui, o prefeito está gastando seu tempo com picuinha política e jogando baixo. Ele mentiu ao dizer isso”, diz a legisladora, para quem Neto “está ofendido porque desde 2015 o governo iniciou a redução de policiais militares em atividades administrativas em órgãos municipais e estaduais, incluindo o próprio Poder Executivo”.

“Esse modo de fazer política, com a implantação de mentiras, é muito comum para Neto e o avô dele. Neto tenta roubar a paternidade do metrô, impede a chegada de recursos junto a Temer para prejudicar Rui. E como se nao bastasse, anda delirando, achando que pode dar ordens no governador, AO dizer que ele demita membros da SSP. O prefeito não está cuidando dos seus, Mas quer se meter na administração dos outros”, declara.

Ainda de acordo com ela os policiais que sairão da assistência serão transferidos e para atividades nas ruas da capital e do interior, ampliando a segurança da população. “O prefeito precisa trabalhar, parar de usar a Guarda Municipal para perseguir ambulantes e o povo negro. Precisa voltar a energia dele para cuidar da cidade e do social, e não ficar fazendo politicagem com o apoio de seus aliados” diz.

Caráter revanchista

Já a governista Ireuda Silva (PRB) também entrou no bate-boca. Ela disse ter recebido com surpresa a notícia da redução do número de militares também na CMS. Em sua opinião a decisão tem caráter estritamente político e revanchista.

“O governador precisa entender que a época de fazer política com autoritarismo ficou para trás. Nesse jogo mesquinho quem sai perdendo é o povo, as pessoas comuns, que já sofrem diariamente com a crescente falta de segurança na nossa capital e nas demais localidades do estado”, ressaltou.

Ela espera que Rui reavalie a atitude e volte atrás já que “as forças de segurança do Estado não possuem partido político. Tenho certeza que o policiamento não foi reduzido no Centro Administrativo da Bahia (CAB) ou no Palácio de Ondina”.