Posse dos novos ministros aconteceu nesta sexta-feira
Da Redação , Salvador |
03/02/2017 às 13:21
Deputado Antonio Imbassahy no ministro da Secretaria de Governo
Foto: PR
"Com esse honroso convite que o presidente Michel Temer me dirige, dá mais comprometimento não aopenas ao PSDB mas aqueles que querem que o Brasil avance com as reformas e com a modernização", comentou o deputado Antonio Imbassahy ao ser empossado como minstro da Secretaria de Governo, hoje, em Brasília.
A indicação de Imbassahy aconteceu ano passado, mas, em parte desagradou alguns segmentos do DEM e PMDB, inclusive na Bahia, mas, confirmada a eleição de Rodrigo Maia, o presidente Temer manteve o convite e o empossou hoje.
Em discurso durante a posse de novos ministros o presidente Michel Temer ressaltou a importância das novas pastas, defendeu as medidas que o governo tem adotado e disse que a ‘popularidade virá depois’. Entre as medidas polêmicas que o governo tem priorizado estão as reformas trabalhista e da Previdência e a emenda constitucional que limitou os gastos públicos.
O presidente empossou Moreira Franco na Secretaria-Geral da Presidência, com status de ministro, Antonio Imbassahy, ex-líder do PSDB, como secretário de Governo – cargo que estava vago desde a queda de Geddel Vieira Lima (PMDB) em novembro passado – e a desembargadora aposentada Luislinda Valois, que assume o Ministério dos Direitos Humanos.
“Nós fazemos distinção entre atos populistas e populares. Os populistas têm uma significação política e eleitoral. Já os atos populares são aqueles que se toma em benefício do povo sabendo que a popularidade vem depois”, disse.
Ele também destacou que um dos objetivos do governo é “colocar o país nos trilhos” para que o próximo presidente, que será eleito em 2018, possa encontrar um país “ajustado, acertado e particularmente pacificado”.
Segurança pública
Sobre a mudança na pasta de Alexandre de Moraes, que se tornou Ministério da Justiça e Segurança Pública, Temer observou que foi a melhor saída, diante das propostas de criar um novo ministério para tratar do assunto. A mudança tirou da pasta toda a área relacionada a direitos humanos, que ganhou um ministério próprio.
Temer disse que a crise nos presídios brasileiros, com mais de cem mortos em massacres no Amazonas, Roraima e Rio Grande do Norte, levou à mudança de foco do ministério comandado por Moraes. “Os atos administrativos e legislativos derivam dos fatos da vida real. E os últimos fatos indicaram que o governo deve investir na segurança pública. A realidade se impôs de maneira que nós verificamos que a questão penitenciária ultrapassou as fronteiras terrestres e jurídicas à medida em que os senhores verificaram seguidas rebeliões e tragédias seguidas”, afirmou.
Foro privilegiado
Durante a posse, Temer afirmou ainda que a concessão do status de ministro a Moreira Franco, que é citado em delação na Operação Lava Jato – o ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht Cláudio Mello Filho disse que ele pediu dinheiro para campanha eleitoral -, e a consequente obtenção pelo peemedebista de foro privilegiado na investigação é apenas uma “formalização”.
Segundo Temer, como secretário-executivo do Programa de Parceria para Investimentos (PPI), ele já exercia funções de ministro. “Moreira sempre foi chamado de ministro, ele sempre chefiava delegações de ministros e, digamos assim, agora se trata apenas de uma formalização, Moreira já era ministro desde então e tenho absoluta confiança de que continuará a fazer um belíssimo trabalho”, disse o presidente.
Na recém-criada Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco vai chefiar, além do PPI, as secretarias de Comunicação e Administração e o Cerimonial da Presidência. No evento, Temer empossou também o deputado federal Antonio Imbassahy (PSDB-BA) como ministro-chefe da Secretaria de Governo e a desembargadora Luislinda Valois para o também novo Ministério dos Direitos Humanos.