Política

AUDIÊNCIA pública na CMS debate Dia de Conscientização Antiaborto

Participantes colocaram-se contra à prática do aborto
Tasso Franco , da redação em Salvador | 25/05/2015 às 19:23
O encontro atraiu grande número de participantes
Foto: Reginaldo Ipê

Uma audiência pública, realizada na manhã desta segunda-feira, 25, no auditório do Centro de Cultura da Câmara de Salvador, debateu o projeto de lei, de autoria da vereadora Cátia Rodrigues (Pros), criando o Dia Municipal de Conscientização Antiaborto.

A atividade foi requerida e presidida edil: “O que trago em discussão no meu projeto de lei não é a criminalização do aborto. O debate é sobre o dever do poder público em trazer informação para as mulheres que desconhecem as políticas públicas de amparo às gestantes, desde o direito a alimentos perante a Vara de Família, passando por prioridade nos programas sociais”.

Para o líder da situação, Joceval Rodrigues (PPS), o evento foi importante: “É preciso que as pessoas discutam o assunto e entendam que a legalização do aborto não é política pública de direito à vida. Esse é o momento de se discutir e ficamos felizes de ver uma militância tão forte presente neste evento”.

Contra o aborto

“Tenho oito filhos e não tenho como ser a favor do aborto. Sou a favor que se divulgue os riscos do aborto nas escolas e por toda parte”, disse Valci Ferreira, 64 anos, membro da Associação de Moradores de Nova Sussuarana. Na opinião da estudante Tairine dos Santos, 20 anos, a discussão já provoca uma conscientização: “Essa é o tipo de debate que deveria ser levado para os bairros e escolas. Falta muita informação”.

O padre Pedro Stepien, do movimento religioso Provida, contrário à legalização do aborto, disse que o Brasil deve ficar atento para que a legalização da prática para casos específicos e não uma crescente como ocorre com os Estados Unidos: “Nos Estados Unidos é possível fazer aborto até os nove meses de gestação, considero aquela uma nação abortista”.

“A sociedade está empurrando as mulheres para fazer aborto como se ele fosse um método contraceptivo. É preciso divulgar os riscos inerentes ao procedimento e as consequências que ele pode trazer à saúde da mulher”, afirmou a psicóloga especialista em Direitos Humanos e Saúde Mental, Marisa Lobo.

A administradora das unidades da Igreja Internacional da Graça de Deus da Bahia e ativista pela humanização do parto e maternidade consciente, Ívina Salviano, falou sobre as consequências do parto cirúrgico e aborto para o corpo da mulher: “Eu repudio a forma como as mulheres são tratadas no sistema de saúde onde o parto cirúrgico é prioritário e aquelas que sofrem aborto natural passam por curetagem. Esse é um procedimento que em qualquer situação traz danos para o útero e prejudica uma futura gravidez”. Ela disse ainda apoiar o projeto de lei: “É preciso investir em conscientização para as mulheres saberem os seus direitos e o que é melhor para sua saúde.

Também fizeram parte da mesa o vereador Antônio Mário (PSB); o diretor geral da Faculdade Cristã da Bahia e mestre em Educação pela Universidade Católica de Petrópolis, Carlos Alberto; o ex-deputado federal e autor do Estatuto do Nascituro, em tramitação na Câmara Federal, Luiz Bassuma; o historiador e relações públicas, Gustavo Mercês; o procurador federal e ex-vereador Plácido Faria.