Política

MULHERES assumem controle da CMS em dia especial de sessão

Oposicionistas e governistas trocam farpas sobre a organização da festa
Limiro Besnosik , da redação em Salvador | 10/03/2014 às 20:48
Mesa diretora totalmente feminina
Foto: Valdemiro Lopes

Com uma mesa toda composta por vereadoras a Câmara de Salvador realizou na tarde desta segunda-feira, 10, a primeira sessão depois do Carnaval, também em comemoração ao Dia Internacional da Mulher. Mas o principal tema dos debates não foi o universo feminino, mas a organização da festa de momo.

Presidida interinamente por Fabíola Mansur (PSB), a mesa foi composta ainda por Cátia Rodrigues (PMN), Vânia Galvão (PT), Tia Eron (PSB), Aladilce Souza (PCdoB) e Ana Rita Tavares (Pros).

A saraivada de críticas da oposição incluiu o Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza (ISS) de entidades e camarotes que, segundo o líder Gilmar Santiago (PT), foi diminuído para empresas ligadas à família do prefeito ACM Neto (DEM). Entrou ainda nesse rol a exclusividade dada a duas cervejarias para a venda de bebidas nos circuitos do festejo.

Os governistas responderam apresentando os elogios feitos à organização do Carnaval por artistas, entidades carnavalescas e foliões. De acordo com Tiago Correia (PTN) e Leo Prates (DEM) o contrato firmado com as duas patrocinadoras máster permitiu a sustentabilidade financeira da festa pela primeira vez na história.

Audiência e mudanças

Vânia Galvão pediu investigação para ações truculentas de fiscais municipais durante os dias de momo. A petista anunciou a realização, no próximo dia 19, às 14 horas, de audiência pública para abordar abordará, entre outros assuntos, a mudança do Circuito Osmar (Campo Grande) – Praça Castro Alves. O evento será realizado no auditório do Edifício Bahia Center, anexo da CMS.

Euvaldo Jorge (PP) considerou positivas as medidas adotadas pela prefeitura durante o carnaval, mas solicitou novas alternativas para melhor fluidez no tráfego e acesso ao transporte público.

Anunciou que a Comissão de Transporte, presidida por ele, apresentará propostas ao prefeito, entre elas a centralização de vendas de abadás. O projeto prevê a comercialização em áreas fora do trajeto dos circuitos oficiais e de grandes centros. Isso reduziria os congestionamentos em áreas como Iguatemi, Barra, Centro e Pelourinho.

O texto sugere ainda a criação de bolsões de estacionamentos em diferentes pontos da cidade com oferta de micro-ônibus transportando os foliões (identificados por pulseiras) até perto dos circuitos; além de uma maior fiscalização da via exclusiva para táxi. Para as cobranças abusivas por alguns taxistas o pepista propõe o retorno do zoneamento da cidade com valores de corrida pré-fixados pelo Poder Público através de tabela.