Após manifestação neste sábado, 41 pessoas foram conduzidas para a 1ª Delegacia de Polícia (Bahia), informou, em nota, a Polícia Militar da Bahia. De acordo com a PM, todos são suspeitos de atos de vandalismo durante o protesto de hoje, batizado de Operação Sete de Setembro. A situação já está normalizada.

Na nota, a PM diz que "optou pela dispersão dos manifestantes com a utilização de munição química" depois de "esgotar todas as possibilidades de negociação". Segundo a corporação, os manifestantes queriam seguir até a Arena Fonte Nova para quebrar o relógio da Copa e ainda colocaram fogo em um ônibus na avenida Joana Angélica.

Um efetivo de 300 policiais militares do 18º Batalhão, da Companhia Independente de Policiamento Especializado (Cipe) Polo Industrial e da Rondesp Baia de Todos os Santos acompanharam os manifestantes desde a concentração no Campo Grande até a Av. Joana Angélica.

Na tarde deste sábado, pontos de ônibus na Praça da Piedade foram destruídos por manifestantes que participavam da 'Operação Sete de Setembro'. Antes protegidos por tapumes, vidros de pontos de ônibus foram quebrados, placas de propagandas e de sinalização foram arrancadas e banheiros químicos foram destruídos. Alguns manifestantes reclamam de truculência policial, denunciando agressões com cassetete.

Os vidros da agência do Banco do Brasil, localizada na Rua Direita da Piedade, também foram quebrados. Segundo a Secretaria da Segurança Pública (SSP), a entrada do Instituto de Previdência Social, na Joana Angélica, também foi danificada. Após a confusão, os manifestantes se dispersaram.

Parte dos manifestantes se concentraram em frente à 1ª DT, gritando palavras de ordem, como "PM pode esperar, que a sua hora vai chegar", além de segurar uma faixa. Uma barreira policial foi instalada em frente à delegacia. Advogados da OAB foram à unidade policial para acompanhar a situação. 

Policiais chegaram a se deslocar para a Praça da Piedade e houve correria, com algumas pessoas seguindo em direção ao Politeama. O grupo de cerca de 200 pessoas, entre elas algumas mascaradas e vestidas de preto, havia se concentrado no Campo Grande e pretendia seguir até o Dique do Tororó, passando pela avenida Joana Angélica. Ao chegar nesta avenida, encontraram uma barreira policial e viaturas da Rondesp, próximo à Universidade Católica do Salvador (UCSal). Ônibus que estavam vindo do Center Lapa sentido Nazaré precisaram dar ré, o que também aconteceu com os veículos no sentido oposto. O grupo, que protestava de forma pacífica, então, decidiu mudar o percurso.

Entre as pautas dos manifestantes estão a prisão imediata dos envolvidos no caso mensalão, o fim do voto obrigatório, a redução do número de deputados, reforma tributária, a CPI da Copa de 2014, desmilitarização da Polícia Militar e democratização dos meios de comunicação.