As comissões de Relações Exteriores e de Segurança Nacional e de Seguridade Social e Família debatem, nesta quarta-feira (15), a contratação de médicos estrangeiros, para atender a saúde primária no Brasil, e a validação dos diplomas obtidos por brasileiros no exterior. 

O deputado Nelson Pelegrino, presidente da CREDN, entende que a atenção básica precisa de profissionais com o fim de fortalecer o Programa Saúde na Família. “Há um déficit de quase 50 mil médicos e o problema se agrava nas regiões mais pobres e distantes”, disse ele.

 

Pelegrino destacou ainda a importância do Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab), criado pelo governo federal e que oferece salários de R$ 8 mil e progressão profissional aos médicos que aceitam trabalhar no interior e em regiões periféricas. Números do ministério da Saúde indicam que no país há 1,8 médico para cada mil habitantes, enquanto na Argentina esta proporção é de 3,2 médicos e 4 na Espanha e Portugal. Indicam, também, que 40% dos médicos são estrangeiros no Reino Unido, 22% no Canadá e 17% na Austrália. No Brasil, apenas 1% dos médicos não são brasileiros.