Política

LÍDER DO GOVERNO diz que acordo com sindicatos servidores é um marco

Mensagem mudando o teor do reajuste chega a Assembleia Legislativa ainda na noite desta segunda-feira, segundo deputado Zé Neto (PT)
Tasso Franco , da redação em Salvador | 06/05/2013 às 17:01
Deputado Zé Neto: "2013 vai ser um ano difícil para todos e é preciso ter diálogo"
Foto: BJÁ
   O líder da Maioria na Assembleia Legislativa, deputado Zé Neto (PT), afirmou ao BJÁ nesta tarde de segunda-feira, 6, que a mensagem do governador Wagner mudando o teor da proposta de reajuste linear de 2.5% a partir de janeiro, para uma outra acordada com os sindicatos com 2% de reajuste (entre janeiro e junho e + 3.8% a partir de julho representa um marco. Também ficou decidido, pelo acordo, a reequiparação ao salário mínimo atual para alguns servidores só se dará em julho.

   "Só construiremos um estado forte com a participação dos servidores e o acordo realizado entre o governo e a Fetrab é muitissimo importante, pois, além de mostrar o diálogo e o apreço que o governador tem com os servidores, esse tipo de atitude deve ter continuidade com o tempo", frisou o parlamentar defendo os sindicalistas taxados pela oposição de "pelegos".

   "O que houve foi um momento de maturidade politica da abertura das contas do estado e do país aos trabalhadores públicos. Todo mundo está com dificuldades (União, estados e municípios), a crise pelo mundo ainda é atual e permanente, os EUA estão maqueando seu crescimento, a Europa patina, e 2013 vai ser um ano dificil daí que, quem não tiver diálogo permanente com os trabalhadores vai se ferrar" comenta Zé Neto ampliando o leque de justificativas para o plano internacional.

    FALTA GESTOR

   Para o líder da oposição, deputado Elmar Nascimento, PR, o que aconteceu na Bahia com esse acordo entre sindicalistas e o governo do estado aceitando a redução de um reajuste de 2.5% para 2% é fato inédito no sindicalismo nacional. "Os sindicalistas estão vendidos, pois, ao invés de defenderem suas categorias estão atuando ao lado do governo e, portanto, não se respeitam".

   Ainda segundo Elmar o furo do estado é mais embaixo com o uso do dinheiro público de forma inadequada onde já se gastou algo em torno de R$1.4 bilhões com ONGs para nada, inchou-se a planta politica dos servidores com contratações de 22 mil Redas e o crescimento de 11 secretarias. 

   "Tem até uma Secretaria de Assuntos Internacionais comandada por Fernando Scmidt e outros burocratas e ninguém sabe para que serve". De acordo com Elmar, o governo Wagner já colocou no estado além dos milhares de Redas mais 1589 cargos comissionados só para fazer política. "É aí que está o ralo e não se tem dinheiro para pagar a quem merece, os servidores do Estado. A Bahia tem um gestor político e não um gestor administrativo", finalizou.