Dois vibrantes jogos ainda neste final de ano
ZédeJesusBarrêto , da redação em Salvador |
15/12/2025 às 10:10
Leo Jardim salvou o Vasco
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l A decisão dos finalistas saiu da disputa de pênaltis, após empates de 2 x 2 nos placares agregados - entre Corínthians x Cruzeiro e Vasco x Fluminense. Brilharam nas cobranças os goleiros Hugo ( do alvinegro paulista) e Leo Jardim (do alvinegro carioca), os times vencedores, catando duas cobranças cada um. As equipes que venceram seus primeiros jogos, de 2 x 1, terminaram vitoriosas.
Em campo, na longa noite de domingo, foram duas partidas duras, disputadas, parelhas. O Cruzeiro, mais técnico, foi engolido no segundo tempo pela força e vibração do Corínthians e sua torcida. No Maracanã, o Vasco parou em grandes defesas de Fábio e faltaram pernas e um centroavante competente ao Fluminense.
Grandes plateias, emoção nas arquibancadas até o derradeiro pênalti e teremos uma decisão que pouca gente esperava, mas justa, de duas equipes tradicionais e de grandes torcidas - Corínthians x Vasco, pois. As cartas na mesa.
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- Os jogos finais decisivos, na Arena corintiana e no Maracanã, acontecem nos dias 17 e 21. Então teremos um novo campeão brasileiro natalino.
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No Maracanã /RJ
Noite de domingo, arquibancadas com mais de 67 mil presentes, torcida tricolor predominante, haja pó de arroz, clássico carioca, o Vasco na vantagem, tinha vencido o primeiro confronto (2 x 1). Valendo vaga na decisão do título. O enrolado Wilton Sampaio no apito.
O Fluminense, precisando de gols pra reverter a vantagem vascaína, começou pondo ritmo, velocidade; o Vasco sem pressa, na manha, tinhoso. Aos 12’, o Vasco chegou primeiro, numa bomba de Tiago Mendes, da entrada da área, Fábio (44 anos) foi buscar no ângulo. Defesaça!
O Vasco de Diniz marcando bem, dificultando, contragolpeando com velocidade; o Fluminense no totó, com mais posse de bola, mas sem conseguir penetrar, finalizar. Só aos 29’, com Canóbbio pela direita, o Tricolor assustou; Leo Jardim trabalhou bem.
- Gol! 1 x 0 Fluminense, gol contra de PH, aos minutos. Canobbio já no chão, pela direita, conseguiu cruzar da linha de fundo, Everaldo disputou e bicou na pequena área, a bola bateu na trave, espirrou, o lateral direito vascaíno tentou cortar e fez contra, num bafafá na pequena área cruzmaltina. Aos 35min.
O jogo ficou mais pegado, travado, com entradas duras, cotoveladas, catimbas, simulações, e o soprador de apito sem controle das ações, envolvido pelos atletas. Aos 43’, outra boa defesa de Fábio, em chute traiçoeiro de Coutinho. Aos 49’, Rayan bateu falta buscando o ângulo e Fábio, elástico, espalmou.
- O Fluminense fez 1 x 0 no primeiro tempo, parelho, e anulou a vantagem vascaína (no agregado, 2 x 2). Nada definido, prometia uma segunda etapa aberta. Segundo ato - Subeldia, treinador do Flu, pôs Bernal no lugar de Nonato, que sentiu incômodos na perna. As duas equipes voltaram com mais apetite ofensivo, marcando alto, buscando o gol, os goleiros trabalhando. Lá e cá. Aos 8’, testada frontal de Rayan,
mais uma defesa importante de Fábio, no reflexo – como um jovem, impressionante.
- Muita correria, briga pela bola, tensão e pouca criação, passes errados, o tempo passando, substituições (Guga, Kennedy e Ganso no Fluminense), Hugo Moura e Vegetti no Vasco.
- Mais brigado que bem jogado. Aos 33’, após uma derrapada do zagueiro vascaíno, Serna entrou livre, ficou de cara, mas atrapalhou-se com a bola e perdeu grande chance. Muitos atletas já sem pernas, o Vasco (uma equipe mais jovem e que jogou menos na temporada) parecia mais inteiro. O árbitro acrescentou 4 minutos. E John Kennedy desperdiçou a última e melhor chance do Flu, aos 48min, livre, de frente; pegou muito mal na bola.
Daí, 1 x 0 Fluminense, no jogo; 2 x 2 no placar agregado, e a decisão foi para a cobrança de tiros livres da marca do pênalti. Deu Vasco, 4 x 3 nas cobranças. O goleiro Leo Jardim pegou duas, de J Kennedy e de
Canobbio.
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No Neo Química Arena / SP
- Casa cheia, mais de 45 mil presentes, a absoluta maioria de ‘enlouquecidos’ corintianos, mais cedo, na boca da noite domingueira, o Corínthians perdeu o jogo por 2 x 1, mas deu empate (2 x 2) no placar agregado e a decisão foi para os pênaltis. Deu Corínthians 5 x 4, com o goleiro Hugo brilhando, defendendo duas cobranças. Um herói, exímio catador de penalidades. Valeu a entrega e a raça corintiana.
- Com bola rolando no tapete verde, um início nervoso e bem equilibrado, torcida empurrando. Aos 16’, Hugo salvou uma bela bicicleta de Mateus Pereira, Sinisterra pegou a sobra, de frente, jogou por cima. Primeira grande chance de gol. O Timão privilegiando a posse de bola, a Raposa mineira mais incisiva. Corrido e bem disputado.
- Aos 24’, novamente Hugo Souza acionado, evitando a abertura do placar, após boa jogada de Matheus Pereira e finalização frontal de Kaio Jorge. Um Cruzeiro mais objetivo, chegando com perigo. Aos 30’, Arroyo no lugar de Sinisterra (lesionado na coxa), na ofensiva mineira.
- Gol! 1 x 0 Cruzeiro, aos 39’. O pequeno, jovem e esperto Arroyo, antecipou-se à marcação e testou forte, de frente, na linha da pequena área, após cruzamento da direita e boa trama coletiva dos mineiros. Justo, o Cruzeiro buscava mais o gol. Os paulistas não conseguiram finalizar, o goleiro Cassio pouco ou nada exigido.
O Cruzeiro, melhor em campo, conseguiu zerar a vantagem do Corínthians, no primeiro tempo – 1 x 1 então, no placar agregado; perspectivas de uma segunda etapa brigada, decisiva.
Ato 2 – Dorival Jr, treinador do time paulista pôs em campo o meia argentino Garro, criativo, e o apoiador, marcador Raniele, certamente para pegar, chegar junto de Matheus Pereira que arrebentou na primeira etapa. Teríamos um jogo mais franco, ninguém queria decidir nos pênaltis.
- Aos 4’, Arroyo finalizou num contragolpe de velocidade, o bandeira assinalouimpedimento, o VAR chamou e ...
- Gol! 2 x 0 Cruzeiro, Arroyo, recebendo de Kaio Jorge, num contra-ataque fatal, emudecendo as arquibancadas. Gol legal!Com o placar, os paulistas tinham de partir pra cima, buscar o gol a qualquer custo. Ía pegar fogo.
- Gol! 2 x 1 Corínthians, Matheus Bidu, completando de cabeça, após saída em falso de Cassio, bola alçada, cabeçada de Yuri Alberto. Aos 11minutos, tudo igual. No abafa. E reacendeu as arquibancadas.
- Aos 17’, Cássio evitou o empate, espalmando pelo alto. Aos 18’, novamente Cassio trabalhando. Na sequência, bolas alçadas e Bidu bicicletou no travessão. Outro Corínthians, agressivo, atacando, buscando o gol. Aos 21’, Bidon, de frente, pegou rebote e acertou a trave de Cássio. O alvinegro paulista melhor, pressionando. Jogão.
Aberto, indefinido.
Aos poucos, os mineiros saíram do sufoco, foram reequilibrando as ações. Aos 40’, os treinadores fazem as últimas trocas, arriscam tudo. Aos 45’, Garro pegou num arriada, de primeira, da meia lua; a bola passou rente, Cassio só espiando. O bom árbitro pernambucano Rodrigo José Pereira de Lima, acrescentou 4 minutos ao tempo normal.
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Final - 2 x 1 Cruzeiro nos 90 minutos regulamentares, 2 x 2 no placar agregado, e a decisão da vaga na final foi mesmo definida nos pênaltis – cobrança de tiros livres diretos da marca penal.
Deu Corínthians! 5 x 4. Hugo defendeu dois pênaltis, de Gabigol e Wallace. Cássio catou uma cobrança, de Yuri Alberto. Salve o Corínthians!