Nunca o Bahia esteve tão perto de uma semifinal da Copa do Brasil – venceu o Fluminenses (1 x 0) na Fonte Nova e empatava o jogo no Maracanã, sem gols, até os 10 minutos do segundo tempo; aí, aconteceu um pênalti (1 x 1) e os cariocas foram inteiros pra cima, sobrando no embate físico, e o veterano Tiago Silva fez de cabeça (sua marca registrada) o gol da classificação (2 x 0), já perto dos 40min. Sem choro, o tricolor carioca soube ganhar, amassou fisicamente o Bahia no segundo tempo, pegando duro, fazendo faltas, ganhando as divididas, os rebotes, sem deixar o time baiano trocar passes, chegar; vitória justa, sem contestações, a despeito de uma arbitragem bem caseira.

Assim, mais uma vez, o Bahia fica, não passa das quartas de finais na competição. O time ainda carece de um plantel mais qualificado, mais cascudo, mais competitivo nalgumas posições.  

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No Maracanã

- Cerca de 35 mil torcedores nas arquibancadas, valendo uma vaga nas semifinais da Copa do Brasil. O Bahia em vantagem porque tinha vencido na Fonte Nova, 1 x 0, mas com muitos desfalques na defesa, meio-campo e ataque. Os treinadores e atletas se conhecem bem, um duelo de tricolores e de estratégias de jogo.

- O Flu com sua tradicional camisa tricolor, em listras verticais. O Bahia com seu uniforme um, camisetas brancas, calções azuis.  

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Com bola rolando ...

Precisando de fazer o resultado e jogando em casa, o Fluminense começou à toda, apertando a marcação e pondo ritmo, velocidade, explorando Canobbio na direita do ataque, alçando bolas. O Bahia bem postado, amansando, tentando a troca de passes pelo chão.  

- Aos 3’, primeira boa defesa de Ronaldo, em chute de Martinelli, da entrada da área. Aos 10’, bola alta na área baiana, testada de Tiago Silva, tirou casquinha no travessão. Os cariocas comandavam as ações, os baianos com muita dificuldade na saída de bola – defesa/ataque. As disputas aconteciam mais no campo defensivo baiano.

 - Aos 22’, Everaldo tentou da esquerda, de longe, a bola em curva, Ronaldo assustado saltou, ela passou pelo alto.  A essa altura, o Bahia já conseguia trabalhar melhor a bola, equilibrando um pouco as ações. Aos 35’, numa bola perdida pelo meio de campo, Hercules arriscou de longe, Ronaldo defendeu bem. Aos 47’, outro chute de longa distância, deu Ronaldo. Aos 47’, num bom contragolpe pela esquerda, Kayky tentou encobrir Fábio que, experiente, deu um tapa na bola e salvou.

  Uma primeira etapa com resultado de empate, o Bahia garantindo a vantagem. O Fluminense teve mais a bola, mais volume de jogo, mas pouco penetrou; alçou na área, chutou de longe, sem maiores sufocos. O tricolor baiano suportou bem. Depois dos 30’, até equilibrou, incomodou também na frente. Meio caminho andado. Toda uma segunda etapa pela frente. A ver as estratégias dos treinadores no intervalo, há variadas opções nos bancos de reservas.

 Segundo ato – Trocas no intervalo.  Renato pôs o atacante Acosta no lugar do meia Nonato, ao ataque. Ceni tirou Kayky e lançou o estreante argentino Sanábria, avante pela esquerda, opção de contragolpe em velocidade.

- O Flu acossando, insistindo nas bolas cruzadas pelo alto. Aos 5’, Michel Araujo foi derrubado por Renê quase na linha da grande área, a cobrança não deu em nada, mal ensaiada. Na sequência, aos 7min o árbitro deu pênalti contra o Bahia, a bola cruzada bateu no braço de Michel Araújo na área.

- Gol! 1 x 0 Fluminense, Canobbio cobrando penalidade, aos 10 min. Bateu seco, rasteiro, forte, no canto, sem defesa. 

- Placar empatado, 1 x 1 no agregado; outro panorama. Um jogo mais franco, mais aberto, pois. A torcida carioca inflamando. Ceni logo providenciou mudanças – Iago Borduchi e Cauly em campo, saíram William, Michel Araújo.

- Ficou mais pegado, mais brigado que bem jogado. Intensidade pura, correria. Os cariocas bem animados, ganhando as disputas no corpo a corpo, no físico, matando as jogadas com faltas, e o Bahia sem conseguir articular um bom contragolpe.  

- Rezende no lugar de Acevedo, que já tinha cartão amarelo, aos 30’. Renato lançou Keno, saiu Serna. Aos 36’, Martinelli ariscou da intermediária, por baixo, passou rente. - Cano e Bernal no Flu, sairam Everaldo e Martinelli; Renato lançou o time inteiro ao ataque, ao tudo ou nada, na tora, em busca de mais um gol para evitar a decisão nos pênaltis. Deu certo.

- Gol! 2 x 0 Fluminense, aos 38min. Tiago Silva, de cabeça, escorando bola alçada de falta, da esquerda, subindo mais que a marcação, no tempo certo, cabeçada no canto.

 Ceni pôs o garoto Juninho no lugar de Éverton, exausto. Renato pôs Ignácio no lugar de Canobbio, fechando a casinha atrás. Aquela pressão final do Bahia, escanteios, bolas alçadas, mas o Flu venceu, na raça, e está classificado.   

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Destaques

No Flu, o veterano Tiago Silva, soberano atrás e decisivo na frente, fez o gol da classificação. O meio de campo incansável, pegador, Canobbio. Renato Gaúcho, fez a estratégia pra ganhar, na força, na garra, na manha.

No Bahia, Ronaldo não teve culpa nos gols, o miolo de zaga; Jean Lucas enquanto teve pernas. Na segunda etapa o time foi superado na disputa física.     

 

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Ficha técnica

- O Fluminense de Renato Gaúcho: Fábio, Guga, Tiago Silva, Freytes e Renê; Hercules, Nonato (Acosta), Martinelli; Serna (Keno), Everaldo (Cano) e Canobbio (Ignácio).

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Ronaldo, Gilberto, David Duarte, Ramos Mingo e Juba; Acevedo (Rezende), jean Lucas, Everton Ribeiro (Juninho) e Michel Araujo (Iago); Kayky (Sanábria) e William José (Cauly).

- No apito, o jovem paulista Matheus Gonçalves Candançan, de 26 anos (verde, pouca autoridade perante o assédio dos jogadores cariocas, caseiro na interpretação das faltas).  

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 Quartas de finais, Copa do Brasil:

 - Corínthians x Athlético PR (quarta, 21h30)

 - Na quinta, 11/set, às 19h30, Cruzeiro x Atlético MG; às 21h30, Botafogo x Vasco. 

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Brasileirão, 23ª rodada:

- Sábado, dia 13, às 16h, Fortaleza x Vitória, na capital cearense.  

- Segunda-feira, dia 15, às 20h, Bahia x Cruzeiro, na Fonte Nova.