No outro confronto das semifinais, CSA/AL 0 x 1 Confiança/SE; a disputa do título, o troféu, será em dois jogos, o jogo da taça em Salvador – Bahia x Confiança de Sergipe, uma decisão inédita.
ZedeJesusBarreto , Salvador |
20/08/2025 às 23:51
Bahia 1x0 Ceará
Foto: Letícia Martins ECB
Num jogo encardido, duríssimo, o Bahia venceu o Ceará (1 x 0) com um gol no finalzinho do garoto Tiago e está na final do Nordestão. Vai disputar o título com o Confiança, de Sergipe, que venceu o CSA em Maceió, também por 1 x 0 e com gol no final. Serão dois jogos, o primeiro em Aracaju.
Foi um triunfo justo, sobretudo pelo primeiro tempo dominante do Tricolor. Na segunda etapa, o Ceará voltou melhor, assediou, marcou forte mas não conseguiu finalizar bem, o goleiro Ronaldo pouco trabalhou. Depois dos 20’ o Bahia equilibrou, virou uma trocação e, já nos acréscimos, naquela pressão final, E Ribeiro tramou com Juba e cruzou rasante na pequena área cearense, a defesa vacilou e Tiago, por trás da zaga, escorou e fez a alegria da torcida. O Bahia em mais uma final do Nordestão.
**
- No outro confronto das semifinais, CSA/AL 0 x 1 Confiança/SE; a disputa do título, o troféu, será em dois jogos, o jogo da taça em Salvador – Bahia x Confiança de Sergipe, uma decisão inédita.
**
Na Fonte Nova
- Noite limpa de quarta-feira, temperatura amena, cerca de 37 mil pessoas nas arquibancadas, em jogo a presença em mais uma final, disputa de título da Copa do Nordeste, a hegemonia regional. O Tricolor baiano em busca de seu quinto troféu, o penta; o Vôzão cearense querendo o quarto, o tetra da principal competição nordestina, o Nordestão, a Lampions Leaque. Clássico, rivalidade histórica a toda prova.
- Dois treinadores que se conhecem bem, Ceni e Condé. Duas equipes com propostas de jogo diferentes: o Bahia é uma equipe que valoriza a posse de bola e gosta de trocar passes, bola no chão; o Ceará dá prioridade à pegada forte, o corpo-a-corpo, as bolas esticadas, a velocidade nos contragolpes.
- Trajes: O Bahia com o uniforme ‘artes-nordeste’, em cor vermelho-grená; o Ceará inteiro de branco.
*
Com bola rolando...
- Aos 4’, primeira boa trama tricolor, pela direita, cruzamento de Árias, testada de Ademir, por cima. O Bahia tomando as iniciativas, o Ceará mais reativo. Sem predominâncias. Disputa limpa, sem muitas faltas.
- Aos 19’, bela evolução em troca de passes do Bahia, o chute fraco, enviesado de Ademir, nas mãos do goleiro Bruno. O Tricolor com mais volume, dono da bola. Aos 21minutos, Caio Alexandre sentiu fisgada na coxa (uma perda significativa, sem dúvida), saiu chorando, entrou Acevedo.
- Aos 30’, Juba enfiou para velocidade de Kayky na esquerda, o goleiro Bruno saiu arrojado e evitou o gol. O Bahia atuando mais no campo inimigo, mas finalizando pouco, com dificuldades de penetração por conta da marcação forte dos cearenses.
- Aos 43, depois de outra troca de passes, Ademir fez jogada individual pela direita e arrematou por baixo, o goleiro Bruno salvou espalmando no rodapé. O árbitro acrescentou 4 minutos. Aos 48’, uma alta de Árias quase em cima da linha da grande área, frontal; primeira e única chance de gol do Ceará... deu em nada.
Um Bahia superior na primeira etapa, com mais posse de bola, chegando na área adversária, criando... mas não conseguiu o gol, faltou mais agressividade ofensiva. O Ceará se defendeu, marcou muito, correndo, pegando, mas não fez uma só finalização no gol, o goleiro Ronaldo não trabalhou; como se estivesse jogando pelo empate. Toda uma segunda etapa, indefinida, pela frente.
Segundo ato - Um recomeço mais pegado, os cearenses com as linhas de marcação mais adiantadas, a preocupação clara de dificultar o toque de bola tricolor e fustigar também. Mais aberto, mais igual. Outro panorama. Nos primeiros 12 minutos, o Ceará mais próximo da área baiana.
- Antes dos 15, Ceni agiu, pondo Lucho e Cauly; saíram William José e Kayky. Uma tentativa de retomar o controle do jogo. O Ceará era melhor. Uma segunda etapa, até aí, mais brigada que jogada. O Tricolor volta a equilibrar as ações.
- Aos 21’, Lucho bateu falta pelo alto, forte, o goleiro Bruno espalmou por cima. Aos 23’, num contragolpe, Pedro Raul tentou de longe, por cima. Lá e cá. Depois dos 25’, Condé pôs três novos em campo – Richardson, Lourenço e P. Henrique); o Ceará foi pra cima, inteiro. Parelho.
- Aos 36’, tentativa de Ademir, deu goleiro. Ceni pôs Nestor e Tiago em campo, saíram Jean Lucas e Ademir. Aos 45’, grande jogada de Lucho pela direita, bola pererecou na pequena área, a zaga cearense safou. Seis minutos de acréscimos. Aquela pressão final.
- Gol! 1 x 0 Bahia, Tiago, aos 48min. Cruzamento largo da esquerda, de Everton Ribeiro, Tiago escorou na pequena área, fechando da direita. O Tricolor na final.
Destaques
- Ramos Mingo, Juba, Ademir, Everton Ribeiro, Tiago...
Pelo Ceará, o bom goleiro Bruno, a zaga, a marcação, a entrega da equipe.
*
Ficha Técnica
- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Ronaldo, SantiÁrias, David Duarte, Ramos Migo e Juba; Caio Alexandre (Acevedo), Jean Lucas (Nestor) e Everton Ribeiro; Ademir (tiago), William José (Lucho) e Kayky (Cauly).
- O Ceará do treinador Leo Condé : Bruno, Fabiano, Marllon, William e Rafael (Nicolas); Sobral, Dieguinho e Mugni; Galeano, Pedro Raul e Aylon.(Pedro Henrique, Richadson, Lourenço)
- No apito, o paraibano Afro Rocha de Carvalho, sem critérios claros, travou muito o jogo no segundo tempo.
**
- O Bahia volta a jogar domingo, às 16h, na Fonte Nova, contra o Santos (sem Neymar), pelo Campeonato Brasileiro, rodada 21.
- Na sequência, ainda na Fonte Nova, o Bahia recebe o Fluminense, na primeira partida pelas quartas de final da Copa do Brasil – dia 28, às 19h30.
**