Um resultado ruim e uma atuação bem abaixo do esperado do time Tricolor na Fonte Nova. O torcedor não gostou do que viu e vaiou no final. O resultado, 1 x 1, foi ruim pros dois lados, pior obviamente para o time baiano que ainda não venceu na competição (três jogos e três empates) e deixou escapar, mais uma vez, mais dois pontos em casa; é uma obrigação ganhar em casa, do ponto de vista do torcedor. De todo modo, são 12 jogos invicto, se é que isso dá alento. Já o Mirassol lutou muito, até surpreendeu e teve chances de vencer, mas chega a 13 jogos sem ganhar e soma apenas dois pontos no Brasileirão.

  O jogo foi corrido, o time paulista não deixou o Bahia impor seu ritmo de troca de passes, fez um começo de primeiro tempo dominante e nos derradeiros  25 minutos teve chances de matar o jogo. O Bahia começou apático, sem articulações no meio campo e, na frente, só o Pulga incomodou. Uma atuação apática, sem brilho, num todo. Mesmo quando teve a bola foi pouco agudo.    

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Na Fonte Nova

- Outono, domingo de Ramos – começo da Semana Santa, tempo chuvoso, público regular nas arquibancadas (acima de 25 mil presentes), relvado liso, beleza, bola rápida.

- O Bahia há 11 jogos sem perder, as ainda não tinha vencido pelo Brasileirão, vem de dois empates.; o Mirassol, do interior paulista, estreante na Série A, em busca de reabilitação, de seus primeiros pontos.  

- O Tricolor com seu uniforme um, camisas brancas, calções azuis e meiões vermelhos;  o Mirassol, verde&amarelo, um amarelão vistoso predominante.

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Com bola rolando

- O Mirassol começou aplicado, apertando a marcação desde a frente, forçando o erro da defensiva Tricolor. Logo aos 4’, após um cochilo de Jean Lucas, Cristian roubou a bola e arriscou de longe, assustando. Os paulistas surpreendendo, com mais apetite e ganhando a disputa no meio-campo. Aos 10’, Kanu sentiu a perna, caiu sozinho e foi substituído por David Duarte. Só dava Mirassol.

- Gol! 1 x 0 Mirassol, Gabriel, aos 16 min, escorando na frente da pequena área um cruzamento rasante da direita. Gol de ex-Bahia. Justo pelo volume de jogo do time paulista.

- Aos 18’, primeira investida Tricolor, com Pulga, da esquerda para o meio, chutou fora.

Aos 27’, Everton enfiou nas costas da zaga e Ademir entrou livre, de cara, perdeu o gol, bola fora. Enfim o Bahia entrou no jogo, começou a pressionar, atuando mais no campo adversário. O Mirassol já todo encolhido.  

- Gol! 1 x 1 Bahia!  Pulga, de cabeça, escorando junto do pau trave, pela esquerda, um cruzamento largo de Juba, da direita. Empate. Aos 34min.

  Um primeiro tempo movimentado, com dois momentos distintos. O Mirassol foi dominante nos primeiros 20 minutos, correndo e marcando muito, sem deixar o Bahia trocar passes, fez 1 x 0. Mas não suportou o ritmo e recuou suas linhas, armando uma retranca, postado para um contragolpe. A partir daí, mesmo sem jogar bem, o Bahia dominou as ações, Ademir perdeu um gol incrível, mas Juba e Pulga apareceram, Pulga empatou. Sumidos Everton (fez apenas o passe primoroso para Ademir) e, sobretudo, o centroavante William José, perdidão. Gilberto também pouco apareceu. Jogo duro, um segundo tempo imprevisível. Ainda dá gosto ver o toque requintado do moço Gabriel, cria da Ribeira, da várzea. O Bahia acordaria ou voltaria apático?

  Segunda etapa -  No retorno, o Bahia aceso, com as iniciativas. Logo aos 2 min... Olhe o VAR!

- Gol do Bahia? A virada viria com um chutaço de David Duarte, livre na frente da pequena área, depois de duas bolas alçadas que a zaga paulista não resolveu. Mas, o VAR chamou e ... na passagem da linha, por centímetros... o gol  foi anulado por impedimento, jamais visto a olho nu.

- Aos 6’, em boa trama coletiva, Gilberto pegou de bico, já dentro da grande área, a bola raspou o rodapé de Muralha.  Outro panorama; o Bahia atacando e o Mirassol inteiro se defendendo. Um ataque contra defesa, o tempo passando, os paulistas ensebando.  

- Depois dos 15’, o treinador paulista trocou três, precisava voltar pro jogo: Rony, Maciel e Iury Castilho em campo (saíram Gabriel, Clayson e J Aldo). Essa mudança transformou o desenho do jogo. O Mirassol foi pra cima, acreditou. Ceni respondeu tirando Everton Ribeiro, com rendimento abaixo do normal, entrou Cauly, que pouco acrecentou.

 Aos 17’, Iury Castilho pegou firme, de frente, para uma defesaça de Ronaldo, espalmando. Aos 21’, de novo Iury Castilho, nova boa defesa de Ronaldo, duas chegadas perigosas do Mirassol, equilibrando o jogo, ameaçando.  Ficou aberto, lá e cá.   Olhe o VAR, de novo!    

 - Gol anulado do Mirassol, aos 24 min. Iury Castilho recebeu nas costas da zaga e bateu de primeira, mas estava impedimento.

  Ceni sentiu o momento difícil e trocou três: Kayky, Erick e Árias em campo, saíram Ademir, Caio Alexandre e Gilberto. 30 minutos passados, jogo indefinido, perigoso. Pelo time paulista, o veterano lateral Reinaldo, e Edson Carioca, substituições ousadas, ofensivas. Com o Bahia muito pouco agudo, eles passaram a crer num possível triunfo, foram pra cima.

- Aos 37’, boa arrancada de Pulga, finalização de Árias, boa defesa de Muralha. Aos 39’, outra boa jogada de Pulga na esquerda, cruzamento e cabeçada de Wiliam, pra fora. Pressão do Tricolor, inócua. Seis minutos de acréscimos, o Mirassol suportando, o torcedor inquieto. Aos 48, num contragolpe, quase Iury Castilho fez, num chute sem ângulo, da linha de fundo, tirou casquinha na trave de Ronaldo.  O torcedor não gostou do resultado, nem do que viu.

Destaques

 Duas boas e precisas defesas de Ronaldo, um pouco de Juba, um pouco de Jean Lucas, novamente Pulga o melhor. Ademir, nossa! William José só mostrou o quanto Lucho faz falta. Everton e Caio Alexandr e Gilberto bem abaixo do normal.

No Mirassol, Gabriel mostrou sua classe, João Victor arrepiou, Cristian lutou muito e Iury Castilho, que entrou na metade do segundo tempo,  quase decidiu a parada.

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Ficha Técnica

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Ronaldo, Gilberto (Arias), Kanu (David Duarte), Mingo e Juba; Caio Alexandre (Erick), Jean Lucas, Everton Ribeiro (Cauly); Ademir (Kayky), William José e Pulga.

- O Mirassol do treinador Rafael Guanaes: Muralha, Lucas Ramon, João Victor, Jemmes e Daniel; Neto Moura, Danielzinho, Gabriel, J Aldo; Clayson e Cristian.

- No apito, o manjado Braulio da Silva Machado, de Santa Catarina.  

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 Pela 4ª rodada, o Tricolor baiano encara o Cruzeiro, em Belo Horizonte – na quinta-feira, dia 17, às 21h30. Jogo muito difícil.

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Outros jogos da rodada:

- Palmeiras 2 x 0 Corínthians; Vasco 3 x 1 Sport Recife; RB Bragantino 1 x 0 Botafogo;

   Juventude 2 x 1 Ceará;

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 Brasil Campeão sub-17

 Com três garotos da base do Bahia, a Seleção Brasileira Sub-17 conquistou na noite de sábado o 14º título de Campeão Sul-Americano, em Cartagena, na Colômbia.

Na final, a equipe empatou nos 90 minutos com a Colômbia, os donos da casa (1 x 1), mas venceu por 4 a 1 na cobrança dos tiros livres da marca do pênalti, com participação direta dos meninos do Tricolor baiano: o goleiro Artur Jampa defendeu uma cobrança, o atacante Dell e o meia Ruan Pablo (destaque da competição) marcaram. São 14 títulos brasileiros em 20 competições da categoria.

A equipe, que teve como treinador Dudu Patetuci, não perdeu, sagrou-se Campeã Invicta. Na fase de grupos empatou na estreia com o Uruguai (1 a 1), venceu Bolívia (3 a 0), Venezuela (1 a 0) e Equador (3 a 2), fechando a primeira fase como líder do Grupo B. Na semifinal, superou o Chile por 1 a 0. Na final, sob pressão da torcida local, superou a Colômbia. Nos acende uma esperança, pois, em termos nacionais. E a garotada do Bahia merece uma recepção carinhosa do torcedor, é o futuro.

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 Canoagem baiana

 Também no sábado, em Lagoa Santa, Minas Gerais, o nosso campeão olímpico Isaquias Queiroz ganhou a Medalha de Ouro (mais uma pra coleção) na prova do C1/ 1000 metros da Copa Brasil de Canoagem/ Velocidade, completando a disputa com o tempo de 3min57s58.

Incansável e insuperável.