Em princípio, um bom resultado contra o The Strongest por conta de uma estreia, fora de casa e numa altitude de 3.650m. Agora, é só vencer o jogo de volta na Fonte Nova. Mas, o Tricolor jogou com um atleta a mais desde os 5 minutos, com a expulsão de um jogador boliviano, após entrada violenta em Gilberto. Devia ter matado a partida no primeiro ato, não o fez. 

Voltou a abusar de perder gols. Foi um ótimo primeiro tempo, encurralou, teve a bola, o controle das ações, desperdiçou uma meia dúzia de chances claras, com bolas na trave e grande exibição do goleiro Banegas. Já a segunda etapa foi arriscada; o Strongest equilibrou, soube usar da vantagem da altitude, chegou mais, os jogadores do Bahia já sem fôlego. Mas foi então que saiu o empate numa jogada de Cauly e o oportunismo de William José. Ainda bem.   

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   Em La Paz

   Capital da Bolívia, 3 650m acima do nível do mar, estádio Hernando Silas, relvado verdinho, arquibancadas com público razoável, o time da casa fazendo seu primeiro jogo oficial na temporada, há 12 anos sem perder em casa para um time brasileiro. Jogo de estreia e confronto decisivo (em duas partidas) valendo pela fase primeira da Libertadores da América/2025. O Strongest geralmente disputa ou a Libertadores ou a Sul-americana; É uma equipe cascuda, raçuda, que costuma tirar proveito da altitude. O Bahia há 35 anos sem disputar a competição internacional.

    - O time boliviano com seu padrão amarelo&preto; o Bahia inteiro de branco, com detalhes em azul e vermelho.

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Com bola rolando ...

- O Tricolor começou à toda, surpreendendo. Aos 2’, Caio Alexandre disparou de longe, o goleiro triscou e a bola explodiu no travessão. Dois escanteios seguidos, o Bahia em cima. Aos 3’, outra ótima do goleiro Banegas, num chutaço de Gilberto.

- Aos 5’, o árbitro expulsou o camisa 8 do Strongest, depois de um carrinho com o pé alto atingindo a perna de Gilberto. O VAR chamou, o árbitro foi conferir e ... deu o cartão vermelho! O Bahia com um atleta a mais em campo.

- Aos 8’, Pulga bateu cruzado por baixo, outra defesa de Banegas, a essa altura o responsável pelo zero no placar. O Bahia, então, com mais de 70% de posse de bola.

 Com o tempo passando, os donos da casa, foram equilibrando as ações, usando muito as bolas alçadas na área baiana. Aos 24’, noutra bola levantada na área tricolor, a cabeçada nas mãos de Marcos Felipe.  Aos 25’, Lucho recebeu em profundidade e arrematou, o goleiro Banegas catou. Aos 29’, ótima arrancada de Pulga pela esquerda, o cruzamento e Jean Lucas pegou de primeira, por cima.

-  O Bahia continuava donos da bola e ofensivo. Aos 30’, cruzamento largo de Castro, a bola desviou e cobriu o arco de Marcos Felipe. Aos 33’, o Bahia entrou tabelando pelo meio, Everton achou Lucho que tentou duas vezes e parou no bom goleiro Banegas. Aos 35’, nova investida pela esquerda, Lucho de frente limpou e bateu por baixo, o goleiro Banegas salvou, no reflexo, de pé.

- Gol? Do Strongest, num contragolpe em velocidade puxado por Guerrero, a defesa baiana aberta, Gilberto não acompanhou. O Var foi acionado e ... o gol foi confirmado.  1 x 0 Strongest, Guerrero. Aos 39’. Quando o Bahia era dono do jogo, já tendo perdido várias chances de golear. No primeiro contragolpe... na correria... levou o gol. Aos 47’, Ademir perdeu gol incrível, chutando pra fora, com o goleiro já vencido.

  O Bahia foi dono da bola e das ações na primeira etapa, desperdiçou várias chances, o goleiro Benegas foi o melhor em campo... mas a superioridade de nada valeu: desceu para os vestiários levando 1 x 0 no placar, mesmo atuando com um atleta a mais desde os 5 minutos.  Coisas do futebol. Terá pernas e fôlego o Tricolor para continuar dominante, empatar?

Segunda etapa – No intervalo, Ceni lançou Juba e William José, saíram Gilberto e Ademir. Mudanças ofensivas. Os bolivianos a fim de melar, de catimbar o jogo, tentando expulsar um jogador do Bahia. Aos 9’, Lucho tentou uma bicicleta, errou. Na resposta, um cruzamento da direita, Triverio escorou e Marcos Felipe salvou no rodapé. O jogo ficou aberto, lá e cá, perigoso. Os bolivianos marcando melhor, mais inteiros e explorando muito a velocidade pelos lados, com cruzamentos altos.

 - Aos 15’, cruzamento de Juba, primeira boa chegada do Bahia, deu escanteio. O Tricolor voltou a atacar. Os bolivianso batendo. Aos 20’, Ceni lançou  Cauly e Nestor, saíram E.Ribeiro e Jean Lucas. Aos 21’, uma finalização de cabeça do Strongest, Marcos felipe saindo mal na bola alçadas, impedimento flagrado, não valeu o gol.

- Gol! 1 x 1 Bahia, aos 25 min. William José empurrando, depois de boa jogada e chute de Cauly, grande defesa e rebote de Banegas. O artilheiro entrou de carrinho com bola e tudo, empatando.  

 Daí o jogo caiu de ritmo, alguns atletas do Tricolor sem fôlego, sem pernas, o Strongest apertando, usando das vantagens da altitude, com pressa. O Bahia travando, pedindo pro tempo passar, já sem o contragolpe, sem a posse de bola. Ceni sentiu o drama e lançou Michel Araújo, inteiro, no lugar de Pulga, mortinho, aos 40min. O árbitro acrescentou 7 minutos. Aos 47’, Lucho deu uma grande arrancada pelo meio, adiantou demais, o goleiro abafou. Aos 50’, Lucho arrancou, levou a marcação e arrematou forte para espalmada do goleiro, evitando o gol de desempate. Aos 51, de novo Lucho parou no goleiro. No último lance, uma falta alçada, a cabeçada, defesa de Marcos Felipe. Acabou, deu empate.

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Destaques

- Lucho, o melhor, pelo que correu e lutou os 90minutos. Kanu na defesa. Caio e Jean Lucas no meio; Lucho e Pulga na frente – pelo bom primeiro tempo. No segundo, Cauly foi decisivo no gol de empate de William José.

- No Strongest, o goleiro Banegas foi soberbo, evitou a derrota em casa com grandes defesas.  

 

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Ficha técnica

- The Strongest, treinado pelo brasileiro Antonio Carlos Zago: Banegas, Supayabe, Adrian Jusino, Yanarico e Moriceau; F. Quaglio; Amoroso, Quiroga e Castro; J. Arrascaita, Guerrero e Triverio.

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Gabriel Xavier, Kanu, Ramos Mingo; Gilberto, Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro; Ademir, Lucho e Pulga.

- Arbitragem equatoriana, com Guilherme Guerreiro no apito. Fraco, envolvido, permitiu o jogo violento.

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O jogo de volta, que define a classificação, será no dia 25, à noite, na Fonte Nova, casa cheia, todos os ingressos já vendidos.

Antes, no próximo sábado, às 16h30, na Fonte Nova, o Tricolor joga pela última rodada da fase classificatória do Baianão contra Juazeirense.  

 

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Nesta quarta, dia 19, pelo Nordestão, Fortaleza x Vitória, no Castelão, capital cearense, disputa de liderança do Grupo A.