Esporte

BAVI 500 DECEPCIONA POR FALTA DO PRINCIPAL OS GOLS, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

Os torcedores gostam de gols e o BAVI decepcionou por falta do principal
ZedeJesusBarreto , da redação em Salvador | 01/02/2025 às 18:57
BAHIA 0X0 VITÓRIA
Foto: Letícia Martins ECB

   Só faltou o gol no clássico ‘histórico’ de número 500. Um Ba Vi brigado, duro, com momentos de bom futebol, emoções e também de melança, cangancha, empurra-empurra, muito por conta de uma arbitragem fraca, com decisões discutíveis, vaiada no final. O primeiro tempo foi do Tricolor, que teve a bola, assediou e criou boas chances de gol, com um Vitória atrás, apelando pra correria e raros contragolpes. 

  Na segunda etapa as duas equipes procuraram jogar mais com a bola no chão, foi mais parelho, embora ainda o Bahia tenha desfrutado das melhores chances. Tanto que o goleiro Lucas Arcanjo foi premiado como o melhor em campo, decisivo, e Danilo Fernandes não fez nenhuma grande defesa no jogo.

 De todo modo, um resultado que favoreceu mais o Rubro-negro, líder do campeonato com 12 pontos e o empate contra o rival foi no campo adversário. O Bahia tem 9 pontos, é o segundo. Um espetáculo apreciável, a despeito da arbitragem, fraca. Rodada que segue.   

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 Na Fonte Nova

 - Tarde de sábado quente, tempo limpo, verão, fevereiro começando, um Ba x Vi de número 500, este valendo pela abertura da 6ª rodada do Campeonato Baiano de 2025, arquibancadas cheias, mais de 46 mil pessoas presentes, torcida única no estádio. Infelizmente. Bom relvado, e aquele clima de rivalidade.

- O Bahia com seu uniforme tri-colorido, o Leão de branco, com detalhes em vermelho e preto.

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 Com a bola rolando ...

 Com menos de 7 minutos duas confusões em campo, com faltas duras, empurra-empurra, tumulto, jogo melado, arbitragem perdida, sem pulso. O Bahia com mais posse de bola e mais ofensivo. Muito nervosismo, alguns atletas querendo se impor no braço ou na manha, na catimba, tenso.

  - Aos 13’, a primeira chegada do Bahia numa cabeçada de Cauly e defesa de Lucas Arcanjo, bem posicionado.  Aos 18’, a resposta do Leão com uma arrancada em velocidade de Fabri pela esquerda, levando a marcação de Kanu e batendo rasteiro, pra fora. Aos 19’, Cauly tentou uma finalização de voleio, não pegou bem na bola. O Vitória, aos poucos, foi equilibrando as ações, explorando sobretudo a velocidade de Fabri, caindo pela esquerda. Aos 22’, Ademir foi parado na área rubro-negra por Wagner Leonardo com um braço no rosto, os tricolores pediram pênalti, o árbitro nem tchum.

  - Os nervos pareciam mais assentados. Aos 23’, Ademir levou a marcação de Hugo, entrou na área e perdeu a chance, chutou fraco, em cima de Lucas Arcanjo. Aos 26’, uma cabeçada de Ramos Mingo, por cima. Aos 34’, Lucho Rodrigues pegou uma bola de arriada, frontal, muita gente na área rubro-negra, para uma defesa espetacular de Lucas Arcanjo, no reflexo, evitando o gol, na chance mais clara até então.

 O Bahia teve mais a bola, tomou as iniciativas, atuou mais no campo adversário mas o gol não saiu. Muitas faltas, marcação dura, jogo brigado. Muita paralização do ‘soprador de apito’ e presepadas de alguns ‘valentões’, os esquentados, sob a sua complacência. Fim do primeiro ato.

 Segundo tempo – Do lado rubro-negro, Mateuzinho em campo (saiu Mosquito). Um recomeço com faltas duras. Janderson entrou por trás em Caio Alexandre, levou amarelo; dois minutos depois parou com falta o Ademir, na entrada da área rubro-negra, o árbitro deu a falta mas não teve coragem de aplicar o segundo amarelo, apesar da reclamação dos tricolores. Mais equilibrado.

  - Aos 11’, após boas tramas pelo lado direito, escanteios seguidos, Caio Alexandre recebeu livre e bateu de frente, por cima, assustando Lucas Aracanjo. O Tricolor assediava.

- Por volta dos 15’, substituições dos dois lados. Ceni pôs Pulga e Erick em campo, saíram Cauly e Jean Lucas (com cartão amarelo). No Vitória, Claudinho e William, saíram Cáceres e Baralhas (metido a xerife, apareceu mais nas confusões que jogando bola).

 - Nesse segundo tempo, com as substituições, vimos um Vitória trocando mais passes, valorizando a posse de bola, igualando as ações no meio de campo, chegando mais. Outro panorama.

- Aos 26’, após um contragolpe bem encaixado, Ademir ficou de cara com o goleiro e o árbitro, estranhamente, paralisou o lance, exigindo uma nova saída de bola defensiva do Bahia  – a bola parada, lá atrás, teria sido cobrada fora do local indicado (?). A torcida chiou. Aos 29’, Pulga foi atingido no joelho por Cáceres, matando a jogada com força excessiva, o árbitro nem apitou.

 - Mais mudanças. Nestor e Everaldo no Bahia, saíram Everton Ribeiro e Ademir. No Leão, Carlos Eduardo no lugar de Wellington Rato. Um jogo mais cadenciado e menos jogadas de área, o tempo passando.

 - Aos 35’, Pulga recebeu ótimo passe em tabela com Lucho, tentou driblar o goleiro, Lucas Arcanjo espetacular, no chão, salvou. No lance seguinte, nova defesa pelo alto do bom goleiro rubro-negro, chance desperdiçada por Eve.  No Leão, Osvaldo no lugar de Janderson, que correu demais.  Aos 41’, Acevedo substitui Caio Alexandre, que jogou muito.

  A arbitragem acrescentou 6 minutos, a torcida indignada com ele, a marcar sempre o prum lado só. Aos 48’, depois de um falta alçada da esquerda, a cabeçada de Eve e a bola ia entrando, o goleiro vencido, Carlos Eduardo salvou em cima da linha. Os rubro-negros já satisfeitos com o empate, ensebando. Foi só.  

 A torcida, que lotou as arquibancadas, não poupou a arbitragem, no final.  

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Destaques

 No Bahia, Caio Alexandre esbanjou pelo campo inteiro; o Everton Ribeiro de sempre; Ademir arisco; Ramos Mingo, dono da zaga; Lucho, perigoso; Juba, dando conta. Pulga entrou bem, pede passagem.  

 No Leão, Lucas Arcanjo garantiu atrás; Wagner Leonardo como sempre, preciso; Ronald, conhece a posição. Janderson e Fabri na correria, dão trabalho. Wiliam e Mateuzinho qualificaram o jogo do Leão, quando entraram.  

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Ficha técnica

- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Danilo Fernandes, Gilberto, Kanu, Ramos Mingo e Juba; Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly; Ademir e Lucho.

- O Vitória de Carpini: Lucas Arcanjo, Cáceres, Neris, Wagner Leonardo e Hugo; Baralhas, Ronald e Wellington Rato; Mosquito, Fabri e Janderson.

 - No apito, o polêmico Bruno Pereira Vasconcelos -  fraco, sem autoridade, envolvido pelos atletas e sem critérios claros, saiu sob vaias; o clássico merece arbitragens de melhor qualidade. Respeito pelo torcedor.  

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  Próximos jogos da dupla:

 - Na terça, às 21h30, Vitória x Souza, pela Copa do Nordeste.

 -  Na quarta, 19h, Bahia x Juazeirense, no Adauto Moraes, Copa do Nordeste.

 

  Outros jogos da rodada 6 no Baianão:

- Jacobina x Juazeirense; Porto x Jequié; Colo-Colo x Barcelona; Atlético x jacuipense.

 
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Curtas

- O atacante Biel, do Bahia, está de malas prontas, vai pra Portugal; foi vendido para o  Sporting Lisboa.

- Depois de muito tititi e bravatas dos cartolas, o lateral esquerdo Lucas Esteves, do Vitória, vai mesmo para o Grêmio.

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 - Nota triste:  Morreu aos 71 anos o ex-craque Alberto Leguelé, ídolo do Bahia, onde começou em 1973, aos 71 anos. Era meio-campista mas versátil, atuava em várias posições. Técnico, habilidoso, inteligente, jogou pela seleção brasileira sub-20, titular, como atleta do Bahia. Tinha uma saúde frágil. Era irmão do músico Leguelé da Bahia. Siga em paz.  

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