Não faltou garra, correria de lado a lado e o empate de 1 x 1 terminou justo para o que aconteceu em campo. Os gols aconteceram no primeiro tempo, mais bem jogado e equilibrado. O Vitória fez uma pressão até por volta dos 15 minutos da segunda etapa, mas não marcou e por conta das substituições de parte a parte o nível técnico caiu, com muitos chutões, trombadas, passes errados e nada de gol.

  Ruim para o Juventude, atuando em casa, com apoio da torcida; pior ainda para o Vitória, que continua sem vencer na competição, apenas três pontos somados em três empates e isolado em último lugar na tabela de classificação.

  Bem, na sequência  o Leão tem dois jogos no Barradão, difíceis – contra o Inter/Colorado do RS e o Atlético ‘Galo’ mineiro. Série A é isso, não tem refresco. Mais que nunca o Leão precisa da força de sua torcida. O time de Carpini tem problemas defensivos com as bolas alçadas, o meio de campo marca, pega mas cria pouco e falta um melhor repertório ofensivo. Ou seja, muito trabalho pela frente.   

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Na Serra Gaúcha

Estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, onde o Juventude não costuma perder, bom relvado, tempo frio mas sem chuvas, arquibancadas com público abaixo do esperado – o torcedor gaúcho ainda traumatizado com a tragédia das enchentes que se abateu no Rio Grande do Sul, em fase de reconstrução.

- O time da casa vem de três triunfos seguidos, não perde jogando em Caxias desde o campeonato gaúcho; o Rubro-negro baiano na rabeira, há 10 jogos sem vencer, apenas dois pontos ganhos, pressionado.   

- O Juventude com suas camisetas em verde e branco; o Vitória com seu uniforme tradicional em vermelho e preto, listras verticais.

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 Com bola rolando...

 - O Leão fechadinho, com três volantes, marcando forte e postado para os contragolpes. Aos 9’, numa boa trama pela esquerda, a primeira tentativa com um chute forte, cruzado e por baixo de Alerrandro, fora do alvo mas assustando o goleiro Gabriel. Até os 20’, o Leão com mais pegada e objetividade, o time gaúcho não consegue, não acha espaço, sem incomodar na frente.  

- Aos 22’, após uma bola alçada de longe, a defesa baiana perdeu a disputa pelo alto e Erick Farias pegou a sobra de primeira, de frente, errou o alvo. A primeira chegada dos gaúchos. Equilíbrio.

- Os treinadores: Roger grita ‘toca, toca!’, Carpini berra ‘aperta, aperta!’... algumas faltas mais duras, lá e cá, na disputa pelo meio de campo. Aos 31’, um tiro longo e certeiro de Éverton e uma bela defesa de Lucas Arcanjo, espalmando no alto.

- Gol! 1 x 0 Juventude, aos 33minutos. Depois de uma sequência de escanteios, Nenê de novo levantou fechado, da esquerda, e Rodrigo subiu mais que a zaga, testando a queima-roupa, abrindo o placar.

  O Leão sentiu a pancada e os gaúchos foram pra cima, criaram duas boas chances de ampliar, a defesa baiana tonta. Mas veio a resposta.

- Gol! 1 x 1, Vitória, aos 41’, William Oliveira. Numa arrancada pela esquerda, Osvaldo levou a marcação, o cruzamento do fundo achou William chegando na área inimiga, limpo; o chute saiu forte, bateu no travessão, nas costas do goleiro e entrou. Empate em boa hora.

- Aos 44’, Lucas Barbosa arriscou da intermediária, errou o alvo. E foi só na primeira etapa, bem disputada, corrida, aberta. Com o empate, o Leão estava vivo no jogo.

 

  Segundo tempo – Carpini mudou o time nos vestiários. Lançou Leo Naldi no lugar de Caio Vinícius, com cartão amarelo, e Ze Hugo no lugar do veterano Osvaldo, aberto na esquerda. O Leão voltou da merenda com mais apetite, fazendo uma marcação  adiantada, chutando de longe, esticando os passes, na correria em busca do primeiro triunfo. No recomeço, os gaúchos foram acuados, sem conseguir uma boa transição defesa-ataque. Pressão total, só dava Leão. Aos 8’, uma blitz, aos 10’ chute de Ze Hugo, Gabriel catou no rodapé.

 - Roger sentiu o momento difícil e trocou dois, no ataque – saíram Erick e Marcelinho, entraram Rildo Filho e Gilberto (aquele mesmo ex-Bahia). Sangue novo. Era preciso sair de trás e voltar a incomodar o adversário.  Aos poucos, o time da casa foi equilibrando. Aos 18’, Carpini lançou mais dois, em mudanças ofensivas: Culebra e Luis Adriano em campo (sairam Luan, volante, e Alerrandro). Os gaúchos voltaram ao jogo, perigando, pondo Lucas Arcanjo a trabalhar, sobretudo socando bolas alçadas. Duelo indefinido, ritmo intenso.

  - Aos 26’, Camutanga bateu falta da intermediária, direta, deu goleiro. Depois dos 30’, Roger tirou Éverton (correu muito) e Nenê (o veínho cansou). Aos 33’, Gilberto mandou de muito longe por cima, passou perto. E o jogo restou murrinha, apenas brigado, aos chutões, sem criatividade, sem mais gols. Um empate ruim para ambos.   

  

Ficha Técnica

- O Juventude do técnico Roger Machado: Gabriel, Everton, Danilo, Rodrigo e Ruschel; Jadson, Caíque, Lucas Barbosa, Marcelinho e Nenê; Erick Farias.

- O Vitória escalado por Tiago Carpini: Lucas Arcanjo, Lepo, Camutanga, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; William, Luan (Leo Naldi), Caio Vinícius (Culebra) e Mateuzinho (Jean Motta); Osvaldo (Ze Hugo) e Alerrandro (Luis Adriano).

- Arbitragem carioca; no apito o ‘conhecido’ Wagner do Nascimento Magalhaes, com VAR de Santa Catarina.  O carioca até que não complicou.  

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 Na sequência, pela 9ª rodada, o Vitória recebe no Barradão o Internacional/RS, domingo, às 16h.

 

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 Agenda da semana

- Nesta quarta, dia 12 (dos namorados), às 20h, último amistoso internacional preparatório para Copa América – Brasil x EUA, em Orlando.

 - Na quinta, dia 13 (Santo Antônio), Bahia x Fortaleza, na Fonte Nova, às 21h30, pelo Brasileirão. O time cearense é o atual campeão da Copa do Nordeste.