Decisão ficará para a última partida para Vasco, Bahia e Santos os 3 na linha da degola
ZedeJesusBarreto , Salvador |
29/11/2023 às 22:36
Caio Paulista fez único gol nos acréscimos
Foto: Rubens Chiri SPFC
Parece uma sina na Fonte Nova: mais uma vez o Bahia levou um gol nos acréscimos e perdeu outro jogo, quando parecia melhor e mais perto de um triunfo, dessa vez diante do São Paulo, deixando o torcedor desolado. Com o resultado, o Tricolor Baiano continua com 41 pontos, agora mais próximo do rebaixamento.
Quando os resultados de Vasco e Santos, concorrentes diretos que também perderam, favoreciam, o Bahia não foi competente para fazer o dever de casa. Sim, resta um fio de esperança, diz a matemática, mas ... mas a ‘mala suerte’ tem acompanhado esse Bahia sem craques que decidam. São muitos pontos perdidos com gols levados no final, em acréscimos.
Agora, só reza forte, promessa, feitiço...
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Na Fonte Nova
- Noite de quarta dezembrina, quase verão, lua gorda, casa cheia (cerca de 46 mil pessoas nas arquibancadas), clima de decisão por conta da necessidade de o Bahia vencer para sair da zona da degola e lutar ainda para se manter na Série A. É a antepenúltima rodada, nove pontos em disputa, o Tricolor abre a rodada 36 com 41 pontos, precisa de no mínimo seis para se garantir na elite em 2024. Ou... Muita pressão no ar, pois.
- Gramado bem tratado, duelo de tricolores. O treinador Rogério Ceni, lembremos, foi o maior goleiro da história sampaulina, artilheiro, ídolo. Conhece bem o time e a história do Morumbi. O treinador paulista, Dorival Jr, também o conhece bem, amigos.
O Bahia, confiante após a inacreditável goleada de 5 x 1 sobre o Corínthians, em campo com seu uniforme padrão um, camisetas brancas e calções em azul. O São Paulo inteiro, já garantido na Libertadores de 2024 (foi Campeão da Copa do Brasil), joga melhor em casa do que fora, em campo com seu padrão dois, camisas tricolores - listras finas verticais, calções brancos. Torcida empolgada.
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Com bola rolando ...
- O Tricolor baiano começou com suas linhas avançadas, tentando por pressão, o tricolor paulista amansando, trabalhando com a bola no chão. Aos 6’, primeira pontada do SP, tabelando pela esquerda, entre Gilberto e Kanu; Lucas deixou Juan de frente mas Marcos Felipe saiu bem, abafou e evitou a abertura do placar.
- Por volta dos 13 minutos, os paulistas já mais adiantados, trocando passes no campo adversário, uns refletores estouraram, caindo estilhaços miúdos de vidro no gramado, próximo da área defendida por Marcos Felipe, jogo paralisado, funcionários da Arena catando e varrendo o relvado (5 minutos parado).
- Aos 20’, primeira tentativa de finalização do Bahia, com Biel, mas o chute saiu mascado, nas mãos de Rafael. Ficou bem equilibrado, embora o SP tivesse mais posse de bola. Um final de primeiro tempo mais cadenciado, morno. A arbitragem acrescentou 7 minutos. Aos 47’, Biel tabelou com Cauly que destampou de cara, tentou desviar do goleiro e a bola riscou o poste, na melhor oportunidade do time baiano na primeira etapa; Thaciano pedia, livre, na pequena área.
O São Paulo foi ligeiramente melhor, atuou mais no campo adversário, assediou, criou duas boas chances, teve mais a bola. O Bahia defendeu-se, cauteloso, apostou no contragolpe e teve uma chance real de gol, com Cauly, já no final. Precisava finalizar mais.
Como destaques, Acevedo, presente no campo inteiro, e Rezende, sério. Cauly sumido, bem vigiado. Biel tentou, Thaciano correu. No SP, Lucas faz a diferença. No mais, um time bem compacto, bem treinado. Nada definido.
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Segundo tempo – As mesmas equipes, sem mudanças, o mesmo panorama no retorno. Aos 9’, Yago parou Lucas com falta nas proximidades da meia lua, tomou cartão amarelo (fora do próximo jogo) sentiu a coxa e saiu; entrou Everaldo na frente, Ceni mudou o sistema de Jogo, arriscou com um atacante mais enfiado no meio da zaga paulista.
Aos 12’, após cruzamento largo de Cauly, Everaldo atirou-se na bola, na pequena área, mas não alcançou. Um Bahia aparentemente mais ousado, como era de se esperar. A torcida empurrando. Aos 18’, Gilberto pegou uma sobra da entrada da área, Rafael catou. Na resposta, Manoel Araujo arriscou da intermediária, assustou, passou perto.
Substituições: Dorival apostou no dinamismo e força física, lançando Luciano e David. Aos 22’, em boa trama, Thaciano bateu firme, rasteiro e cruzado para boa defesa de Rafael. Com o tempo e o cansaço a marcação afrouxa mais, os espaços aparecem, o jogo fica mais franco e arriscado. Lá e cá. Aos 27’, Marcos Felipe fez duas boas intervenções seguidas, evitando o gol paulista. Aos 28’, Cauly puxou contragolpe e enfiou preciso para Biel que entrava livre pela esquerda, mas o atacante demorou de decidir e Arboleda chegou travando o chute.
Ceni mexeu: Ademir, Mugni e Camilo Cândido em campo. No SP, Nathan e Thales Costa. Mais ofensividade dos dois lados, os treinadores em busca do gol, do triunfo. Aos 38’m Mugni bateu falta do lado da grande área paulista, pela direita, direto e Rafael espalmou. Aos 40’, Ademir fez boa jogada individual e bateu da meia lua, a bola passou rente ao poste de Rafael. Aberto, indefinido. O Bahia fazia um segundo tempo melhor. O árbitro acrescentou mais 9 minutos. Muito nervosismo nos minutos finais. Aos 51’, num contragolpe, Luciano arrematou forte da intermediária, Marcos Felipe espalmou.
- Gol! 1 x 0 São Paulo, Caio Paulista, aos 52 minutos. Ganhou uma dividida, marcação frouxa, invadiu a área e despachou de canhota, sem defesa. Cruel.
Pressão final do Bahia. Aos 54’, Acevedo tentou da grande área, a bola desviou na zaga e não entrou.
Muito duro o golpe, no final.
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Ficha Técnica
- O Bahia escalado por Rogério Ceni: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Vitor Hugo, Juba (Camilo Cândido); Rezende, Acevedo, Thaciano (Mugni), Yago (Everaldo), Cauly (Ratão); Biel (Ademir).
- O São Paulo de Dorival Junior: Rafael, Rafinha, Arboleda, Beraldo e Wellington; Pablo Maia, Álisson, Manoel Araújo e W. Rato; Lucas e Juan. (David, Luciano, Nathan e Thales Costa, Caio Paulista)
- Arbitragem de Santa Catarina, com Bráulio Machado no apito. Boa atuação.
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O Bahia tem mais dois jogos a fazer, contra times mineiros. Domingo, em Belo Horizonte, contra o já rebaixado mas duro e tinhoso América/o Coelho; depois, fecha a temporada encarando, na próxima quarta-feira, o Atlético Mineiro, o Galo, de Felipão, em crescente, ainda acreditando no título; Palmeiras, Atlético, Botafogo, Flamengo. Grêmio e RB Bragantino ainda brigam pelo topo.
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Pela 36ª rodada
- Vasco 2 x 4 Corínthians; Santos 0 x 3 Fluminense; Flamengo 0 x 3 Atlético/MG;
Cuiabá 0 x 2 Internacional; às 21h30: Palmeiras 2 x 0 América MG;
Coritiba 0 x 0 Botafogo, em andamento. Nesta quinta: Grêmio x Goiás;
Cruzeiro x AthléticoPR; RBBragantino x Fortaleza.
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Um final de campeonato quente, tanto no alto como na parte de baixo da tabela. Estão matematicamente rebaixados, até agora, o AméricaMG e o Coritiba. Com possibilidades de cair, ainda: Goiás (deve ser o terceiro degolado), Bahia, Vasco, Santos, Cruzeiro, Fortaleza... Rodada que segue. Haja sofrência.
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