Esporte

VITÓRIA VOLTA LIDER DA SÉRIE B DE RECIFE E SE APRESENTA NA SEXTA, 21

Começa a Copa do Mundo feminina de futebol
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 20/07/2023 às 11:41
Equipe que atuou em Recife contra o Sport
Foto: ECV
    Um bocado de sorte, muita vontade, aplicação, inteligência, boa estratégia de jogo e o Vitória conseguiu um triunfo maiúsculo, importante e incontestável sobre o Sport Recife (2 x 1) na Ilha do Retiro, resultado que levou o Leão baiano a saltar da quinta posição à liderança da competição, com 34 pontos ganhos. Mais que isso, um triunfo que enche de confiança o elenco e a torcida rubro-negra, cada vez mais acreditando na subida, no retorno para a Série A em 2024.

  Meio caminho andado, fim da 18ª rodada. Resta uma rodada para acabar o primeiro turno. O Vitória pintando, pelos resultados obtidos, pelo futebol jogado até aqui. O torcedor em estado de graça.  O Leão é o líder, com 34 pontos, seguido por Vila Nova e Criciúma, ambos também com 34; e o Novorizontino em quarto, com 33 pontos ganhos – esses são os quatro primeiros. O Sport é o quinto.     

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 No Recife

 - Clima bom, céu limpo, arquibancadas da Ilha do Retiro com bom público (sem lotação completa), aquele campo de jogo bem conhecido, piso fofo, grama mastigada, até dá pra jogar bem quando não encharca. Duelo de leões, rubro-negros, disputa por espaço entre os quatro de cima. Rivalidade em alta.

 - O Sport de vermelho e preto total, o Vitória inteiro de branco, com detalhes rubro-negros. Equipes ofensivas.

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 Com bola rolando ...

- O Leão da casa começou mais à vontade, buscando o ataque; o leão baiano marcando em cima e se aclimatando com o piso, diferente do Barradão. Aos 2’, primeira defesa de Lucas Arcanjo, aos 6’, num contragolpe rápido pelo meio, Juba bateu livre da meia lua, por cima. Aos 10’, tentativa de Osvaldo, longe. Um início bem corrido.

 - Aos 25’, numa blitze dos pernambucanos, Lucas Arcanjo tapeou uma bola alçada e Ewerton pegou a sobra, livre, mas Camutanga salvou, quase em cima da linha. A mais clara chance de gol até então. O Sport melhor. Mas o Vitória tem a bola parada bem treinada... Aos 30’, Nem bateu escanteio fechado, por baixo, bate-rebate, Juba atirou-se na pequena área e evitou o gol dos baianos. Lá e cá, jogo aberto e imprevisível.

 - Aos 40’, Juba recebeu de frente e não chutou, não teve perna direita, a zaga do Vitória aliviou. Aos 42’, Vagner Love tentou mas o arremate foi travado. Aos 44’, Juba deixou Ronaldo de cara, Lucas Arcanjo abafou e o chute saiu fora. O Sport pressionava, mas ...

 - Gol! 1 x 0 Vitória, aos 45’. Matheus Gonçalves cruzou rasteiro, da esquerda, Thyere tentou cortar, pegou ‘na orelha’ da bola, que subiu e entrou no ângulo cobrindo o goleiro Renan e ainda batendo na trave antes de chegar nas redes.  

 Futebol é jogo e o fator sorte é fundamental em qualquer jogo. O Leão baiano foi mais feliz, bafejado pela sorte. Achou um gol (infelicidade do becão Thyere) quando tomava pressão do adversário. O fato é que o Vitória tem três atacantes baixinhos, rápidos, rodados e que chutam bem. Um contragolpe, uma bola parada e ... decidem, são letais. No mais, correria, muita marcação, aplicação...  O placar do primeiro tempo calhou bem, 1 x 0 abençoado. Hora da merenda.

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  Restava ao Sport ir pra cima, tentar mudar o placar. Foi praquela pressão inicial. O Vitória na moita, esperando o momento do contragolpe rápido. Aos 2’, bola perecendo na pequena área baiana, Juba, Love, terminou nas mãos de Lucas Arcanjo, no chão. Daí ...  como aconteceu do outro lado no 1 x 0 ...

 - Gol! 1 x 1, Sport, aos 7 minutos. Também contra, de Camutanga, tentando cortar um cruzamento rasante da direita, em cobrança de escanteio. Pegou de canela na pelota, no bololô da pequena área.

  Outro jogo, outro panorama, pois. Tudo igual. E franco. Os times afoitos, mais na vontade, na raça do que na técnica, muita correria e passes errados de parte a parte.  Feito o gol de empate, a pressão pernambucana diminuiu. O Vitória saiu pro jogo, encarou, equilibrou e sempre periga nas bolas paradas.

 - Gol! 2 x 1 Vitória. Aos 20 minutos. Zé Hugo tinha acabado de entrar quando Osvaldo bateu escanteio da esquerda, mal, por baixo, mas a zaga pernambucana não resolveu e a bola sobrou pra Zé Hugo, que se atrapalhou um pouco no domínio mas, como ninguém apertou ele bateu chapado e firme, a redonda resvalou na zaga e penetrou no ângulo. Que felicidade!  

  Para quebrar o ímpeto de qualquer reação do adversário, Leo Condé lançou Gamalho e Giovanni Augusto (experientes, rodados) em campo. Era preciso saber administrar o resultado, 30 minutos e o Leão da Ilha parecia atarantado, sem mais poder de definição.

   Aos 35’, Ênderson Moreira foi para o tudo ou nada, em casa, sob pressão do torcedor, e fez três mudanças: - Juan Xavier, Gabriel Santos e Wanderson em campo, saíram Ronaldo, Edinho e Juba, esses dois últimos bastante vaiados. 

 Aquela pressão final e a os 48’, um chute de F. Mateus, da entrada da área, desviou na zaga e passou renta à trave de Lucas Arcanjo; aos 50’, Felipinho pegou um rebote, livre, de frente, e encheu o pé, por cima. Deu Vitória, a primeira derrota do Sport dentro de seus domínios.  

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Destaques

 - Atrás, garantindo, Lucas Arcanjo e W Leonardo; na frente, decidindo, Wellington Nem, Matheus Gonçalves, Osvaldo (ariscos, infernizando) e o abençoado Zé Hugo – a bola que pegou, fez o gol.

  - Um Sport nervoso, inseguro, sem acertar o pé, naquela fase em que nada dá certo e a torcida pega no pé, só pioram as coisas. Ênderson Moreira à perigo, pois.

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Ficha técnica

- Sport Recife, o Leão da Ilha, do nosso conhecido treinador Enderson Moreira: Renan, Ewerton, Thyere, Sabino e Cariús (Felipinho); Ronaldo (Wanderson), Fábio Matheus, Labandeira (Alan Ruiz) e Juba (Gabriel Santos); Edinho (Juan Xavier) e Vagner Love.

-  O Vitória do técnico Leo Condé, o Leão da Barra: Lucas Arcanjo, Yan, Camutanga e Wagner Leonardo; Raylan (Mateuzinho), Dudu (Johny Lucas), Gegê e Felipe; Osvaldo (Gamalho), Matheus Gonçalves (Zé Hugo) e W. Nem (Giovanni Augusto).

 - Arbitragem de São Paulo, com VAR; Lis Flávio Oliveira no apito.  

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 - Próximo confronto do Vitória é em casa, contra a Chapacoense; segunda, dia 24, 19h.

    Pela 19ª rodada, metade da segundona.

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Série A

 - Bahia x Corínthians se enfrentam no próximo sábado, na Fonte Nova, às 18h30, pela rodada 16. O tricolor e seu treinador sob pressão, o time encostado na porta da zona de degola, o torcedor azucrinado e azucrinando.

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 Copa do Mundo das ‘minas’

 - Começa nesta quinta-feira a Copa do Mundo de Futebol Feminino/FIFA, com jogos na Austrália e Nova Zelândia. São 32 seleções. A final acontecerá em 20 de agosto.

 - A abertura é na madrugada (o fuso horário é terrível), às 4h, em Auckland, Nova Zelândia. Jogam Nova Zelândia x Noruega. 

 - O Brasil estreia no dia 24, às 8h (hora de Brasília), em Adelaide/Austrália, contra Panamá.

  A seleção brasileira está no Grupo F, disputando classificação com França, Jamaica e Panamá.

-  Alerta Geral!  Na madrugada de quinta, lá em Auckland, aconteceu um tiroteio nas  proximidades de hotéis, que resultou em três mortes e seis pessoas feridas.  O atirador (desconhecido) localizado num canteiro de obras foi abatido; tropas, policiamento ostensivo e um clima de medo rondando, a despeito de as autoridades garantirem que está tudo sob controle, que as delegações e os jogos estão sob segurança. Um atentado? Um atirador maluco? Eh, mundão louco!   

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 Copa do Brasil

  Saiu, por sorteio (?) da CBF, a tabela dos confrontos pelas semifinais da Copa do Brasil.

  - No dia 25, às 21h30, Corínthians x São Paulo; a volta, no Morumbi, é dia 16/08, às 19h30

  - No dia 26, às 21h30, Grêmio x Flamengo; a volta, no Maracanã, dia 16/08, às 21h30.

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Luto!

  Foi-se Henricão, o último dos grandes heróis do Bahia Primeiro Campeão Brasileiro em 1959. Formava o miolo de zaga com Vicente Arenari. Ia fazer 90 anos, morava no Rio, onde nasceu. Deixa 4 filhos e muita saudade. Foi um ídolo. Chegou no Bahia em 1957 e encerrou a carreira em 1967. Mais de 400 jogos com a camisa tricolor. Pentacampeão baiano de 58 a 62.

  Grandalhão, jogava limpo, primava pela antecipação, boa cobertura, imbatível pelo alto. Alegre, boa vida, curtia carnaval, samba e era bem próximo do ponta Biriba, aquele de Itapuã que só jogou pelo Bahia. Outros tempos, de bola mais bem tratada, com devoção.

 Obrigado, Negão, vá em paz.