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BAHIA QUEBRA INVENCIBILIDADE DO PALMEIRAS E SE AFASTA DA ZONA DEGOLA

ZédeJesusBarrêto comenta o empenho dos jogadores do Bahia e a grande atuação do goleiro Marcos Felipe
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 21/06/2023 às 23:42
Bahia 1x0 Palmeiras
Foto: Felipe Oliveira ECB
  

   O melhor resultado do Tricolor  até agora na competição (1 x 0), voltando a vencer na Fonte, quebrando a invencibilidade do vice-líder, derrubando um tabu e, melhor que tudo, somando três pontos, que afastam o Tricolor da zona de perigo de baixo da tabela. Ganhar do Verdão dá muita moral. O gol saiu já nos acréscimos e torcedor foi à loucura no final.

  Foi uma partida difícil, equilibrada, o Palmeiras criou mais chances de gol, mas o Bahia, bem arrumado, soube resistir, marcou e lutou e foi muito feliz no final.

 Grande resultado! O time dorme em 14º lugar, com 12 pontos ganhos.

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 Na Fonte Nova

- Começo de inverno, vento, chuvinha e noite fria (24 graus), antevéspera de São João, cerca de 40 mil pessoas nas arquibancadas. Os tricolores na esperança de o time voltar a vencer, somar pontos, fugir da zona da degola, engrenar enfim. E logo contra o Palmeiras, vice-líder da competição, invicto, ataque poderoso, talvez a equipe brasileira mais bem arrumada coletivamente. Presença forte da torcida do Verdão paulista.

- O Bahia há 45 dias sem vencer, com um tabu de mais de 10 anos sem ganhar do Verdão, valendo pela 11ª rodada. No time paulista três ex-jogadores do Bahia: o goleiro Lomba, o meia Zé Rafael e o avante Arthur. Desfalques de Wéverton, Piquerez, Veiga e Rony.

 - O Bahia com seu padrão de uniforme tricolorido e o Palmeiras de branco com detalhes em verde.  Com as chuvas, um relvado meio mastigado, feio, mal cuidado mas linheiro.

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 Com bola rolando ...

 - Começo de muita cautela, as duas equipes valorizando a posse de bola, trocando passes. Os donos da casa encarando, bem postados, marcando em cima, ofensivos. O Verdão na moita, esperando e forçando erros do adversário.

 - Chavez nervoso, errando no domínio e nos passes, um risco. Kanu mancando, sentindo a perna, após um choque com Endrick, o soprados de apito dando cartão amarelo a Mongotti, após uma falta boba na intermediária (e não deu a Endrick na dividida dura que machucou Kanu). Ataques de lado a lado prejudicados com impedimento dos atacantes. Até os 20’, nenhuma chance clara de gol. Igual.

- Aos 24’, após uma lambança defensiva do Bahia, na frente da grande área, Ze Rafael arriscou pelo alto e errou o alvo por pouco. Aos 25’, boa intervenção de Marcos Felipe. O Tricolor com dificuldades na saída de bola defensiva e o Palmeiras aproveitando os erros, já tendo oportunidades de marcar. O Tricolor até ronda mas não finaliza. O Verdão já no comando das ações, chegando com perigo na área baiana.

 - Aos 38’, com o time do Bahia todo avançado, Arthur foi lançado livre na direita, em velocidade, por Ze Rafael, entrou na área mas escorregou na hora do arremate e sentiu o joelho, mas voltou a campo. Aos 44’, Lomba tirou uma bola na cabeça de Mingotti, após bom cruzamento de Thaciano, da direita. Aos 45’, após uma ratada absurda da zaga baiana, Arthur entrou livre e bateu rasteiro, a bola passou por baixo do goleiro Marcos que salvou em cima da linha, o VAR mostrou que a bola não chegou a ultrapassar a linha fatal (seria um frangaço)

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  Sem gols na primeira etapa, mas o Palmeiras esteve bem mais perto de marcar. Um elenco com mais qualidade individual e postura coletiva mais consolidada. Um time que erra pouco, tem uma defesa segura. Um Bahia até bem postado, mas nos faltam talentos.     

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  Os paulistas voltaram marcando mais na frente, linhas adiantadas, dificultando a saída de bola defensiva baiana, apostando numa falha, num vacilo. Um recomeço de Bahia retraído, sem achar espaços para contra-atacar. Aos poucos foi equilibrando mas sem finalizar bem. Aos 11’, o goleiro Marcos Felipe salvou, de frente com Dudu, livre,  arrojando-se e desviando o chute fatal. Chegam sempre com mais perigo.

 - Aos 20’, Renato Paiva pôs Everaldo em campo no lugar de Mingotti. Aos 23’, lançado em profundidade pela esquerda, Chavez arrematou forte, muito longe do alvo. Aos 24’, o Tricolor armou um bom contragolpe, pelo meio, Thaciano foi travado na hora do arremate, escanteio.  Substituições no Palmeiras (aos 27’). O jogo vai ficando mais travado. Marcação ficando frouxa, tempo passando, mais espaços para os contragolpes em velocidade.    

- Aos 30’, num chute esquinado, Arthur acerta a quina do travessão de Marcos Felipe que, na sequência, faz uma defesa espetacular, num chute de Menino da meia lua, espalmando a escanteio. O árbitro deu 7 minutos a mais.

 - Gol! Bahia 1 x 0 – Thaciano, aos 47 minutos. Uma grande jogada de Cauly desbravando a defesa paulista pelo meio, arrematou forte, baixo, Lomba salvou mas deu rebote, apareceu Thaciano para empurrar.  

  Destaques

  - Marcos Felipe, umas três, quatro ótimas e difíceis defesas. Cicinho, Kanu, Rezende, Cauly (que grande jogada no gol!), Thaciano (sobretudo pelo gol marcado) e Acevedo, um monstro.   A  equipe de Renato Paiva bem postada, lutou muito – carece de  qualidade na frente, sobretudo.  Biel e Jacaré fazem falta, porque finalizam mais e melhor.   

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 Ficha técnica:

 - O Bahia escalado pelo ‘mister’ Renato Paiva, amigo do também ‘gajo’ treinador do Palmeiras: Marcos Felipe, Cicinho, Kanu, Vitor Hugo (Gabriel Xavier) e Chavez; Rezende, Acevedo, Thaciano e Cauly; Kayky e Mingotti (Everaldo).

 - O Palmeiras do inquieto e vitorioso Abel Ferreira: Lomba, Mayke, Gomez, Luan e Vanderlan; Menino (Rios), Zé Rafael e Tabata (Luis Guilherme); Arthur (Giovane), Endrick (Lopez) e Dudu (Breno Lopes) .

 - Arbitragem FIFA, de Copa do Mundo, com VAR; Wilton Pereira Sampaio, de Goiás, no apito.

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 Pela 12ª rodada, o Bahia encara o Fluminense, Tricolor carioca, no Maracanã, no sábado, 24, às 18h30.

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Outros jogos na noite de quarta/rodada 11:

 - Cruzeiro 0 x 1 Fortaleza; São Paulo 2 x 1 Athlético PR; Santos 0 x 2 Corínthians (a partida acabou, foi encerrada aos 41 minutos do segundo tempo, por conta de manifestações de torcedores santistas, enraivecidos,  atirando fogos e objetos no gramado, ameaçando invadir o campo).

    - Fluminense 1 x 1 Atlético Mineiro (estreia de Felipão como treinador do Galo).

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  Seleção bola ‘xôxa’

  Ecoa ainda a balaiada que a ‘seleção brasileira’ levou do Senegal (4 x 2) no amistoso de terça, em Portugal, com público miado. Um futebol coletivo inócuo e as individualidades opacas. Uma equipe sem expressão, nenhum atrativo. São derrotas seguidas para seleções africanas – Camarões, Marrocos e Senegal.

  Mas o assunto do momento é a ‘novela Ancelotti’. O anunciado acerto ‘bocal’ (sem nada fechado por escrito) da CBF com o treinador italiano Carlo Ancelotti, 64 anos, atualmente no Real Madrid, para dirigir a Seleção. Ele assumiria em junho de 2024, após o fim da temporada europeia de 2023/24 e o término de seu contrato com o clube espanhol. Plena disputa de Eliminatórias Sul-americanas e a Copa América.

 Caso realmente se concretize a vinda do treinador, indiscutivelmente um dos melhores do mundo, pelo currículo vitorioso, seria a primeira vez que um técnico estrangeiro assumiria a ‘canarinho’ que, hoje, é mais uma seleção europeia do que ‘brasileira’. Ancelotti virá com o objetivo e a ‘obrigação’ de vencer a Copa 2026 /EUA, Canadá e México. Somos os únicos a ter vencido cinco copas, mas a última que ganhamos foi em 2002, o mundial da Ásia: Japão/Coreia do Sul.

  Não se discute a competência e rodagem do treinador italiano, mas a história e a camisa da seleção brasileira são maiores que ele. É um risco ficar quase dois anos sem treinador e daqui a um ano muita coisa mudou no mundo, inclusive e mais que tudo no imprevisível mundo da bola, o futebol. No mais ...

- Quem garante que Ancelotti virá em meados de 2024? E, se vier, terá condições de armar uma equipe sólida e vencedora com pouco tempo de contato e treinamento com os atletas, devido ao calendário e tropeços pelo caminho e competições em andamento?  E as cobranças, as tretas?  Mesmo que tudo dê certo, quem garante o título de uma Copa do Mundo senão os jogadores em campo e... os deuses da bola?

 - Bom lembrar que, faz pouco, à frente do poderoso e conhecido e bem treinado Real Madrid, Ancelotti/Real Madrid sofreu uma humilhante goleada (de 5) do Manchester City, de Guardiola, e foi eliminado na semifinal da Champions League. Daí, ponho minhas barbas brancas de molho.  Quem ganha título é o craque e temos uma safra de medianos, não mais que isso.

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