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JUACUIPENSE DETONA JUAZEIRENSE (3X0) E FAZ A FINAL DO BIANÃO COM BAHIA

ZédeJesusBarrêto diz que o Leão do Sisal foi competente e aguentou a pressão do Canão de Fogo
ZedeJesusBarrêto ,  Salvador | 19/03/2023 às 18:38
Jacuipense 3x0 Juazeirense
Foto: Lucas Penas, do ECJ

 Na outra semifinal do Campeonato Baiano 2023 deu Jacuipense, com folga, em Riachão do Jacuípe: 3 x 0 sobre a Juazeirense, que lutou muito, até mostrou mais volume de jogo, porém o Leão do Sisal foi mais competente, teve mais felicidade nas finalizações e soube se defender, suportar o assédio, sobretudo na segunda etapa, com grande atuação do goleiro Jean. Louve-se a estratégia de jogo montada pelo treinador Jonilson Veloso. Uma partida bem jogada, apesar do gramado pesado, sob chuvas.

  Um triunfo largo, até exagerado para o que se viu em campo, mas bem merecido, pois o Jacuipense foi mais equilibrado, tanto na parte tática, no coletivo, como no aspecto emocional. No agregado, uma goleada – 4 x 0, não há o que discutir.

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 Com o resultado, Bahia x Jacuipense disputam o título, o troféu de campeão baiano, em dois confrontos. O primeiro no dia 2 de abril, em Riachão, no Estádio Eliel Martins; e o segundo, o jogo da taça, das medalhas, da entrega das faixas no dia 9 de abril, na Fonte Nova.

  O Itabuna, na janela espiando, festejou o resultado, que o coloca, como terceiro colocado do Baianão, na disputa da Copa do Brasil em 2024.   

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   Em Riachão do Jacuípe

 - 19 de março, dia de São José, o operário, o carpinteiro, o pai adotivo de Jesus. Chuva no dia dele significa fartura para o sertanejo, milho verde no São João.

  - Nuvens carregadas, vento forte e o ‘toró’ caiu antes de a bola rolar. Relvado alto molhado, pesado, escorregadio, arquibancadas com capacidade para 5 mil pessoas, muitos vazios (pouco mais de 2 mil presentes), batucada incentivando.

- Desse confronto, o segundo pelas semifinais da competição, sairia o finalista que vai enfrentar o Bahia na disputa do título. O Jacuipense venceu o primeiro confronto em Juazeiro (1 x 0)

 - Jacuipense com sua vistosa beca grená-violácea, inteira; Juazeirense de camisetas e meiões brancos, detalhes em amarelo e vermelho, calções rubros.       

 

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   Arena Valfredão/ Estádio Eliel Martins

  Com a bola quicando ...

 - A despeito da vantagem no placar (agregado), o time da casa começou em cima, tentando definir, correndo muito, pegando. A Juá bem postada, tentando surpreender com contragolpes e bolas paradas, alçadas na área inimiga. Precisava atacar, fazer gols, e aos poucos foi se soltando mais.

 - Aos 11’, primeira boa chance com Jeam, em velocidade pela canhota; levou a marcação e encheu o pé, muito longe do alvo.  Por volta dos 15’, a chuva amansou um pouco. Duelo bem equilibrado.

 - Gol! 1 x 0 Jacuipense, aos 24 minutos. Thiaguinho batendo falta da linha média, um balaço de direita, colocado, acertando o ângulo esquerdo de Gleibson, que foi e não achou nada. Belo chute.

 Depois do gol, o Jacupa retraiu-se mais, fechou a cozinha e apostou nas bolas esticadas em contragolpe para ‘matar’ o jogo. A Juá foi pra cima, com mais volume, apertando, tentando, chutando de longe. Aos 33’, numa boa cobrança de falta de Nildo, o goleiro Jean evitou o empate. Aos 45’, outra boa catada de Jean, num chute da intermediária, traiçoeiro.

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  O Leão do Sisal foi pra merenda, no intervalo, satisfeito com a vantagem de dois gols agregados e atuando bem, segurando atrás, contragolpeando em estocadas de velocidade, marcando e sem sofrer muito. Restava ao Cancão de Fogo ir pro tudo ou nada na segunda etapa.

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 Nos vestiários (ou seriam vestuários?) o treinador Rabello, da Juá, trocou, lançou sangue e fôlego novos, no intuito de virar o placar, fazer gols; em campo, Caique e Pablo. Logo aos 2’, depois de um escanteio fechado, o goleiro Jean salvou, após sufoco na área dos donos da casa. A Juazeirense inteira na ofensiva, e Jean mostrando suas qualidades no arco do Leão do Sisal, um dos melhores goleiros da competição.

 - Aos 5’, num contragolpe pela direita, Thiaguinho escorou, finalizou na pequena área do Cancão, mas o gol foi anulado, bola na mão do atacante do Jacupa. Gramado já bastante mastigado, enlameado, escorregadio, mas uma disputa leal, poucas faltas. Aos 17’, Ian disparou forte da entrada da área, nova defesaça de Jean.

- A Juá não arrefecia a pressão e o treinador Joilson Veloso trocou dois, buscando reequilibrar as ações, respirar um pouco; Flávio e Fábio Matos em campo. Aos 23’, a primeira boa chance do Jacuipense; Welder penetrou pela direita mas o chute saiu errado, muito alto. A Juá sufocando, até já merecia um empate. A Jacupa suportando apenas, esperando na moita para dar um bote.  

- Daí... Depois de uma falta dura de Dadinha na intermediária, cartão amarelo dado pelo árbitro, Jemerson (o capitão da Juazeirense) partiu agressivo, descontrolado pra cima de Pombo Lopes, o soprador de apito, e levou o vermelho, foi expulso. Aos 28 minutos, o Juá com um atleta a menos em campo quando era melhor, pressionava e precisava fazer gols para tirar a diferença. No futebol, o emocional muitas vezes define, sobretudo em decisões.

 - Aos 34’, Neto Baiano bateu falta da entrada da área, chute forte, acertou e balançou o travessão de Jean. Mesmo com um atleta a mesmo, a Juazeirense continuou atacando, buscando o gol, mas...

 - Gol! 2 x 0 Jacuipense, aos 38’. Welder, livre, pegando um rebote do goleiro, após boa trama do Jacuipense pela esquerda, com Robinho e Flávio.  

 A Juazeirense continuava em cima, arrematando, brigando, chutando... chegou e finalizou mais, porém o Jacuipense foi mais objetivo e competente. Futebol é assim... 

Então, antes do apito final, o lateral Rafinha ainda acertou uma bomba de longe, o goleiro da Juá aceitou e o Jacupa fechou com 3 x 0 no placar. Vai com moral para a final, enfrentará o Bahia de igual pra igual, não se enganem.  Uma festa nas arquibancadas e nas ruas de Riachão.   

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 Destaques para o goleiro Jean, Nildo, Thiaguinho, o sistema defensivo do Jacupa e as armadilhas do treinador Jonilson Veloso. Êxito.

 A Juá lutou, tentou de um tudo, mas ficou pelo caminho. O placar lhe foi ingrato.   

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- Jacupa, o “Leão do Sisal”: Jean, Rafinha, Weverton, Kanu e Radar; Fábio Bahia, Vinícius e Eudair; Thiaguinho, Welder e Jeam. (Fabio Matos, Flávio, Robinho, Vitor)    Treinador, Jonilson Veloso.

- Juá, o “Cancão de Fogo”: Gleibson, Dadinha, Jemerson, Wendell e Nildo; Waguinho, Knupp e Kesley; Clebson, Reinaldo e Ian. (Caíque, Pablo, Neto Baiano, Jerry, Erick).    Treinador, Carlos Rabello.

 - Arbitragem: Diego Pombo Lopez no apito (sem queixas).

 

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