ZédeJesusBarrêto comenta a vitória do Jacuipense sobre o Juazeirense jogando em Juazeiro 0x1
ZedeJesusBarrêto , Salvador |
12/03/2023 às 18:50
Robinho marcou nos acréscimos 1x0 para o Leão do Sisal
Foto: Instagram do Jacuipense
“Aqui no Adautão quem manda é o Cancão”, lia-se na faixa estendida pelo torcedor do Juazeirense na arquibancada do Adauto Moraes. Não foi assim que se deu. O Juá ‘Cancão de fogo’ até jogou melhor mas perdeu em casa para o tenaz Jacuipense (1 x 0), surpreendido por um contragolpe no final da partida. Uma vantagem e tanto para o ‘Leão do Sisal’, que joga a decisão em Riachão do Jacuípe, diante de seu torcedor, com a vantagem no placar.
Assim, teremos um fim de semana próximo bem quente e decisivo; saem os dois times que disputarão o título 2023 do Baianão. Itabuna e Jacuipense saíram na frente, mas nada definido, tudo em aberto.
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Em Juazeiro
- No estádio Adauto Moraes, uma tarde domingueira fim de verão de mormaço, calor abafado (37 graus), público ocupando os espaços disponíveis, aquele conhecido gramado desnivelado, mastigado que favorece muito os donos da casa.
- O Juá, ‘Cancão de fogo’, do técnico Carlos Rabello, de vermelho com detalhes amarelos; o Jacupa, ‘Leão do Sisal’, do treinador Jonilson Veloso, todo de branco.
Arbitragem de Marielson Silva, rodado, sem problemas.
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Com bola rolando ...
Começo em ritmo lento, equilíbrio, marcação dura e cautelas. Chutões, passes longos, pouca troca de passes. O Juá, aos poucos, à vontade em seus domínios, buscando mais o gol. Nenhuma chance até os 25m, quando o árbitro deu uma parada técnica para reidratação.
- Aos 35’, a melhor oportunidade criada em jogada individual de Reinaldo, avante do Juazeirense, que varou pelo meio a defesa adversária mas parou no goleiro Jean, que saiu bem e abafou. Aos 45, Jeam (um dos artilheiros da competição) desperdiçou cara a cara com o goleiro, chutou pra fora; o Juá respondeu aos 47’, mas o gol não saiu.
Um primeiro tempo em que o Juá foi melhor, buscou e criou mais. O Jacupa segurou bem atrás, mas o ataque quase não levou vantagem sobre a zaga do Juá, a menos vazada do campeonato.
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O treinador Rabello, precisando do triunfo em casa, mexeu na equipe, no intervalo, lançando o buliçoso Kesley no ataque no Cancão. O mesmo panorama, o Juazeirense em cima, pondo pressão e o Jacupa no contragolpe, na moita. Mais brigado, veloz, animado. Aos 18’, o ‘manjado’ Neto Baiano no Juá (há mais de um ano que não marca um gol).
- Aos 26, Rafinha arrancou pela direita em alta correria, bateu cruzado raspando a meta do Jacupa. Érik, Leo Kanu ... Leo Rabello buscando, arriscando tudo por um triunfo em casa, a vantagem de sair na frente. Bateu 30’, o entardecer baixando a quentura e o Jacuipense fechadinho, aguentando a pressão, gostando do empate, gastando tempo.
O calor, relógio andando, o cansaço bateu, de lado a lado. Aos 41’, a primeira pontada do Jacupa, uma cabeçada fraca de Fabio Bahia, livre de marcação, nas mãos do goleiro. Daí ...
- Gol! 1 x 0 Jacuipense, aos 44 minutos. Robinho, numa arrancada espetacular pela esquerda, em contragolpe, levou a marcação, escapou de faltas e encheu o pé canhoto, chute cruzado, indefensável. Surpresa, golaço!
A arbitragem acrescentou 9 minutos ao tempo normal. Juazeirense foi melhor, teve mais posse de bola, criou chances, procurou mais o gol, mas... foi surpreendido no final. Prevaleceu a estratégia de Jonilson Veloso, que conhece bem o Juá e o campo, trabalhou lá um bom tempo.
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Os próximos confrontos ...
- Na Fonte Nova, dia 18, sábado, 16h: Bahia x Itabuna. O visitante joga pelo empate.
No Valfredão, em Riachão do Jacuípe: Jacuipense x Juazeirense. O Jacupa com vantagem de um gol.
Assim, no próximo fim de semana, conheceremos os finalistas.
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Pressão Tricolor
Antes da semifinal do Baianão, o Bahia joga em Teresina, pelo Nordestão, na terça-feira. Enfrenta o valoroso Fluminense/PI, em defesa da ‘honrosa’ posição de lanterna do Grupo B da competição. Só ‘milagres’ do Sobrenatural de Almeida (criação de Nelson Rodrigues) para o Tricolor sonhar ainda com classificação. Delírio.
O fato é que jogo após jogo e até agora o Tricolor não tem uma equipe, nem um time: goleiro confiável, uma zaga mais sólida, laterais fogosos, meio-campistas que enxerguem o jogo e briguem pela bola, um jogo mais objetivo e inteligente...
E um centroavante! PelamôdeDeus, esqueçam esse Marinho.
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Falo de centroavante aquele 9 inquieto, malicioso, rápido, que use bem o corpo a corpo, com arranque, sede de gol. Que goste da bola e saiba jogar sem ela. Treinar muito a direita, esquerda, o cabeceio... Pelo capilé que embolsam seria cobrar muito? Digo-lhe, todo meio-campista, sobretudo o canhoto, carece de um centroavante assim. O que pede o passe na frente, agudo.
É no casamento de estilos, características individuais que se chega a uma equipe, no encaixe, nas coberturas, no lançamento ... Mas, sobretudo no querer de todos, de cada um. Aplicação, vontade, grupo.
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(um caga-sebo me contou que tem laranja podre no balaio do treinador Renato Paiva, já com aparência de derrotado).