Até hoje ninguém sabe o que teria acontecido com Ronaldo, o provável é algo relacionado a psicologia
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
29/11/2022 às 07:55
Didier é, hoje, o treinador da França
Foto: REP
O futebol exige técnica, habilidades, força física, espírito coletivo, inteligência e também equilíbrio emocional. O emocional, muitas vezes, define o jogo, decide um título ou põe tudo a perder.
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Foi o primeiro mundial conquistado pela França, em casa, onde brilhou o franco-argelino meia Zinedine Zidane, de 26 anos, um senhor craque de bola. Mas ... o que ficou na memória dos brasileiros daquela copa foi o ‘amarelão’ ou chilique do jovem Ronaldo, 21 anos, então o melhor jogador do planeta, no dia da final, exatamente contra os franceses. Até hoje a gente se pergunta:
- O que aconteceu?
No começo da tarde daquele domingo, 12 de julho, em Saint Denis, os jogadores brasileiros almoçaram e em seguida a maioria se recolheu para dar um cochilo, aquela ‘siesta’ relaxante. Mal passava das 14h30 (horário da França, 9h30 no Brasil) e o lateral Roberto Carlos percebeu que estava ocorrendo algo muito estranho com seu companheiro de quarto (o 290 do Hotel Chateau de la Grande Romaine) Ronaldo, e saiu assustado porta afora a chamar os companheiros, pedindo socorro. Edmundo foi prontamente à procura do Dr Lídio Toledo, médico ortopedista da delegação, que encontrou o craque de 21 anos deitado,
Tremelicando, suando muito e babando, mas com pulsação normal, concluindo que o jogador tivera alguma convulsão. A essa altura, quarto e corredor em alvoroço, todos espantados com a cena a perguntarem-se ‘o que teria acontecido com o cara?’. O jogo aconteceria às 21h, no Stade de France, a cerca de 30 minutos do hotel onde a delegação estava concentrada.
Dr Lídio chamou o médico clinico, Dr Joaquim da Matta, que limpou a área, ficou só com Ronaldo, examinou e pediu que o deixassem descansar à vontade. O atleta despertou lembrando apenas de ter sentido sono e dormido: “quando acordei tudo já tinha acontecido”. Junto com o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, os médicos decidiram que o jogador deveria passar por uma bateria de exames neurológicos e, lá pelas 17h, o Dr Joaquim, acompanhado do fisioterapeuta Claudionor Delgado seguiu com Ronaldo, que continuava sem entender nada do que estava acontecendo, até uma clínica próxima, conveniada com a FIFA, onde os exames realizados nada acusaram.
No fim da tarde, sem notícias dos procedimentos com Ronaldo, acompanhados pelo Dr Lídio e abalados com o acontecido no hotel, os jogadores e comissão técnica seguiram para o estádio, e o nome de Ronaldo constava da escalação oficial previamente montada e divulgada por Zagalo. Atletas no aquecimento, aquele zum-zum-zum entre eles, daí o treinador, o médico ortopedista e o chefe da delegação brasileira, Sr Fábio Koff, decidiram trocar o nome de Ronaldo pelo de Edmundo na lista de escalação final, “por motivos médicos” – já que o camisa 9 titular não aparecia. Foi um tititi dos diabos nos microfones, na tevê, entre repórteres, apresentadores e comentaristas do mundo que cobriam a Copa - o ‘astro’ de fora da final. Edmundo escalado, pronto para entrar em campo.
Só que, a 45/50 minutos de começar o jogo, os atletas calçando as chuteiras, eis que Ronaldo adentra o vestiário, para surpresa de todos, dizendo que não estava sentindo nada e queria jogar, insistia, iria pro jogo. Os companheiros se entreolhavam ... ‘e agora?’
Zagalo conversou com os médicos num canto e decidiu escalar o “Fenômeno”, decisão criticada depois como imprudente ou até mesmo temerária, arriscada. E Ronaldo entrou em campo para jogar a final, perfilado para a execução dos hinos com uma aparência no mínimo estranha – parecia pálido e com o olhar meio aéreo. No mais, um Edmundo indignado com seu ‘entra e sai’, os companheiros em campo e no banco de reservas abalados e temerosos com o que teria acontecido antes e poderia acontecer com Ronaldo no gramado.
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O que aconteceu em campo, sabemos; o que teria acontecido com ele naquela tarde no quarto do hotel ... até hoje ninguém sabe. Nem o próprio Ronaldo. Falaram até que poderiam ter posto ‘alguma coisa’ na comida do craque, “francês não é flor que se cheire”. Improvável.
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Pátria tricolorida
A França tinha mais de 58 milhões de habitantes em 1998. O Euro não existia, o Franco era a moeda, os imigrantes não haviam ainda ocupado as periferias, como hoje, e Paris, a Cidade Luz, era a capital turística do planeta, o vermelho-azul-branco (Liberté, Egalité, Fraternité) tomando conta de tudo, a Copa foi uma grande festa na Europa latina. Jacques Chirac era o Primeiro Ministro do país.
Os jogos aconteceram em Saint Denis, Paris, Marselha, Lion, Lens, Nantes, Saint Etienne, Toulouse, Bordeaux e Montpellier.
Foi a primeira Copa do Mundo com a participação de 32 países. E também a primeira em que a bola - a ‘tricolore’, da Adidas – traria as cores da bandeira do país sede. O site oficial da Copa registrou o ‘clic’ de mais de 29 milhões de visitantes internautas durante a competição. A Copa da França teve 13 mil jornalistas credenciados e a transmissão direta pela TV chegou a 195 países, mundo afora.
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Tempos de FHC
O Brasil de 1998 tinha mais de 165 milhões de habitantes, 78% já vivendo em áreas urbanas. O salário mínimo era de 130 reais, o dólar a 1,21 real, uma inflação anual de apenas 1,7%. O professor e sociólogo Fernando Henrique Cardoso, no seu primeiro mandato de governo, vento em popa, seria reeleito em outubro, no primeiro turno, com 35,9 milhões de votos, derrotando Lula mais uma vez nas urnas.
O escritor Paulo Coelho estava em alta, com mais de 20 milhões de livros vendidos mundo afora. O Viagra – pílula azulzinha da Pfizer contra a impotência - era a sensação dos machos decadentes ou decaídos; e o Sr Édson Arantes do Nascimento, ministro dos Esportes, assinou Lei Pelé, em vigor em 2001, que, entre outras coisas, estabelecia que os jogadores de futebol com mais de 25 anos teriam direito ao passe livre.
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- Por conta do clima festeiro dos franceses, vários artistas brasileiros realizaram shows em Paris, faturando: - os baianos Carlinhos Brown, Gilberto Gil, Daniela Mercury, mais Chico Buarque, Jorge Bem, João Bosco, o Grupo Skank e a Escola de Samba Unidos do Viradouro, com o carnavalesco Joãozinho Trinta.
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A volta do Velho Lobo
Mário Jorge “o Lobo” Zagallo, que fora assistente de Parreira na campanha do Tetra, nos EEUU, assumiu o comando da Seleção mais uma vez, em agosto de 1994. Ele foi o treinador em 1970 e 74. Mesmo sendo carioca, Zagallo não quis convocar o ‘baixinho’ marrento Romário, então ídolo no Flamengo, e apostou todas as fichas no garoto ‘fenômeno’ Ronaldo, que tinha sido reserva, sem entrar em campo, na copa anterior, desabrochou fazendo gols, com arrancadas e dribles fantásticos no PSV da Holanda, em 95, e encantou os espanhóis com a camisa do Barcelona. Ronaldo foi eleito em 1996 e 97 pela FIFA como o melhor jogador de bola do planeta.
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O elenco
- Taffarel, Dida e Carlos Germano (goleiros); Cafu, Roberto Carlos, Zé Carlos e Zé Roberto (laterais); Aldair, Junior Baiano, Gonçalves e André Cruz (zagueiros); Dunga, Cesar Sampaio, Doriva, Giovanni, Emerson e Leonardo (meio-campistas); Ronaldo, Rivaldo, Edmundo, Bebeto, Denílson (atacantes)
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Altos e baixos
O Brasil fez o jogo de abertura da Copa no Stade de France, em Saint Denis (80 mil presentes, lotado), num fim de tarde de quarta-feira, 10 de junho, vencendo a Escócia por 2 x 1. Gol de cabeça do apoiador Cesar Sampaio, escorando escanteio cobrado por Bebeto, logo aos 4 minutos. Os escoceses empataram, de pênalti, cometido pelo mesmo Cesar Sampaio, ainda no primeiro tempo. Aos 27’ da segunda etapa, Dunga lançou longo na direita, Cafu penetrou em velocidade e chutou forte, o goleiro Leighton rebateu, a bola bateu na cara do zagueiro Boyd e entrou. Estrear vencendo é sempre bom, dá confiança.
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O primeiro gol de Ronaldo em Copas do Mundo aconteceu no Stade de la Beaujoire, em Nantes, aos 9 minutos de jogo contra Marrocos, o segundo adversário nosso na fase de classificação. Recebeu de Rivaldo, na meia lua, livrou-se fácil do marcador e bateu seco, rasteiro, acertando o canto. Rivaldo ampliou para 2 x 0 no finalzinho do primeiro tempo, pegando de primeira, pelo meio, um cruzamento de Cafú, da direita. E Bebeto fechou os 3 x 0 logo aos 5 minutos da segunda etapa, escorando na pequena área o passe em arrancada de Ronaldo.
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Com esse resultado o Brasil já jogaria classificado contra a Noruega, no Stade Velodrome, em Marselha, numa terça, 23, noite de São João. Atuando em ritmo de treino, o time de Zagallo só abriu o marcador aos 33 minutos do segundo tempo, com Bebeto finalizando uma vistosa jogada de Denilson, driblando pela esquerda. Mas os noruegueses empataram aos 38’ – o atacante Tore Flo driblou Junior Baiano e acertou o canto de Tafarel; e viraram (1 x 2) aos 44’, com Rekdall cobrando pênalti de Junior Baiano no rápido Tore Flo (puxão pela camisa). Nossas fragilidades defensivas ficavam à mostra.
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Pelas oitavas de final enfrentamos e vencemos bem o Chile (4 x 1) no Stade Parc des Princes, em Paris, sábado à noite, dia 27 de junho. A partida começou dura, pegada, até que o apoiador Cesar Sampaio, imaginem, desequilibrou, fazendo dois gols: - 1 x 0 aos 11’, escorando de cabeça uma falta alçada por Dunga; e 2 x 0 com oportunismo, de biquinho, aos 27’, aproveitando-se de um rebote na área, após cobrança de falta pancadão de Roberto Carlos.
Aos 45’, Ronaldo foi lançado em profundidade, driblou o goleiro Tápia e foi derrubado; ele mesmo bateu o pênalti e o Brasil foi para o intervalo com 3 x 0, jogo praticamente ganho. No segundo tempo, o Chile diminuiu, aos 23 minutos – Zamorano ganhou no alto de Aldair e Junior Baiano, cabeceou, Taffarel deu rebote e Salas completou. Mas Ronaldo voltou a marcar logo depois, aos 25’, ao receber passe de Cafu e bater no canto de Tápia; de quatro já era goleada.
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O jogo contra a Dinamarca (3 x 2) pelas quartas de final foi bem mais difícil, em Nantes, dia 3 de julho. Logo aos dois minutos levamos um gol de baba, a nossa defesa espiando a falta cobrada rápida por Michael Laudrup para a infiltração do irmão dele Brian Laudrup, que cruzou da linha de fundo e Jorgensen escorou na pequena área – jogadinha ensaiada, manjada e bobeira, cochilo nosso. Mas Bebeto empatou aos 11’, recebendo de Ronaldo, vencendo o marcador na corrida, finalizando bem. Rivaldo virou, fez 2 x 1 aos 27’, concluindo pela esquerda outro ótimo passe de Ronaldo.
Os dinamarqueses empataram por volta dos 5 minutos do segundo tempo, com Brian Laudrup estufando as redes de Taffarel após uma bicicleta de pneus furados (mal) executada pelo lateral Roberto Carlos, ao tentar espanar um rebote na área. Bizarro. Rivaldo salvou a pátria aos 15’, em arrancada individual e chute seco de canhota no cantinho do bom goleiro Schmeichel. Estávamos na semifinal.
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Vai que é tua, Taffarel!
Fomos para a final, contra a França, graças ao goleiro Taffarel que defendeu dois tiros livres da marca do pênalti - de Ronald de Boer e Cocu – após o empate de 1 x 1 contra a Holanda, no tempo regulamentar e mais 30 minutos de prorrogação. Pelo Brasil, converteram Ronaldo, Rivaldo, Emerson e Dunga. O jogo foi em Marselha, dia 7 de julho, a seleção desfalcada de Cafu, suspenso – jogou em seu lugar um certo Zé Carlos, única partida dele com a camisa canarinho.
Foi um confronto aberto, ofensivo, bom de ver, a despeito de um empate sem gols no primeiro tempo. O gol brasileiro saiu aos 23 minutos da segunda etapa, com Ronaldo alcançando passe longo de Rivaldo; já dentro da área, desvencilhou-se dos marcadores, trocou de pernas e tocou por baixo do goleiro Van Der Sar, um golaço. Mas o nosso miolo de defesa novamente cochilou e o esperto Kluivert empatou, aos 43 minutos, subindo livre entre Junior Baiano e Aldair, testando cruzamento de Ronald de Boer. Taffarel nos garantiu na final.
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A matreira França
A despeito de ter uma equipe boa, fisicamente bem dotada, com consistente jogo coletivo e do brilho do camisa 10 Zidane, a França não tinha mostrado na competição o futebol envolvente e convincente que mostrou contra o Brasil naquela final. Passou bem na fase classificatória pelas fracas Arábia Saudita e África do Sul, marcando sete gols, e venceu a Dinamarca por 2 x 1, sem Zidane, expulso e suspenso por dois jogos.
Nas oitavas, penou para vencer o Paraguai com um ‘gol de ouro’ do zagueiro Blanc já na segunda metade da prorrogação, após empate (0 x 0) nos 90 minutos regulamentares. Nas quartas de final, já com Zidane de volta, derrotou a Itália na cobrança de penalidades, depois de outro empate sem gols no tempo normal e na prorrogação. Na semifinal, com dois gols do zagueiro Thuram (os dois únicos gols dele em 14 anos vestindo a camisa da seleção francesa), venceria a Croácia por 2 x 1, de virada. Enfim, era finalista, dentro de casa, e a torcida francesa estava enlouquecida.
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A final de ‘Zizou’ Zidane
O fato é que os jogadores brasileiros entraram em campo, naquela final, abalados com o problema de Ronaldo, destaque até então da equipe. No rosto de cada um, pela tevê, antes do apito do árbitro, percebia-se o semblante tenso de todos. Ronaldo parecia fora do ar, o olhar perdidão. Os franceses estavam ligados, era o jogo da vida.
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Logo que a bola rolou, o meia Zidane aplicou um chapéu de pelada em Ronaldo, pelo meio campo. Dava o recado. A tensão aumentou depois de um choque casual, mas muito forte, entre Ronaldo e o goleiro Barthez, numa dividida nas proximidades da meia lua da área francesa, o centroavante caído estatelado no gramado, os companheiros em cima, aflitos.
Já na primeira etapa a França definiria o jogo com dois gols de cabeça de Zidane, coisa raríssima na carreira do craque. O primeiro aos 27 minutos. Geralmente era ele, o meia camisa 10, quem executava a cobrança de escanteios, mas dessa vez, malandramente, ele colou com o baixinho Leonardo no miolo da área brasileira e Petit bateu buscando alguém na primeira trave; achou ele, Zizou, antecipando-se, jogada ensaiada, testando firme, de frente, abrindo o marcador. O Brasil não se achava e a França amassava, dona das ações no meio campo. Aos 46’, noutro escanteio, dessa vez do lado oposto, Djorkaeff alçou e Zidane surgiu pelo meio atropelando Dunga, testando e ferrando, de novo. O Brasil desceu para o intervalo abatido, levando 2 x 0 e um ‘chocolate’ francês.
Os donos da casa tocaram bola na segunda etapa e fecharam o caixão brasileiro já no finalzinho, numa arrancada em contragolpe de Dugarry que passou para Vieira em velocidade, e o passe saiu rápido, na progressão, para Petit que tocou na saída de Taffarel. Explodiu a festa em azul, vermelho e branco no estádio, em Paris, na França inteira.
- A Taça foi entregue pelo ministro Chirac, vibrando, e pelo presidente da FIFA, o brasileiro Havelange, ao capitão Didier Deschamps. Título merecido, o primeiro dos franceses.
Os campeões
- Barthez, Thuram, Leboeuf, Dessailly e Lizarazu; Deschamps, Vieira, Petit e Zidane; Djorkaeff e Dugarry. Mais Karembeu, Guivarc’h, Boghossian, Blanc, Pires, Henry, Trezeguet, Lamas... O treinador, Aimé Jacquet.
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Curiosidades
- O treinador brasileiro Carlos Alberto Parreira, campeão do mundo nos EEUU, foi para a Copa da França à frente da equipe da Arábia Saudita, mas terminou demitido pelo Sheik árabe, dono do time, em plena competição, após a goleada de 4 x 0 aplicada pela França ainda na fase classificatória.
- Além de Parreira, restaram demitidos durante o mundial também o treinador polonês Henryck Kasperczac, da Tunísia, e o sul coreano Bum Keoun Cha.
- O Irã disputou na França sua primeira copa depois da revolução islâmica em 1979. Enfrentou e venceu (2 x 1) os EEUU, inimigos de guerra, adversários políticos. Antes do jogo, os iranianos ofereceram flores brancas aos americanos, em troca de flâmulas do Tio Sam. Depois, os atletas posaram juntos para fotos. A bola une.