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A CAMPEÃ DO MUNDO, FRANÇA, JÁ CLASSIFICADA; ARGENTINA VENCE MÉXICO

ZédeJesusBarrêto comenta que a Argentina está viva na Copa do Catar
ZedeJesusBarrêto , Salvador | 26/11/2022 às 18:18
Mabppé o craque da França fez dois gols
Foto: REP

  Um sábado de bons jogos, gols importantes, muita disputa e definições. A França, campeã do mundo em 2018, na Rússia, com um Mbappé iluminado, é a primeira seleção classificada, garantida já nas oitavas de final. A Argentina, que parecia morta, acordou com um gol estilo Messi (até então apagado), no segundo tempo, e fez 2 x 0 num México brigador mas sem atacantes; os ‘hermanos’ estão muito vivos, classificam-se caso vençam a Polônia na rodada final.  Os Árabes jogaram bem mas não o suficiente para vencer os polacos de Lewandówski e do goleiro Szczensny, um paredão.

 Copa que segue, domingo tem o clássico Alemanha x Espanha e, na segunda, o Brasil encara a Suíça, com Neymar e Danilo fora de combate.

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Argentina vence México e renasce

- Era mesmo um jogo de vida ou morte para os argentinos, o jogo mais importante da carreira de Messi, sem dúvida, despedindo-se de copas do mundo, com o sonho de pelo menos uma conquista de título mundial com a camiseta azul e branca. A primeira Copa depois da morte do ídolo Maradona. Motivação total.

 - Estádio Lusail lotado (capacidade acima de 85 mil pessoas), sábado, 16h. Um clima tenso, de decisão, dentro e fora do estádio. Arbitragem italiana. Uma batalha de pegadas e catimbas.

 - A equipe argentina do técnico Lionel Scaloni escalada com mudanças em cinco posições, em relação ao primeiro jogo, quando perdeu de virada para a Arábia Saudita (2 x1). O treinador mexicano é o argentino Gerardo Martino, 59 anos, desde 2019 no comando do México.

 - Com bola rolando...

   Como era previsível, marcação dura e justa, o campo inteiro, os mexicanos provocam o corpo-a-corpo, os hermanos do sul encaram as divididas, na manha. Jogo de faíscas, mordido, milonguento.  Haja correria. Equilíbrio de ações, poucas penetrações, Messi sumido, nenhum lance de área até os 20 minutos. Uma preocupação geral maior em não deixar o adversário jogar, quebrando a sequência, lá e cá, com faltas seguidas.

   Os mexicanos mais plantados, aplicados coletivamente. Os argentinos apostando no talento individual dos craques (Messi, Di Maria, Le Paul, Lautaro...), muito marcados, pobreza coletiva. Passou dos 30’, nada acontecia. Ao 34’, Messi alçou uma falta lateral, pela direita, Ochoa saiu socando. Aos 40’, Di Maria levantou, Lautaro testou, acossado, fora. Aos 45’, saiu o veterano Guardado, 36 anos, puxando da perna, entrou Gutierrez. Aos 44’, Veja bateu falta frontal, colocada, o goleiro argentino Martinez fez bela ponte e catou. Escaramuças finais e ... nada.  

 Primeiro tempo tenso, muita briga no meio de campo e bola murcha. Mais parecia um joguinho travado de Libertadores.

 Segunda etapa ...  Aos 5’, a primeira boa arrancada de Messi, pelo meio, derrubado na meia lua mexicana. ‘La Pulga’ bateu a falta, mal, pra fora. Os argentinos voltaram mais acesos, atuando mais no território adversário, buscando o gol, Messi e Di Maria se mexendo mais, buscando jogo. Sem muita inspiração. Fernandez no lugar de Rodriguez, mexeu Scaloni. Os mexicanos na moita, ocupando espaços, combatendo, resistindo... sem ameaçar na frente, presos atrás.

- Gol! 1 x 0 Argentina, Messi, aos 20 minutos. Recebeu passe lúcido de Di Maria, livre, na frente da meia lua e arriscou o chute seco, rasteiro, de canhota, no cantinho. Certeiro. Primeira vez que os mexicanos cochilaram na marcação da fera.

 Gol levado, os mexicanos decidem sair de trás, puseram dois atacantes. Na Argentina, saíram Di Maria (?) e Mac Allister, entraram Palácios e Romero. Com o tempo passando, as substituições de lado a lado, o panorama muda, alargam-se os espaços, a marcação afrouxa, quem está perdendo vai pro tudo ou nada. Mas os mexicanos não mostravam poder ofensivo, pouco ameaçaram, quase não chutaram no gol.  

 - Gol ! 2 x 0 Argentina, aos 42 minutos! Enzo Fernandez (21 anos, joga no Benfica), que entrou na segunda etapa, recebeu de um escanteio na esquerda, ajeitou na quina da grande área e bateu de direita, acertando o canto oposto de Ochoa, em belo estilo. Festejadíssimo.

Uma partida com muitas faltas, 34. Um triunfo que pode recobrar a confiança dos hermanos argentinos. Bem vivos, mas dependentes do lampejo de Messi, mostrando um futebol coletivo muito pobre.     

 - Grupo C embolado, só define classificados na rodada final – Polônia lidera com 4 pontos, Argentina e Arábia com 3, México 1.

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Mbappé decidiu  

 Até uns 25 minutos, no Estádio 974, 13h, só deu a campeã França, parecendo um treino de defesa contra ataque, assédio total ao gol dinamarquês. Em tese as duas melhores equipes do grupo D, velha rivalidade europeia.

  O gol francês parecia uma questão de tempo apenas, tal o domínio dos ‘bleus’, Rabiot comandando o meio-campo. Mas o gol não saiu e a Dinamarca criou coragem, foi encorpando, acreditando, tentando equilibrar, apostando numa bola, o contragolpe em velocidade pelos lados, explorando os avanços de Theo Hernandez. Aos 39’, depois de ótima arrancada de Dembelé pela direita, o passe rolado pra trás e Mbappé perdeu, de frente, chutando por cima do travessão. Melhor chance de gol da primeira etapa, desperdiçada pelo craque. A França começou melhor, terminou parelho.

   Aos 11 minutos do segundo tempo Mbappé deu o ar de sua graça, numa arrancada daquelas pela esquerda, deixando uns três marcadores pra trás e batendo forte para defesa do goleiro Schmeichel, que espalmou pra cima. Aos 14’, Griezmman recebeu ótimo lançamento longo, na meia lua, matou no peito, livrou-se da marcação e bateu firme, por cima. Um lance bonito.

- Gol! 1 x 0 França, aos 17’. Mbappé, de cara, depois de ótima tabela pela esquerda com Theo Hernandez. A França voltou mais ativa no segundo tempo, buscando o gol.

 Determinados, os dinamarqueses empataram numa cabeçada de frente e forte do zagueiro Christensen (que atua no Barcelona), após cobrança de escanteio: - 1 x 1. A marcação cochilou, eo becão foi mais rápido, chegou antes na bola. Esquentou o baba.

 O goleiro Lloris salvou o desempate, aos 72’. O jogo ficou aberto, lá e cá, indefinido. Aos 32’, cabeçada perigosa que o goleiro Schmeichel salvou. Dois minutos depois, uma bela bicicleta de Rabiot, cobriu o travessão. Seria golaço. Aos 35’, Braithwaite quase desempatou, a bola tirando casquinha no poste de Lloris.  O jogo ficou emocionante, com muitos lances de área, uma busca incessante pelo gol. Quando o empate parecia certo... ele apareceu e decidiu.    

- Gol! 2 x 1, Mbappé, aos 40 minutos, completando na pequena área inimiga um cruzamento fechado de Griezmman, antecipando-se ao goleirão dinamarquês. Ele,  senso de artilheiro, esperteza, leitura antecipada do lance, velocidade, uma presença de área assombrosa. Mbappé, três gols em dois jogos. Decidindo, iluminado, cresce quando a França mais precisa dele.

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Detalhe: numa partida disputadíssima, apenas 13 faltas cometidas em 105 minutos de bola jogada. Isso é futebol.  Há 22 anos a França não vencia a Dinamarca. França é a primeira equipe classificada para as oitavas de final. É a atual Campeã do Mundo.

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Polacos vencem árabes

 Foi um jogão de bola, disputado, brigado, equilibrado. Os árabes poderiam até ter vencido, lutaram muito, perderam pênalti... E esbarraram no ótimo goleiro polonês, que joga na Juventus de Turim e tem um nome impronunciável, Szczensny, 32 anos, 1m96. O cara fez defesas espetaculares, como o pênalti batido por Salém, aos 43 minutos, forte, no canto, rasteiro: esticou-se e defendeu no rodapé, e no rebote,  quase caído, espalmou o chute a queima-roupa, a escanteio. Na frente, os poloneses contaram com o artilheiro Lewandówski querendo jogo e o atacante Zielinski, que atua no Nápoli. Esses três fizeram a diferença diante de uma Arábia Saudita guerreira e, por que não dizer, surpreendente.

 O jogo foi às 10h, no Education City, a torcida árabe predominando, boa e difícil arbitragem do brasileiro Wilton Pereira Sampaio. Escolas de futebol diferenciadas, a Arábia com um belo verde musgo, a Polônia de branco.

 Logo no começo, uma perigosa finalização árabe e o goleiro polaco salvou, mandando a escanteio. Marcação implacável e dura de lado a lado. Aos 25’, Salleh evitou o gol, numa cabeçada de Bielik, em cima da linha, o goleiro Al Owais já vencido.  O gol polonês saiu aos 39’, depois de Lewandówski recuperar uma bola quase perdida na linha de fundo e rolar para o chute forte, de frente, de Zielinski - 1 x 0.

 Aos 43’, com ajuda do VAR, o árbitro marcou pênalti em favor dos árabes, a arquibancada vibrou, mas o craque do time, Salém, camisa 10, parou no goleiro muralha polonês, com duas defesas impossíveis.

 Os árabes voltaram apertando, sufocando, buscando o gol a todo custo, os polacos tentando quebrar o ritmo, apostando nos contragolpes, o goleiro atrás garantindo tudo. Blitze árabe, chances perdidas e, depois dos 20’, em contragolpes inteligentes, velozes, os polacos acertaram as traves de Al Owais duas vezes. E mataram o jogo aos 36 minutos, quando os árabes pareciam mais inteiros, com mais fôlego por conta do calor, acima de 30 graus.

 Mas, numa saída de bola errada da zaga verde, o camisa 8 vacilou ao tentar atrasar para o goleiro e o artilheiro Lewa não perdoou; roubou a bola e finalizou bem, de cara. Vibrou muito com o primeiro gol dele na Copa. O veterano Lewa se emocionou, chorou feito criança com o tento marcado. A Polônia está bem viva, com quatro pontos, prestes a seguir adiante. Na rodada final da fase classificatória encara a Argentina. Grupo C quente.

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 No jogo das 7h, no Al Janoub, pelo Grupo D, a Austrália venceu a Tunísia, 1 x 0. Foi um jogo duro, tecnicamente fraco, faltou talento ofensivo dos dois lados. O gol foi de Duke, de cabeça, no primeiro tempo; o filho dele, o menino Jackson presente na arquibancada, emocionado e vibrando com o papai artilheiro.

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Os jogos do domingo

- Pelo Grupo E: Japão X Costa Rica, 7h, no Ahmad Bin Ali.

                            Espanha X Alemanha, 16h, no AL Bayt

- Pelo Grupo F: Bélgica X Marrocos, 10h, no Al Thumama

                            Croácia X Canadá, 13h, no Khalifa International.