A série Historiando as Copas é escrita por ZédeJesusBarrêto
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
22/11/2022 às 09:00
Campeões do mundo de 1994
Foto: CBF
Quando um jogador vai com a seleção para uma Copa do Mundo não deve pensar em sua glória pessoal. É preciso ter na cabeça e na alma que há milhões de pessoas sonhando com o título, uma conquista coletiva.
(Armando Nogueira)
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Lembro-me naquele começo de tarde de domingo ensolarado, 17 de julho de 94, caminhando sem entusiasmo pela orla de Fortaleza à procura de um restaurante onde pudesse comer um churrasco, um baião de dois, qualquer coisa. Passava das duas, acabara de deixar o hotel onde estava hospedado e tinha visto com um grupo de colegas de trabalho a final da Copa, decidida com um chute bizarro do astro Roberto Baggio por cima do gol de Taffarel. Assim o Brasil conquistou o quarto título de Campeão do Mundo, o chorado e berrado ‘Tetra’ na terra do Tio Sam, ou seria do Tio Patinhas, do Pato Donald... sei lá.
Nenhum grande festejo pela calçada, uns magotes aqui e ali embandeirados de verde-amarelo, na bebedeira, uma alegria chocha, morna ...
Como chocha e morna foi aquela final Brasil 0 x 0 Itália, as duas tradicionais equipes abrindo mãos de uma história de grandes embates abertos e bem jogados. Naquele dia... foram esquadras cautelosas, cuidando mais de não deixar o adversário jogar, não correr riscos do que buscar o triunfo. O objetivo não era fazer gols, era a precaução de não levar gols, de parte a parte. Prorrogação no zero e a decisão na cobrança de tiros livres da marca do pênalti, uma loteria. Deu Brasil. Ainda bem.
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Na quentura do verão
- Demorou 24 anos até que voltássemos a vencer outra copa, essa no verão sufocante dos EUA, com um futebol pragmático, tático, coletivo, sem muita ousadia. Nos salvaram os lampejos de Bebeto e Romário, a eficiência de Taffarel e um bem montado sistema defensivo. O Brasil e Itália foi chato de ver, as duas equipes acuadas... mas a competição inteira foi pobre de técnica, sem brilho, parcas emoções.
Mas os americanos gostaram, encheram os estádios de modo surpreendente e a audiência total da copa ficou acima dos 31 bilhões de espectadores; a final foi vista por 1/5 da população mundial.
A Copa 94 foi a primeira a ter um site na internet, atualizado todos os dias. Na época já havia 3 milhões de usuários. No Brasil... a internet engatinhava, só pesquisadores, raros antenados abonados e algumas universidades tinham acesso.
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Made in USA
Como sabíamos, os norte-americanos sempre foram mais chegados a competições de beisebol, de basquete e do tal futebol americano, aquele da bola oval com dois bicos e jogado às trombadas e correria, bola no sovaco.
Chamam o nosso futebol de ‘soccer’ e só foram despertar para ele na década de 70, quando Pelé, já aposentado, decidiu ir jogar ou ‘vender o peixe’ no Cosmos de NY, entre 75/77. Aconteceu um surto, por conta do carisma do Rei, que atraiu e levou pra lá Beckenbauer e outros grandes astros internacionais já em fim de carreira.
Só depois da Copa 94 é que o futebol (o soccer) pegou nos colégios/faculdades, mais forte entre as mulheres. A seleção feminina dos EUU é top. Com investimentos em clubes, campeonatos, ligas, e a importação de atletas e treinadores, o interesse pelo futebol de bola redonda cresceu. A seleção dos EUA já aparece nos torneios internacionais com mostras de competitividade, marcando espaço. Os americanos vão estar presentes no Catar 2022, integram o Grupo B, ao lado da Inglaterra, País de Gales e Irã.
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Os poderosos EEUU ...
A FIFA decidiu fazer a Copa nos EUA com dois propósitos: ganhar dinheiro com o evento na maior potência econômica do planeta e investir, tentar por o futebol na prateleira, como um produto esportivo lucrativo no extraordinário mercado norte-americano.
Detalhe: numa pesquisa feita três meses antes de começar a competição constatou-se que mais de 60% da população nem sabia o que era uma Copa do Mundo de futebol e não mostravam nenhum interesse no assunto. Mas a FIFA apostou e a Copa surpreendeu em termos de custo x benefício, business ... $$ - 3,6 milhões de ingressos vendidos.
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- Os EEUU são o terceiro maior país do mundo em extensão, 9,8 milhões de quilômetros quadrados (o Brasil é o quinto). Maior potência econômica do planeta, com um PIB à época da copa três vezes maior que o segundo colocado, o Japão (hoje é a China, outra realidade vivemos).
O país possui ou é integrado por 50 estados (o número das estrelas na bandeira), 48 na América do Norte e mais o Alaska, no Ártico e o Havaí, no Pacífico. As treze faixas vermelhas em sua bandeira (com as cores azul, vermelha e branca) homenageiam as 13 colônias do tempo da Independência, em 1776.
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- Um cachorrinho uniformizado com as cores da bandeira americana e o nome de Striker (goleador) foi o oitavo mascote da copas. Uma criação dos estúdios Warner Brothers
-- O cartaz ou poster da Copa foi arte do artista pop Peter Max, conhecido desde o movimento psicodélico dos anos 60. Seus desenhos teriam inspirado os desenhos do filme animado Submarino Amarelo, dos Beatles, em 68,
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Os nove estádios onde aconteceram os jogos:
- Rose Bowl, o maior, com capacidade para 94 mil pessoas, em Passadena, Califórnia; Stanford Stadium, 84 mil, em San Francisco, Califórnia; Pontiac Silverdome, em Detroit, Michigan; Giants Stadium em Nova Jersey; Citrus Bowl em Orlando, Flórida; Cotton Bowl, em Dallas, Texas; Soldier Field em Chicago, Illinois; Foxboro em Boston, Massachusetts e o RFK Memorial Stadium em Washiungton, no Distrito Federal, a capital, com capacidade para 55 mil, o menor.
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- O jogo de abertura da Copa, Estados Unidos 1 x 1 Suíça, dois gols em cobranças de falta, foi o primeiro da história das copas a ser disputado num estádio inteiramente coberto, o Pontiac Silverdome, em Detroit, Michigan.
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O Brasil de virote
Itamar Franco, o vice eleito com Collor (o ‘impichado’), ocupava a cadeira de presidente, em Brasília naqueles meados de 94. O professor, escritor e sociólogo Fernando Henrique Cardoso, à frente de uma equipe de economistas renomados, implantava o Plano Real, feito que o levou à presidência da República, eleito no segundo semestre de 94, pelo PSDB.
Em janeiro, o salário mínimo era de 32.882 cruzeiros; em dezembro, 70 Reais. O dólar cotado no fim do ano a 85 centavos de Real. O Plano Real foi um marco diferenciado na economia do país. Mudanças e novos horizontes.
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A morte de Senna
Os tambores do Olodum ecoavam mundo afora, Zezé de Camargo & Luciano faziam sucesso pelo país imenso, mas...
No dia 1º de maio perdemos um ídolo, tragicamente. O piloto Ayrton Senna, unanimidade no mundo do esporte, arrebentou-se aos 34 anos, nos muros de uma curva em Tamburello, no GP de San Marino, o terceiro daquela temporada de Fórmula Um. O carro de Senna, um Williams Renault, partiu a barra de direção, a 270 km/h, na segunda volta do circuito. Tudo visto ao vivo e em cores pela TV, o Brasil e o mundo em comoção. O cortejo fúnebre teria sido acompanhado por mais 250 mil pessoas, no dia 5 de maio, em São Paulo. Às vésperas da Copa.
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Sob o comando do carioca Carlos Alberto Parreira, um estudioso do futebol desde a fundamental experiência na Comissão Técnica vitoriosa em 1970, adepto de um futebol mais tático e coletivo do que virtuoso, fizemos uma copa de muita aplicação, marcação, competitividade, sorte e alguns rasgos individuais, sobretudo dos lépidos e inteligentes avantes Bebeto e Romário – com eles atuando juntos a seleção nunca perdeu.
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Romário dava as cartas
Nossa estreia aconteceu num domingo, 19 de junho, no Stanford Stadium, em San Francisco, às 13h, um calor dos infernos. Vencemos a Rússia (já não mais a URSS) pelo placar de 2 x 0, com gols de Romário, aos 27 minutos, e Raí, de pênalti no começo do segundo tempo. O ‘Baixinho’ tinhoso, de 1m67, mostrava suas credenciais: escorou um escanteio cobrado por Bebeto antecipando-se ao marcador grandalhão de 1m83; e depois, entrou driblando pelo meio da zaga russa e foi derrubado. Romário era uma cascavel dentro da área inimiga.
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No dia de São João, 24, sob 35 graus de sol alto, passamos sem grandes dificuldades por Camarões, 3 x 0, no mesmo estádio. Romário abriu o placar aos 39’, após um belo e preciso passe em profundidade de Dunga; o Baixinho ganhou da zaga na velocidade e deu um totó por baixo do goleiro. Aos 20’ do segundo tempo, o zagueiro Márcio Santos, livre, de frente, testou um cruzamento de Raí, da direita, ampliando. Bebeto fechou o placar aos 27’, completando na pequena área, meio sem ângulo, outra boa jogada de Romário.
- A curiosidade desse jogo foi a presença do atacante camaronês Roger Milla em campo, aos 42 anos de idade, um mito, uma lenda, aplaudidíssimo.
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Já classificados para a fase seguinte da competição, cumprimos tabela empatando com a Suécia, 1 x 1, com um gol de biquinho de chuteira de Romário, empatado logo no início do segundo tempo. O sueco Anderson tinha aberto o marcador aos 34’ do primeiro tempo, num belo gol por cobertura. Esse jogo foi no estádio Pontiac Silverdome, em Detroit, na tarde do dia 28.
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“I love you”
Pelas oitavas de final o Brasil fez um jogo dramático contra os Estados Unidos, os donos da casa, numa segunda-feira à tarde, dia 4 de julho, data histórica da Independência dos norte-americanos, um clima quente (o calor e a disputa em campo), 84 mil presentes nas arquibancadas do Stanford Stadium, San Francisco, o patriotismo ianque à flor da pele.
Mais dramático e difícil ficou ainda o jogo após os 43 minutos, quando o lateral brasileiro Leonardo, um dos destaques até então da equipe, foi expulso: numa disputa de bola pela esquerda, quase em cima da linha lateral, Leonardo ganhou a dividida, quis arrancar, foi agarrado pelo marcador Tab Ramos, tentou se desvencilhar e largou o braço pra trás, o cotovelo acertando a têmpora do atleta americano que caiu desmaiado. Leonardo foi expulso, o Brasil disputaria o resto da partida com um atleta e menos e os americanos foram pra cima, na pressão, acreditando, a plateia empurrando.
Mas nos fechamos bem, brigamos muito na segunda etapa e tínhamos Romário & Bebeto na frente. A dupla decidiu. Por volta dos 28 minutos, Romário arrancou desde o meio campo com a bola nos pés em direção da área inimiga, levou a marcação e tocou no chão, na conta para Bebeto que acompanhava a jogada penetrando pela direita, o baiano deu um tapa rasteirinho, no canto, no contrapé do bom goleiro Meola. Na comemoração, aos abraços com o parceiro Romário rolou até um “eu te amo!”, declaração de amor do baiano. O Brasil estava nas quartas de final.
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O melhor jogo da Copa
Em Dallas, começo de tarde de sábado, 9 de julho, 63.500 pessoas nas arquibancadas do estádio Cotton Bowl, o Brasil passou pela Holanda (3 x 2), numa partida de muitas emoções, sobretudo no segundo tempo, quando os cinco gols aconteceram, a plateia em êxtase.
Romário, em grande estilo, fez o primeiro, logo aos 7 minutos. Uma bola esticada de Aldair para a projeção de Bebeto, aberto pela esquerda; o baiano avançou e cruzou rasante, na medida, para a chegada de Romário em velocidade pelo meio; o baixinho pegou de primeira, no ar, de pé trocado, uma pintura. Aos 17’, Branco rebateu uma bola de cabeça, pra frente, Romário em posição de impedimento deixou passar, a zaga holandesa cochilou e Bebeto rápido chegou antes, driblou o goleiro e ampliou: 2 x 0.
Em dois cochilos da zaga brasileira, os holandeses empataram com gols de Bergkamp, aos 19’, com estilo, encobrindo Taffarel; e aos 31’, na cabeçada de Winter escorando um escanteio. Ficou dramático.
Quem decidiu foi o lateral Branco, que substituíra Leonardo (expulso contra os EEUU).
Na manha, ele arrancou da defesa, livrou-se no braço de dois marcadores e cavou a falta nas proximidades da área adversária. O goleiro fez uma barreira com seis jogadores a uns dois, três passos da linha da grande área, Branco despejou uma bomba de canhota, cheia de curva, pelo lado da barreira, a bola tirou lasquinha nas costas de Romário e ainda trincou no poste do goleiro De Goey, antes de dormir nas redes. Que golaço! Ufa!
O Brasil nas semifinais.
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De novo pela frente, por caprichos da tabela, a Suécia. Estádio Rose Bowl, em Pasadena, tarde de quarta-feira, 13 de julho, mais 91 mil pessoas lotavam as arquibancadas. A seleção brasileira chamava, atraia público. Joguinho duro, difícil, travado, os suecos trancados, até que ... Romário decidiu, de novo, já aos 35 minutos do segundo tempo, e de cabeça, entre nove gigantes marcadores suecos, testando na pequena área um ótimo cruzamento de Jorginho, da direita.
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Faríamos a final e contra a Itália, mais uma vez. Os dois já com três títulos mundiais conquistados, muita rivalidade, muita história e respeito.
Os italianos tinham um bom time – Baresi, Maldini, Donadoni, Baggio, Massaro ... E faziam boa campanha, ganharam da Espanha, da Bulgária, com o atacante Baggio se destacando, fazendo gols, decidindo.
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Sem gols, sem brilho
A despeito de todas as expectativas, o Rose Bowl de Pasadena com 95 mil pessoas, meio dia quente de domingo, 17 de julho, foram 120 longos minutos de um joguinho chato, medroso, defensivo, sem gols – e pela primeira vez o título foi decidido na cobrança de tiros livres da marca do pênalti. Branco diria depois: ”Sabíamos que não podíamos levar gol da Itália, seria difícil reverter”.
Na cobrança dos tiros livres, decisivos, os três melhores italianos em campo desperdiçaram: Baresi, Massaro e Baggio.
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Restaram a imagem desolada do astro Roberto Baggio ao executar mal, para o alto, sua cobrança, dando o título ao Brasil, e os gritos descontrolados do Galvão Bueno na Globo: “Acabou! É Tetra, é tetra , é tetra!” ... abraçado com Pelé, eufóricos, e os atletas e comissão técnica do Brasil dando cabriolas, feito crianças, festejando no gramado.
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No jogo em si, o Brasil atacou mais, chutou mais em gol, Romário bem marcado por Baresi, desperdiçou duas chances que não costumava perder, Mauro Silva acertou a trave e o goleiro italiano Pagliucca na sequência a beijou, agradecido.
Enfim, louvemos a defensiva brasileira, sem falhas, toda aplicação da equipe, brigando pelo título, até que bem merecemos.
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Curiosidades
- Romário foi eleito o craque da copa. Os italianos queriam Baggio.
- Os artilheiros, com 6 gols marcados, foram Salenko da Rússia e Stoitchkov da Bulgária. Salenko marcou 5 gols na goleada 6 x 1 sobre Camarões; quando Roger Milla fez o gol, aos 42 anos, o jogador mais idoso a fazer gol numa copa.
- O único gol contra foi do zagueiro colombiano Escobar. A Colômbia, tida como favorita até por Pelé, foi eliminada ainda na fase de classificação, quando levou 2 x 1 dos EEUU.
Por conta desse infortúnio, o ótimo zagueiro Escobar foi assassinado numa briga de bar, em Medellin, na Colômbia. O torcedor, soube-se depois, teria apostado e perdido muito dinheiro com o resultado do jogo.
- Outra cena inusitada da copa foi Maradona, já com problemas extra-campo, tinha emagrecido 12 k para ir aos EEUU, saindo de campo, no jogo Argentina 2 x 1 Nigéria (de virada, dois gols de Caniggia), de mãos dadas com uma enfermeira responsável pelo exame antidoping. O craque foi flagrado com o uso de efedrina, tido como dopping, e estava fora da competição. Melancólico.
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Os jogadores do Tetra, comandados pelo treinador Parreira, que tinha então Zagalo como supervisor.
- Taffarel, Zetti e Gilmar (goleiros); Jorginho, Cafu, Branco e Leonardo (laterais); Aldair, Marco Santos, Ricardo Rocha e Ronaldão (zagueiros); Dunga, Mauro Silva, Mazinho, Raí e Zinho (meio-campistas); Romário, Bebeto, Viola, Müller, Paulo Sérgio e Ronaldo (ainda garoto, depois o Fenômeno).
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Zagallo assumiria a seleção logo depois, aos 63 anos, 20 anos depois da Copa de 74, com a ida de Parreira pra Europa.