Hoje ideologizadas, nossas escolas e universidades abandonaram esporte
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
23/07/2021 às 20:11
O exemplo que vem de Tóquio
Foto: El País
A abertura dos Jogos Olímpicos de Tóquio 2020/21, na nossa manhã dessa sexta, foi uma lição da milenar sabedoria japonesa nesses instantes de pandemia e cuidados. Um espetáculo de rara beleza, criatividade e simplicidade. E uma mensagem de esperança no amanhã, apesar de tudo que estamos vivendo agora.
Tudo dito com luzes, cores, sons, formas, movimentos, coreografias, um show de edição e tecnologia, minimalismos. O velho e o novo. A tradição e o futuro. O artesanato e os drones. A madeira e a computação gráfica. Tambores primitivos e “Imagine” dos Beatles, fogo na pira e o Bolero de Ravel. Idosos e jovens, força física, jovens saudáveis e a lembrança das vítimas do Covid, o minuto de silêncio...
Emoção, lágrimas, sobriedade, o estádio vazio, poucas autoridades, um número reduzido de atletas, máscaras, distanciamento... mas a mensagem de força, do fazer humano, da luta pela vida, da arte e do esporte como forma de superação e de transformação humana.
Solidariedade, Igualdade, mistura, respeito. O símbolo disso foi a escolha da atleta (tenista) Naomi Osaka, uma belíssima filha de japoneses e haitianos, com seus dreads, para acender o fogo da pira Olímpica, momento maior da cerimônia.
Que venham os jogos, esporte é vida, sigamos !
Obrigado, Japão!
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- No desfile das delegações dos países participantes dos jogos, a Grécia (mãe dos jogos, na antiguidade) abriu e o Japão, donos da casa, foram os últimos a desfilar. O Brasil, com apenas quatro atletas/porta bandeiras, foi o penúltimo, obedecendo a ordem alfabética, em japonês.
- O Brasil mandou a Tóquio 312 atletas. Quase 30% deles pertencem às Forças Armadas Brasileiras. Inclusive duas baianas: a nadadora de maratona Ana Marcela, que é da Marinha, e a lutadora de box Beatriz Ferreira. Como os outros, militares, as baianas integram o Programa Atletas de Alto Rendimento, do Ministério da Defesa, criado em 2008.
Infelizmente, hoje ideologizadas, nossas escolas e universidades abandonaram investimentos no esporte como fator e mecanismo de educação e transformação.
- Nos jogos olímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, o Brasil ganhou 19 medalhas; sete de ouro, seis de prata e seis de bronze.
- Os jogos do Japão têm encerramento previsto para o dia 8 de agosto.
- Neste sábado, às 8h (Brasília) a nossa seleção feminina de Futebol enfrenta a forte equipe da Holanda, vice-campeã mundial.