Bahia derrotou Fortaleza nos pênaltis; e o Vitória perdeu para o Ceará
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
25/04/2021 às 00:05
Bahia derrotou o Fortaleza nos pênaltis
Foto: Leonardo Moreira FEC
Ceará x Bahia, um dos maiores clássicos do Nordeste, será a final do Nordestão 2021. Serão dois jogos, o primeiro em Salvador e o jogo de entrega da taça em Fortaleza. Em disputa o troféu cobiçado e a hegemonia do futebol na região, nos últimos anos em mãos cearenses. De fato, nesse momento, Bahia e Ceará são as duas melhores equipes nordestinas. A final será um tira-teima.
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O Bahia chega à final ao derrotar o Fortaleza, nos pênaltis, depois de um empate sem gols nos 90 minutos. O Tricolor baiano foi melhor em campo no tempo normal, criou (e desperdiçou) as melhores chances de gol e não passou sufoco, teve o controle das ações todo tempo. Nas penalidades, brilhou o goleiro Matheus Teixeira, que entrou de última hora como titular no lugar de Douglas (com suspeita de Covid), fez um jogo tranquilo e pegou duas cobranças de penalidades, dando a classificação ao Tricolor baiano.
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- O Vitória, à tarde, até que lutou, tentou, brigou mas criou pouco e caiu diante de uma equipe mais madura, rodada, entrosada e cascuda, o Vozão Ceará (2 x 0). O time comandado por Guto Ferreira luta pelo Tri da competição, está na final, é favorito para conquistar o título, de novo, e, se assim for, se consolidar como o melhor time do Nordeste. Ao Vitória, agora, cabe focar tudo no Campeonato Baiano.
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Duelo de Tricolores
À noite, no gramado do Castelão, já bem mais mastigado e soltando tufos depois da outra partida vespertina. O Fortaleza, Leão do Pici, com melhor campanha na competição contra o Bahia, o Esquadrão, de melhor ataque. Os cearenses de branco e os baianos de padrão tricolorido (camisas listradas e calções azuis).
Com bola rolando...
Rivalidade à flor da pele. O jogo começou pegado, no corpo a corpo e com muitas faltas de lado a lado. Aos 6’, Wellington Paulista tentou, do meio campo, encobrir o goleiro baiano e a bola passou perto, assustou. Aos 7 minutos, o primeiro tititi, com Carlinhos atingindo Nino Paraiba com o cotovelo numa disputa aérea. O árbitro contornou mas deu cartão amarelo para o lateral cearense. Velocidade e tensão.
O Bahia lento na saída de bola, explorando os laterais, e o Fortaleza marcando alto, forçando o erro. Disputas táticas. Sem predominâncias. As defensivas prevalecendo.
A melhor jogada do Bahia foi aos 41 minutos, após cruzamento de Matheus Bahia, da esquerda, Rossi pegou de frente e balançou o travessão de Felipe Alves. Aos 44’, após boa trama coletiva no ataque baiano, a bola foi alçada da esquerda, o goleiro Felipe rebateu nos pés de Rossi, que pegou mal na bola, por cima. Aos 46’, Rodriguinho cobrou escanteio e Luis Otávio subiu mais que todo mundo e testou; passou perto.
Assim, o Bahia terminou a primeira etapa melhor, jogando na área inimiga, pressionando, criando chances, mas o gol não saiu.
O Leão do Pici voltou aceso dos vestiários, tentando empurrar o Bahia pra trás, abafando, marcando em cima, pondo correria. Mas o Bahia não recuou. Aos 7’, Thaciano tentou, errou o alvo. Aos 12’, Rodriguinho achou Thaciano livre na meia lua, o chute saiu rasteiro, pra fora. Aos 13’, Nino tentou de canhota, nas mãos do goleiro. O Tricolor baiano continuava evoluindo melhor, trocando passes, chegando.
Aos 22’, o Fortaleza arriscou numa falta de fora, passou perto. Aos 25’, depois de bom cruzamento de Nino, pela direita, Rossi pegou a sobra, encheu o pé e errou o alvo, de novo.
Os treinadores tentam de tudo, com substituições de lado a lado por volta dos 30’, as pernas já pesadas. Bom lembrar que o Bahia jogou no Uruguai, no meio da semana, e viajou cortando o país de sul ao alto nordeste. O Fortaleza descansou e treinou em casa. E mais o gramado pesado, que exige muito dos atletas. Dado pôs então um Bahia então mais fechado no meio campo. Mas com pouco opção na frente, Gilberto sumido, fugindo da área, e Rodriguinho já sem pernas. E o Leão do Pici pouco ou nada ameaçou. No jogo, o Bahia foi melhor, esteve mais perto do triunfo, mas ... deu empate.
Sem gols no tempo normal ... a decisão foi para a cobrança de tiros livres da marca do pênalti.
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E nos pênaltis brilhou o garoto Matheus Teixeira, goleiro, estreante como titular, que pegou duas cobranças. Gilberto, Galdezani, Rodriguinho e Conti fizeram.
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Destaques
Muito bem a zaga Conti e Luis Otávio. Nino melhor que Matheus. Thaciano (escolhido o melhor em campo pelos patrocinadores da competição) e Rodriguinho. Rossi perdeu boas chances, Gilberto omisso, mas bateu bem sua penalidade. O goleiro Matheus, na fria, passou confiança durante o jogo e terminou virando herói na cobrança das penalidades, pegou duas, ambas no canto, uma no direito outra no esquerdo.
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Escalações
- Fortaleza: Felipe Alves, Tinga, Quintero, Benevenuto e Carlinhos; Ederson, Jussa, Gustavo Blanco (Vargas); Robson (Bruno Melo), Wellington Paulista (Romarinho) e David. Treinador, Ênderson Moreira.
- Bahia: Mateus Teixeira (Douglas vetado com suspeita de Covid), Nino, Conti, Luis Otávio e Matheus Bahia (Capixaba); Patrick (Jonas), Thaciano (Lucas Araújo), Daniel (Galdezani) e Rodriguinho; Rossi (Ruiz) e Gilberto. Treinador, Dado Cavalcanti.
Arbitragem alagoana, com VAR; no apito, Dênis da Silva Ribeiro (boa).
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Na terça-feira o Bahia volta a campo, o calendário não dá refresco. Faz sua segunda partida pela Sul-americana, dessa vez em casa, em Pituaçu, contra a desconhecida equipe boliviana do Guabirá, que foi goleada na estreia pelo Independientes da Argentina. O Tricolor tem a obrigação de vencer, e bem, se estiver almejando alguma coisa nessa competição internacional.
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O Vozão comeu o Leão
Tarde de sábado nublada mas sem chuvas na capital cearense, a bela Arena Castelão com arquibancadas vazias, um gramado pesado, fofo, mas bem razoável, a despeito de tanto uso.
Com bola rolando, o Ceará entrou em campo como mandante e favorito, atual campeão do Nordeste, invicto na competição (22 jogos sem perder no Nordestão), voando e com um retrospecto de implacável, impiedoso sobre as equipes baianas nos últimos anos. O Leão apostava na sua juventude, fogosa e valente. Valia vaga na semifinal da competição.
O Vitória até começou melhor, à vontade, ofensivo, marcando em cima, forte. Aos 5 min, a primeira chance do Rubro-negro: David recebeu nas costas da zaga, entrou veloz de cara, mas o goleiro Richard saiu bem e salvou. Aos 8’, a resposta do Vozão: Lima bateu com estilo, de primeira, após cruzamento da esquerda, mas a bola desviou na zaga baiana, foi a escanteio.
O Vitória era melhor, mas aos 17 min, num contragolpe, a defesa baiana aberta, a bola bateu na trave de Ronaldo e Vina, livre na pequena área, testou para as redes. Estaria impedido? Cadê o VAR ?
- Gol ! 1 x 0 Ceará, Vinícius, escorando de cabeça a sobra de uma bola no travessão, mal resolvida por Raul Prata, num chute para trás (por isso a boa condição de Vina e o gol validado pela arbitragem de vídeo).
O Leão sentiu o gol, arrefeceu o ímpeto. O Vozão então começou a ditar ritmo, cadenciando mais, impondo-se em casa, trocando passes, valorizando a posse de bola. O relógio andando e o jogo ficando mais pegado, com faltas e catimba de lado a lado. Daí...
- Gol ! 2 x 0 Ceará, Messias, aos 40 minutos. O becão escorou de cabeça, livre na frente da pequena área, uma falta bem ensaiada, em lançamento perfeito de Vini, da intermediária.
E o Vozão terminou absoluto o primeiro tempo. O Leão jogou bem, encarou até levar o gol. Daí, perdeu-se em campo, nada mais construiu. Na manha, bem treinado, o Ceará foi pro vestiário com boa vantagem. Quando chegou, fez.
No intervalo, Tanajura trocou Vico por Weslei e posicionou o time mais avançado, os laterais subindo, pois precisava tirar a diferença no placar. O Leão voltou rosnando, pressionando, em cima. David e Eduardo deram algum trabalho ao goleirão Richard. O Ceará na dele, sem pressa, suportando bem atrás, cozinhando o adversário em banho-maria. A equipe baiana tinha mais volume, fazia pressão, mas não conseguia penetrar, finalizar.
Substituições, sangue novo lá e cá... 30 minutos, nada acontecia, sem arremates. Aos 38’, Eduardo bateu uma falta escantilhada da esquerda, fechada, e quase surpreendeu o goleiro Richard, que evitou o gol de soco.
No finalzinho, após enrosco com um atacante baiano, na linha de sua grande área, o lateral Gabriel Dias, na queda, bateu com o pé no rosto do adversário (pareceu sem querer) e foi expulso. O lance rendeu reclamações, o árbitro consultou o VAR, foi ver as imagens e decidiu expulsar o lateral cearense e marcar falta do atacante rubro-negro que puxou pelo braço o defensor do Vozão. A turma do Vitória queria pênalti, os cearenses ficaram revoltados com a expulsão de seu lateral.
Nada decidiria, enfim, jogo acabado, deu Ceará, outra vez.
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Escalações
- Ceará: Richard, Gabriel Dias, Messias, Luis Otávio (Clauss) e Bruno Pacheco; Naresi, Charles (Sobral), Vina (Jael) e Lima; Vizeu (Marlon) e Mendoza (Saulo). Treinador, Guto Ferreira, o ‘Gordiola’.
- Vitória: Ronaldo, Raul Prata, Wallace, João Victor e Pedrinho; Cedric (Eduardo), João Pedro e Soares; Vico (Weslei), Samuel (Caíque) e David (Catatau). Treinador, Rodrigo Chagas (Flávio Tanajura no banco).
Arbitragem do Rio Grande do Norte, potiguar, com VAR; no apito, Zandick Gondim Alves (bem enrolado, mas sem grandes problemas, enfim).
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Copa do Brasil
Já temos os confrontos da terceira fase da competição, ainda sem datas definidas (mês de junho). Serão jogos lá e cá, com decisão em cobranças de penalidades caso dê empate no tempo normal de jogo.
O Bahia encara o Vila Nova de Goiás, primeiro jogo em Goiânia.
O Vitória pega o Internacional de Porto Alegre, primeiro jogo no Barradão.
O Juazeirense enfrenta o Cruzeiro de Minas Gerais, primeiro jogo em BH.
Quem vencer avança para as oitavas de final e então abiscoita mais 2,7 milhões.
Ceará x Fortaleza será um duelo de morte entre cearenses.