Esporte

BAHIA EMPATOU COM SÃO PAULO 0x0 e cai para 8º, ZÉDEJESUSBARRÊTO

Jogo duro no duelo de tricolores
ZédeJesusBarrêto , daSalvador | 09/10/2019 às 23:39
Duelo de tricolores sem gols
Foto: ECB

  Mesmo no infame horário de 21h30, péssimo para o torcedor de arquibancada, 32 mil pessoas foram à Fonte Nova ver o empate no duelo de tricolores: Bahia 0 x 0 São Paulo, num jogo equilibrado, ofensivo mas com poucas chances claras de gol criadas de lado a lado. O São Paulo teve mais a bola no primeiro tempo, mas o Bahia chutou mais; as ações na segunda etapa aconteceram mais no campo defensivo paulista. Mas o gol ansiado pela torcida não saiu.

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  Com o resultado, o Bahia caiu uma casinha na tabela de classificação, agora em 8º lugar com 38 pontos conquistados, atrás de Grêmio e Internacional, ambos os gaúchos também com 38 pontos.    

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Com a bola rolando ...

 - Com um time renovado, experiente e veloz, o São Paulo começou na frente, tentando surpreender e por muito pouco não abriu o placar antes dos dois minutos, ensaiando um bombardeio. E valorizando muito a posse, o toque de bola. O Tricolor baiano tentando roubar a bola na frente.  Jogo rápido, brigado e com alternâncias ofensivas.

  - Aos  8’, num contragolpe bem puxado por Élber, Fernandão teve a chance do chute, na área, mas enrolou-se com a bola; Ronaldo pegou a sobra mas jogou longe. Aos 11’, lançado em profundidade, Nino escorou meio caído, fechando na direita, mas a bola saiu mascada, nas mãos do goleiro Volpi.

 - Depois de um começo estonteante, aos poucos a partida foi ficando mais cadenciada, as equipes mais cautelosas. Equilíbrio e bola trabalhada no chão, as defensivas predominando.

  - Por volta dos 40 minutos, dois desfalques por lesão muscular/coxa: Pablo saiu e entrou Igor, no tricolor paulista; na sequência, no time da casa, Geovani no lugar de Moisés. O final já foi truncado, faltas, muito estudado, poucas escaramuças de área e a  moçada já querendo a merenda do intervalo.  

  Empate justo pelo que fizeram e criaram em campo as duas equipes na primeira fase.

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  - No vestiário Roger teve de trocar Élber (sentiu uma indisposição) por Arthur Caíke, outro estilo de jogo. O time perdeu em velocidade e marcação pelo lado esquerdo, onde já estava Geovani no lugar de Moisés. Aos 3’, o experiente lateral espanhol Juanfran, também machucado, deu lugar a Igor Vinícius.

   -  Os paulistas chegaram primeiro; Pato, aos 7 minutos, pegou um tiro cruzado, rasteiro, exigindo boa defesa de Douglas.  Dois minutos depois, novamente Douglas teve de intervir numa bola de fundo, pelo lado direito defensivo. O Bahia respondeu aos 11’, na bola cruzada por Artur, da direita; Caíke antecipou-se ao zagueiro e testou forte, defesa segura de Volpi.

  -  Aos 15’, Rogério entrou no lugar de Ronaldo, uma modificação ofensiva, buscando recompor a velocidade de contragolpe pela esquerda.  Aos 21’, após uma falta alçada na área paulista e mal rebatida, Flávio pegou o rebote mas a bola foi nas mãos de Volpi.

 - Mesmo sem a pegada e a intensidade da primeira etapa, o jogo seguiu equilibrado e estratégico. Aos 26, o garoto Vitor Bueno substituiu Liziero, com cãibras. Todas as substituições possíveis feitas, de ambos os lados. A arbitragem começou a travar muito o ritmo da partida, conversando demais, deixando-se envolver na pressão dos atletas  mais rodados, haja falta então!

  - O relógio andando e o Bahia parecia mais inteiro, querendo mais, atuando mais no campo adversário. Os visitantes mais encolhidos, fechados, como se já satisfeitos com o empate. O Bahia foi melhor na segunda etapa; forçou, tentou mas não conseguiu penetrar, finalizar...

  E deu empate. Justo. Parte da torcida não gostou, alguns aplaudiram.

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 Destaques

 Douglas sempre seguro; a disposição de Flávio todo tempo; o primeiro tempo de Élber. Fernandão lutou, teve poucas oportunidades de finalizar, cansou.

 No São Paulo, a boa postura defensiva, o lateral Reinaldo, a técnica de Pato...

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 Ficha Técnica

- Bahia : Douglas, Nino, Lucas Fonseca, Juninho e Moisés (Geovani); Gregore, Flávio e Ronaldo (Rogério); Artur, Fernandão e Élber (Arthur Caíke). Treinador, Roger Machado.

 - São Paulo : Tiago Volpi, Juanfran, Bruno Alves, Ânderson Martins e Reinaldo;  Tchê-Tchê, Liziero, Luan e Hernanes;  Pablo (Igor Gomes) e Pato.   Treinador, Fernando Diniz.

  Arbitragem de Santa Catarina, com VAR; no apito, Bráulio da Silva Machado.  

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  Pela rodada 25 o Bahia enfrenta o Fluminense (RJ) no Maracanã. Sábado, 19h30.

  Artur, punido com cartões amarelos, está fora dessa, não vai ao Rio. Moisés e Élber saíram machucados. Equipe pode sofrer com desfalques a partir de agora.

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  Outros jogos da 24ª rodada:

- Botafogo 3 x 1 Goiás; CSA 1 x 0 Internacional; Fortaleza 2 x 0 Chapecoense;

   Grêmio 2 x 1 Ceará;  às 21h30: Cruzeiro 0 x 0 Fluminense; Santos 2 x 0 Palmeiras.

    O Flamengo, líder, joga na quinta, contra o Atlético Mineiro. Tem ainda na quinta:

    -Corínthiians x Athlético (PR) e Avaí x Vasco.

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  Brasil x Nigéria em Cingapura   

  Nesta quinta, pelas nove da manhã, tem amistoso da Seleção Brasileira, em Cingapura, capital do país com o mesmo nome. Sabe onde fica?  Do lado de lá do planeta, parte de uma das incontáveis ilhas da região da Malásia, Oceano Pacífico, bem pra cima da Austrália.

  Tudo por dinheiro e jogadas FIFA/CBF. Um estrago físico para os atletas e nenhum ganho técnico.

  O adversário é a Nigéria (África).  Neymar joga, fará sua centésima partida com a camisa da seleção. Vamos ver o que o conservador Tite pode nos apresentar de novo. É hora de renovação, urgente, de pôr caras novas na equipe, ousar, arriscar, dar chances a atletas que estão despontando, ver como eles se desempenham com a camisa amarela, que tem peso.