O Vitória, ainda assim, mantém a liderança do campeonato com o Bahia de Feira
ZedeJesusBarreto , Salvador |
27/02/2019 às 23:55
Jacuipense 1x0 Bahia
Foto: Felipe Oliveira
A cidade já vive o clima de carnaval, com blocos e batucadas nas ruas, mas os ‘profissionais’ do futebol ignoram os fatos e o calendário de jogos segue, mesmo com as arquibancadas às moscas, o prejuízo financeiro, a estafa dos atletas, os jogos ruins tecnicamente...
Daí, na noite de quarta-feira, pela 7ª rodada do Baianão, o Barradão às moscas, o Leão rubro-negro perdeu a invencibilidade (mas não a liderança porque o rival Bahia também perdeu) levando uma virada (1 x 2 ) para o Atlético, o Carcará de Alagoinhas, que deitou e rolou em campo na segunda etapa; poderia ter vencido com um placar mais elástico. Vaias para o treinador, os atletas e a diretoria.
Em Riachão de Jacuipe, um pouco mais tarde, um Bahia irreconhecível em campo apanhou de 1 x 0 do Jacuipense, criando já um clima hostil do torcedor com o treinador da equipe, bastante criticado pelos recentes resultados.
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Com os resultados, o topo da tabela de classificação do Baianão ficou assim:
O Vitória lidera com 12 pontos; 12 pontos tem também o Bahia de Feira, em segundo porque tem menos gols que o rubro-negro; O Bahia é terceiro, com 11 pontos e o Vitória da Conquista em quarto, com 10.
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Um Tricolor horrível
- Jacuipense 1 x 0 Bahia, em Riachão do Jacuípe, estádio Eliel Martins.
Começou corrido. La e cá. O Tricolor cercando, cercando... e nada. Aos 23’, Danilo chutou de fora, exigindo a primeira boa defesa do goleiro Anderson, do time da capital. Muita disputa no meio campo e raros lances de área. O tempo passando. Aos 35’, após cruzamento do lateral direito Paulinho, do Jacuipense, Danilo Rios testou livre e a bola triscou no poste tricolor. Quase. O time da capital nem ameaçou.
Uma primeira etapa pobre de técnica e emoção. Zero no placar.
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O Tricolor voltou dos vestiários correndo mais, querendo ... mas cadê criatividade? Aos 7’, Guilherme, apagadão, tentou da entrada da área, colocado, mas errou o alvo.
Aos poucos, no calorão, mais afeito ao gramado alto e desnivelado, o time da casa equilibrou no meio campo. Um Bahia pregado, sem inspiração alguma. Poucas tramas, muito chutão, de parte a parte. Aos 16’, Ênderson trocou o inócuo Guilherme por Shaylon.
Aos 18’, Shaylon limpou na meiúca e bateu firme, de canhota, mas o goleirão espalmou. Por volta dos 25 minutos, Caíque arrancou pela esquerda, ganhou da zaga, encarou o goleiro e perdeu o gol. Logo depois, o jovem avante foi substituído, para a estreia de Artur Kayke.
- Gol ! 1 x 0 Jacuipense. Aos 27 minutos. Jogada pela esquerda, cruzamento rasteiro e rasante de Padilha, Tiaguinho escorou na pequena área, livre de marcação.
Xandão testou o cruzamento de escanteio, da direita, e a pelota raspou o poste da Jacuipense, aos 32’. O time da casa, com o placar favorável, passou a usar do manjado cai-cai, pra gastar e ganhar tempo. Ênderson tirou Iago, que nada fez, e lançou Claiton, aos 38 minutos, mas ele mal tocou na bola.
Um Bahia vergonhoso, entregue, sem fibra. Deu Jacuipense, com garra, vontade.
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- O périplo/maratona do Tricolor baiano continua, sem refresco. No sábado, plena folia, enfrenta o Altos (PI), em Terezina/ estádio Albertão, pelo Nordestão; na quarta-feira de cinzas encara o Santa Cruz (RN), em Natal, pela Copa do Brasil. Na sequência, o Ba x Vi pelo Baianão.
De arrebentar. Calendário estúpido.
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Na Toca, deu Carcará
- Vitória 0 x 0 Atlético de Atlético de Alagoinhas, no Barradão, arquibancadas vazias.
Com a bola rolando ...
Um chute de Neto Baiano, no começo, para a espalmada do goleiro Diego; um chutaço de longe do meia Guto, aos 9 min, cobrindo o arco de Ronaldo; uma chegada de Benitez por volta dos 12 minutos... Uma cabeçada do becão Tulio, após cobrança de escanteio, para defesa de Ronaldo, bem colocado. Jogo franco, aberto. Equilibrado.
- Gol ! 1 x 0 Vitória. Aos 16 minutos. Andrigo, completando livre, na pequena área, cruzamento da direita de Mateus Rocha, em bom contragolpe articulado pela direita.
Aos 24’, Sobral enfiou a bota, de longe, assustando; a bola raspou o travessão do Leão. Aos 31 min, Leo Gomes e Ronaldo fizeram lambança, Zé Neto tentou duas vezes e por muito pouco não saiu o empate, a bola tirada por Thales em cima da linha.
Um primeiro tempo sem predomínios, mas com um vencedor, o Leão. O Carcará de Alagoinhas até trocou mais passes, chutou mais no gol rubro-negro, perdeu duas chances claras de empatar. O Vitória esticou mais a bola, virou mais o jogo, se impôs também fisicamente.
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O Carcará voltou da merenda animado, bicando, ameaçando, tomando as iniciativas. O Leão encolhido, na moita, tomando sufoco, sem conseguir encaixar um contragolpe. Aos 26’, o torcedor rubro-negro reclamou pênalti em Leo Ceará, não marcado pelo árbitro Irinaldo Jorge dos Santos. E reclamou mais ainda das substituições retranqueiras do treinador Chamusca. Só dá Atlético.
De tanto recuar, se fechar defensivamente e chamar o adversário ... aconteceu !
- Gol ! Atlético Carcará 1 x 1. Cruzamento do lateral direito Leo Baiano, o baixinho veterano artilheiro João Neto testou, no meio da zaga, e empatou. Aos 34’ min.
- Gol ! Atlético 2 x 1, João Neto, de novo. Cobrança de escanteio de Alessandro Azevedo, a defesa rubro-negra não resolveu e ela sobrou para o artilheiro veterano. Virada, aos 38 min.
O Carcará em cima. A pequena torcida do Leão injuriada. Aos 43’, quase Leo Baiano amplia; salvou o goleiro Ronaldo.
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Não bastasse o resultado adverso, os apoiadores Leo Gomes e Rodrigo Andrade foram punidos com cartões e estão fora do Ba x Vi, depois do carnaval.
Muito mal as intervenções de Chamusca, negativas participações dos zagueiros de área Thales e EdCarlos.
No Carcará, as espertezas do treinador Arnaldo Lira, o oportunismo de João Neto, e a aplicação coletiva.
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- O Rubro-negro só volta a jogar na quinta-feira, depois do carnaval. Recebe o Botafogo da Paraíba, pela Copa do Nordeste. Depois, o Ba x Vi pelo Baianão.
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- Juazeirense 2 x 0 Jacobina – o outro confronto da rodada, na quarta.