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SEM ZEBRAS Bahia e Vitória devem fazer final Baianão, ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vitória ainda tem jogo contra o Paraná no meio da semana
ZéddeJesusBarrêto , da redação em Salvador | 16/04/2017 às 20:42
Flu de Feira 0x3 Bahia; Vitória da Conquista 1x1 Vitória
Foto: ECB

Pelos resultados obtidos nos primeiros confrontos pelas semifinais do Baianão/2017, nesse domingo, Bahia e Vitória devem mesmo fazer a final do campeonato e disputar o título. O rubro-negro quer o bi e teria assim a vantagem de fazer o jogo das faixas em casa, no Barradão. O tricolor quer quebrar a sequência e a hegemonia do rival. 

Mas... a despeito do mais que provável, a definição desses Bavís decisivos só sairá no fim de semana próximo, com a realização das partidas de volta das semifinais. 

No domingo da Páscoa, à noite, em Feira de Santana, o Bahia se impôs tecnicamente e venceu com certa facilidade os Touros do Sertão pelo placar de 3 X 0. Alguém imagina o Flu de Feira vencendo o mesmo Bahia na Fonte Nova (sábado) por quatro gols de diferença? O Bahia, pois, está praticamente assegurado na final. 

Antes, no estádio Lomanto Junior, em Conquista, o rubro-negro da capital, mesmo sem atuar bem e perdendo o jogo até segundos antes de o árbitro apitar pela última vez, arrancou um empate (1 x 1) contra o xará do Sudoeste e vai para o segundo confronto com a vantagem de se classificar até com um empate no Barradão, domingo próximo. Está mais para o Leão, claro. 
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Bahia na frente 

Estádio Joia da Princesa, começo da noite do domingo, bom público, gramado liso ... duelo de tricolores. 

A partida começou pegada, com muita marcação, travada com faltas e morna. Sem pressa, superior tecnicamente, trocando passes, o Bahia foi tomando conta do jogo, ocupando melhor os espaços, chegando... 
Aos 8’, Hernane tentou de canhota, de longe, assustando o goleiro Jair. E nada aconteceu de emocionantes até os 32 minutos, quando Allione trabalhou pela direita e cruzou, o zagueiro cortou mal, a bola espirrada sobrou na praia para Hernane que ajeitou e definiu: 1 x 0 Bahia. 

O segundo aconteceu aos 36’. O apoiador Renê Junior pegou bem um rebote da defensiva feirense, de frente, colocando no ângulo de Jair: 2 x 0 Bahia. Sem fazer força, o tricolor da capital chegou aos 3 x 0 aos 43 minutos, num belo chute de canhota de Régis, apanhando um rebote de primeira, na entrada da área, acertando o canto de Jair. 
Basicamente só o Bahia jogou na primeira etapa, o goleiro Jean mal tocou na bola. 

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O mesmo panorama na segunda etapa. O Flu até adiantou mais a marcação, porém time da capital esteve mais perto do quarto gol do que o Flu de diminuir. Aos 10’, Edigar Junio entrou livre mas teve seu arremate fatal travado; um minuto depois, Allione, cara a cara, livre, bateu para fora, perdendo gol feito. 

O tricolor da capital acomodou-se, com o placar amplo, ritmo de treino. Guto tirou Allione, aos 20’, e colocou Zé Rafael. Aos 23’, Regis pegou outra de frente, forte, mas cobriu o travessão. Os ponteiros do relógio girando, os atletas do Bahia tirando o pé das divididas e a equipe foi cozinhando o adversário em banho maria, sem correr riscos.

Aos 40’, o Bahia entrou tabelando e Regis ficou de cara, mas Jair evitou o quarto. Ainda teve tempo de um bafafá no meio campo, Régis foi provocado, perdeu a cabeça e foi expulso; o árbitro, fraquinho e pusilânime, não expulsou o atleta do Fluminense, Rogério, que provocou toda confusão. 

Enfim, um triunfo tranquilo, o placar poderia ter sido bem mais amplo, o Flu não mostrou forças. Muito boa vantagem para o Bahia. 

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Na última bola 

No Lomantão/Sudoeste baiano, tarde limpa, piso de grama alta, fofo e irregular, as arquibancadas com muitos vazios, o Vitória da Conquista esteve com o jogo na mão até os 49 minutos da segunda etapa, mas cedeu, entregou o empate (1 x 1) ao Vitória, num gol de cabeça de André Lima. Assim, o Leão pode chegar a mais uma final do Baianão com apenas um empate no Barradão, domingo próximo. 
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O jogo começou animado, lá e cá, disputado com muitas bolas altas, no corpo a corpo. O time da casa buscando mais a troca de passes e os visitantes alçando na área adversária, confiando muito na velocidade/habilidade de David pelo lado direito, fazendo dupla com o lateral patrick. Os lances de área foram acontecendo:

- Aos 14 minutos, Fieta driblou fácil o lateral Géfferson e bateu cruzado, rasante, perto da trave. Um minuto depois, Tatu penetrou também pela direita e bateu forte, cruzado e rasteiro; Kanu meteu o pé e quase faz contra, Fernando Miguel ficou com a pelota. Aos 20’, o rubro-negro respondeu com um chute de fora de André Lima que passou perto do poste de Rodolfo. 

Aos poucos, o ritmo da partida foi caindo. Muita briga pela pelota no meio campo e os lances de área rarearam. A equipe da casa ocupou melhor os espaços, trocou mais passes, ganhou mais a disputa no meio campo, esteve mais à frente, mas lhe faltou talento para transformar essa pretensa superioridade em gols na primeira etapa. 
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Nos vestiários, o treinador Argel Fucks trocou na lateral esquerda: saiu Géferson, com cartão amarelo, entrou Euller, mais leve. E a equipe do Sudoeste foi pra cima, buscando o resultado positivo em casa. 

No primeiro minuto, o avante Todinho arrematou de fora e a bola passou raspando a trave de Fernando Miguel, só espiando. O verde e branco de Conquista esteve mais à vontade no gramado, mas sem poder de finalização. O rubro-negro na moita, explorando contragolpes, sempre pela direita com David e Patrick e alçando bolas. Por volta dos 20’, Argel pôs o garoto Jhemerson em campo. 
Aos 25’, Todinho arrancou pela direita nas costas de Euller, girou pra esquerda em cima de Allan Costa e bateu colocado, no ângulo, fazendo um golaço ! 1 x 0 , Vitória da Conquista. Justo. 

Aos 29’, Pineda substituiu o apagadão Paulinho. O rubro-negro avançou mais suas linhas, quatro atacantes e tome-lhe lançamentos altos tentando sufocar o Conquista que, aos 36 ‘, quase mata o jogo num contragolpe, Fernando Miguel saindo nos pés do atacante Dionísio e salvando. O alviverde fechou-se inteiro, dando chutões, suportando bem e esperando o apito final sem muito sofrimento. Mas...

A sorte bafejou o rubro-negro, aos 49 minutos: uma bola boba perdida no meio campo, Jhemerson avançou e alçou para a cabeçada de André Lima, que nada tinha feito na partida, mas ganhou essa pelo alto do zagueiro na linha da pequena área e acertou o canto, empatando o jogo e mantendo a invencibilidade rubro-negra na competição. Os conquistenses reclamaram de impedimento do atacante rubronegro: 1 x 1. Agora, basta que o Vitória empate domingo próximo no jogo de volta, no Barradão, para estar na disputa final do título baiano 2017, o bicampeonato rubro-negro.
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Destaques pelo Vitória: David e Patrick. Pelo Vitória da Conquista, Todinho, Dinda, Maicon e o zagueiro Lucio. 
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No meio da semana o rubro-negro viaja para o Sul e enfrenta o Paraná pela Copa do Brasil. O Leão perdeu o primeiro confronto na Toca, 2 x 0. 
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