Esporte

VITÓRIA faz melhor campanha Baianão e vence Bahia, p ZÉDEJESUSBARRÊTO

Partida equilibra como deve ser a de um clássico do futebol
ZédeJesusBarrêto , Salvador | 09/04/2017 às 18:33
Vitória 2x1 Bahia na Arena Fonte Nova
Foto: ECB
O rubro-negro voltou a vencer o Bahia na Fonte Nova (2 x 1), na tarde de domingo, quebrando uma invencibilidade de nove meses do tricolor em seus domínios, e terminando a primeira fase do Baianão na liderança absoluta da competição, com nove pontos de vantagem sobre o rival, que é o vice-líder. 

Foi uma partida equilibrada, com dois gols da equipe vencedora conquistados nos últimos minutos da primeira etapa e uma expulsão questionada do zagueiro Tiago, do Bahaia, logo no comecinho do segundo tempo. 

Com esse resultado, o Vitória, caso passe pelo Vitória da Conquista nas semifinais, o que é bem provável, vai disputar o título baiano com vantagem de ser campeão apenas com dois empates e fará o derradeiro jogo, o das faixas, no Barradão. 

Arena em festa

Primeiro Ba Vi do ano, a Fonte Nova com bom público, mais de 33 mil pessoas no estádio. Um setor da arquibancada abrigando a torcida mista, os presidentes dos clubes rivais juntos desfilando na pista antes de a bola rolar, mostrando civilidade, dando exemplo. 

No mais, um clima ameno outonal domingueiro, céu limpo, o clássico mais charmoso do Nordeste, uniformes tricolores de um lado e rubro-negros (de camisetas brancas) no tapete verde. 
Escalações: 

Bahia - Anderson, Eduardo, Tiago, Éder e Armero; Juninho, Renê Jr e Régis; Allione, Hernane e Edigar Júnio. Treinador - Guto ‘Gordiola’.

Vitória - Fernando Miguel, Patrick, Kanu, Allan Costa e Géfferson; William Faris, Zé Wéllison, Cleiton Xavier e Gabriel Xavier; David e André Lima. Treinador – Argel Fucks

Força máxima disponível. O tricolor sem o meio-campista Édson, o rubro-negro sem o avante artilheiro Kieza. Muitos atletas estreando no Ba Vi, 12 no começo da partida, seis de cada lado. 
Arbitragem baiana comandada pelo experiente e sempre contestado Jaílson Macedo Freitas. 
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Por que o Vitória venceu ? 

Porque fez um futebol mais objetivo, pragmático e soube aproveitar o que tem de melhor para decidir: as jogadas de bolas longas em velocidade pelos lados do campo, a pegada dura na marcação de meio campo e as bolas alçadas na área inimiga. Num vacilo do rival, em dois lances, matou o jogo. E ainda foi ajudado pela expulsão do zagueiro do Bahia, numa dividida com o manhoso e experiente André Lima. Facilitou.
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Por que o Bahia perdeu ? 

Fez um primeiro tempo equilibrado, até trocou mais passes e tramou melhor no meio campo, mas finalizou pouco e cochilou defensivamente em dois lances capitais no final do primeiro tempo. Perdeu o bom zagueiro Tiago aos 2 minutos do segundo tempo, jogando um tempo inteiro com um atleta a menos em campo. E falta ao Bahia um finalizador mais ágil, mais lúcido, mais brigador e mais inspirado. Hernane não convence. 

O que aconteceu

Em campo, com a bola rolando... muito nervosismo e canganchas de parte a parte, empurra-empurra e aquele climão de rivalidade histórica, torcedores ouriçados, arbitragem conversando demais, envolvida pelo jogadores, tentando controlar os ânimos no papo. 

- O primeiro chute de perigo foi do Vitória; Cleiton Xavier batendo falta próxima da área, de curva, cobrindo o travessão, aos 8 min.

Com os minutos passando, os nervos foram se acalmando e estabeleceu-se o equilíbrio de ações no gramado, num confronto de dois estilos distintos. O Vitória mais incisivo, usando as bolas mais longas para chegar na área adversária, visando mais o gol. O Bahia trocando mais passes, jogando mais curto, utilizando mais o lado direito para atacar, com Eduardo e Allione. Rondou a área rubro-negra umas duas vezes mas não conseguiu finalizar. 

- Aos 26’, após boa jogada de fundo pela esquerda, Géfferson cruzou forte e André Lima finalizou de primeira, acossado, e a bola cobriu o travessão, assustando a torcida tricolor. 

- Aos 36’, numa cobrança de falta combinada, Juninho acertou o canto mas Fernando Miguel trabalhou bem. Três minutos depois, Zé Wélisson sentiu uma lesão na coxa e foi substituído por Ramires. 

- GOL! 1 x 0 Vitória, aos 44 minutos: contragolpe rápido pela esquerda puxado por Gabriel Xavier, levou dois (Renê jr não acompanhou o pique) na velocidade, e da linha de fundo cruzou para trás; André Lima finalizou, Armero salvou quase na linha, na sobra Patrick bateu no gole Cleiton Xavier desviou na frente da pequena área. 

- GOL ! 2 x 0 Vitória, aos 48 minutos. Patrick cobrou escanteio alçando largo, Kanu entrou como um foguete na linha da pequena e testou com violência. A defensiva tricolor atordoada, nocauteada. 
Os primeiros 45 minutos foram de muita vontade, de parte a parte. Equilíbrio de ações, muitas faltas, marcação dura no meio campo, jogo truncado, muito tempo de bola parada. Quando o empate parecia certo ... aconteceram os dois lances agudos e decisivos, de um futebol mais prático e objetivo do rubro-negro.

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Tudo ficou mais fácil para o rubro-negro com a expulsão do zagueiro Tiago logo aos 2 minutos; Jaílson viu uma cotovelada de Tiago em André Lima numa disputa de bola alta na frente da grande área. Exagerado rigor na avaliação do lance de bola dividida, malandragem do vivido avante do Vitória? 
- Na cobrança da falta, Ânderson salvou o terceiro do Vitória. Aos 8’, Juninho cobrou falta colocada e Fernando Miguel espalmou. 

- GOL ! 2 X 1 Bahia. O tricolor, mesmo com um a menos em campo, na empolgação foi pra cima, fez pressão e conseguiu diminuir aos 12 minutos, após boa trama pela direita, a bola cruzada forte e desviada pelo becão Allan Costa, contra.

Por volta dos 20’, Argel usou Paulinho, sangue novo, arisco e veloz, no lugar de Cleiton Xavier, já exausto, tentando retomar o controle da partida. Aos 30’, Guto retirou Régis, o melhor da equipe, e colocou Zé Rafael. E Argel pôs o garoto-xodó Jhemerson em lugar de Gabriel Xavier. 

- Aos 32 min, Anderson salvou mais um, saindo bem nos pés de Paulinho, livre. Aos 38’, após um cruzamento largo, Hernane enrolou-se com as pernas e perdeu, na pequena área. O tricolor na frente, tentando o empate. Aos 41’, Gustavo no lugar de Edigar Junio, foi pro tudo ou nada. 

Deu em nada, aa despeito de o Bahia, mesmo com um atleta a menos durante quase toda a segunda etapa, ter feito um bom jogo, até merecia o empate, pelo que apresentou em campo. De todo modo, venceu que soube aproveitar melhos as chances e as circunstâncias do jogo. Isso é o clássico. 
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Destaques

No Vitória, Kanu xerifando e fazendo gol, Patrick resolveu o lado direito defensivo, Cleiton e Gabriel Xavier fizeram bom primeiro tempo, William Farias guerreiro, David insinuante e André Lima rodado, esperto.
No Bahia, Regis foi o mais lúcido, seguido por Juninho. Armero e Eduardo lutaram muito, o ataque muito pouco inspirado. 
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Semifinais do Baianão

Domingo próximo:
- Vitória da Conquista x Vitória, no Lomantão/Sudoeste, 16 hs 
- Fluminense de Feira x Bahia, 18h30, no Joia da Princesa.
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Antes, no meio da semana, o Vitória tem uma batalha, contra o Paraná, pela Copa do Brasil. 

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Mais Ba x Vi
Pelo Nordestão, já estão marcados os jogos das semifinais: Dia 27, quarta, no Barradão e a volta no dia 30, domingo, na Fonte Nova. 
Haja Ba x Vi. .