Com informações do Terra
Da Redação , RJ |
20/06/2016 às 19:21
Tite mantém posição sobre democracia no futebol
Foto: EFE
Seis dias depois da demissão do técnico Dunga, a CBF anunciou oficialmente o substituto dele: Tite, 55 anos, dono de currículo vencedor e agora a frente de um novo desafio - classificar a Seleção Brasileira para a Copa de 2018. E ele já chegou demonstrando coragem e personalidade. Em entrevista na sede da entidade, no Rio, afirmou que mantém sua opinião em defesa da transparência, democratização, excelência e modernização do futebol brasileiro, sem voltar atrás na decisão de assinar documento coletivo em dezembro, pedindo a renúncia do presidente da CBF, Marco Polo Del Nero.
"Vou ter autonomia para buscar esses aspectos todos, e meu trabalho vai ser mais de campo, de análise de desempenho. Mas é por aí que continuarei lutando por esses conceitos. Mantenho a minha opinião."
Sempre firme nas respostas, declarou que o foco do seu trabalho é a classificação para o Mundial e admitiu que há riscos de o Brasil ficar fora. "Não podemos negar isso." Ele enfatizou que seria precipitado falar sobre o quanto deve ser aproveitado do time que vinha jogando sob o comando de Dunga.
Tite se emocionou ao falar de sua mãe, dona Ivone, e revelou que somente nesta segunda tudo ficou acertado com a CBF. "Quando Gilmar (procurador dele) me ligou hoje dizendo que estava tudo acertado, eu telefonei para minha mãe e ela me deu a bênção. Peço apenas que vocês tenham cuidado com ela."
Ele rechaçou a ideia de uma escola gaúcha de treinadores, ao ser indagado sobre a passagem de Felipao, Mano Menezes e Dunga na equipe, e disse que a indicação de Edu Gaspar para coordenador de seleções partiu do próprio Del Nero. O técnico admitiu que estava com as pernas bambas e se esquivou de se aprofundar sobre polêmica envolvendo Neymar recentemente, na qual o atleta enviou mensagem aos demais colegas de Seleção com palavras ofensivas aos críticos da equipe.