Destaque no Bahia para os estreantes Luisinho, o brocador Hernane, e os meias Danilo Pires e Juninho.
ZédeJesusBarrêto , da rSalvador |
23/01/2016 às 22:15
Jogo em sábado de muita chuva em Salvador
Foto: A Tarde
As chuvas com trovoada da tarde de sábado assustaram, mas o torcedor tricolor que foi à Fonte Nova na boca da noite de lua cheia saiu satisfeito com o que viu. O céu limpou para a festa de aniversário dos 85 anos de fundação do Bahia. E teve jogão de bola.
Primeiro, a ‘preliminar’ entre veteranos ex-jogadores de Bahia e Ypiranga ( 2 x 2 – com dois gols do velho artilheiro Marcelo Ramos, ainda com faro de gol aceso), mais show da banda Araketu, jogo de luzes no estádio, um robô tricolor grandão que entrou com a equipe titular em campo, impressionando, e o lançamento dos novos uniformes da equipe para a temporada 2016: o de camisa branca com calções azuis, na primeira etapa, e o de camisas listradas verticais, com calção branco, usado pela equipe no segundo tempo.
No mais, um jogo muito bom de ver, bem disputado e com quatro gols entre os adversários históricos: Bahia 2 x 2 Santos. Foi uma partida aberta, franca, com as duas equipes marcando forte e buscando gols. O torcedor gostou do que viu.
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O jogo estava bem equilibrado, lá e cá, quando o meia estreante Juninho deu um balaço de fora e acertou o travessão do santista Vanderlei, levantando a galera. Mas foi o time da Vila que abriu o placar, após um vacilo no meio campo entre o lateral Cicinho e o apoiador Paulo Roberto; o meia Lucas Lima, o bola cheia santista, roubou a bola e enfiou rápido para o avante Joel, que ante a saída de Lomba passou para Gabi Gol marcar 1 x 0. O Bahia foi pra cima tentando igualar o marcador, mas parou na boa zaga adversária e no goleirão Vanderlei.
O empate veio no começo do segundo tempo, após ótima jogada pela direita do lateral Hayner, que substituiu Cicinho no intervalo, com Hernani completando de prima o passe rasteiro da linha de fundo: 1 x 1. Melhor na partida, o Bahia virou com Hernani batendo pênalti cometido em Danilo Pires, após outra boa trama pela direita: 2 x 1.
A partir dos 20 minutos, os treinadores foram trocando os jogadores, ambas as equipes terminando o jogo com os garotos vindos da base em campo. Um deles, Serginho, aproveitou-se de uma gracinha dos meninos tricolores no meio campo, arrancou e bateu forte, de longe, acertando o ângulo de Lomba, já aos 44 minutos, empatando.
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Destaque no Bahia para os estreantes Luisinho, o brocador Hernane, e os meias Danilo Pires e Juninho.
No Santos, o goleiro Vanderlei, o zagueirão Gustavo Henrique e, o craque do time, o meia Lucas Lima, de técnica apurada.
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Ficou clara a necessidade da chegada do lateral direito Tinga e a contratação, mais que urgente, de um quarto zagueiro para o lugar do pesadão Gustavo, que compromete. Falava-se, na Fonte, da volta do Lucas Fonseca, que jogou a temporada passada na China.
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O tricolor volta a atuar no dia 31, já pelo Baianão 2016, contra a Juazeirense, mas não se sabe ainda aonde será a partida, já que o mando de campo é do time interiorano e o estádio de Juazeiro está em reformas, com o gramado impraticável.
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Vitória encara chinas
Terça-feira, 20h30, na Arena Fonte Nova, o recauchutado Vitória de Vagner Mancini enfrenta , em jogo-treino, o time da segunda divisão chinesa Tianjin Quajian, treinado por Wanderley Luxemburgo e que contratou o avante Luis Fabiano (ex-SP), o meia Jadson (ex-Corínthians) e, faz pouco, o jovem meia Geovânio, revelação do Santos, por uma fortuna.
A equipe asiática vem treinando no Brasil, há duas semanas, e pode ser um bom teste para o rubro-negro que estreia no dia 31 pelo Baianão, dando início a temporada 2016, contra o Jacuipense, no Barradão.
O Vitória manteve a base defensiva do ano passado (Fernando Miguel, Mattis, Ramon e Diego Renan), com o lateral direito Maicon Silva, recém chegado. No meio campo, a permanência do volante Amaral, ao lado de Tiago Real (ex-Bahia) e William Farias, estreando, mais Artur Maia. Na frente, o veloz Vander e o garoto Gabriel (ou Rafaelson? Ou Yan?). O titular Robert está machucado.
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O armador Leandro Domingos, 34 anos, que estava atuando no Japão, está de volta ao Vitória, sete anos depois de ter jogado pela equipe do Barradão. Andou às voltas, no ano passado, com uma lesão no joelho, pouco jogou, mas mostrou-se sarado e disposto e vestir novamente a camisa rubro-negra. Disse que daqui a uns 15 dias estará nos trinques. Sabe jogar e, em forma, será muito útil.
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Bagunça
Não dá pra acreditar, mas é verdade: a sete dias de começar o tal Campeonato Baiano, os campos de jogo em Feira de Santana (Bahia de Feira, Feirense e Fluminense), em Juazeiro (Juazeirense), em Conquista (o Vitória da Conquista), Jacobina, Ilhéus... não têm ainda condições de sediar jogos de futebol profissional, os gramados e instalações em reforma.
Ah, em Guanambi, a sede mais distante da capital, vai ter jogo, mesmo com o estádio em obras, finalizando a iluminação e reformas nos vestiários. Vamos apreciar o relvado de lá. O estádio de Jacuípe já é bem conhecido.
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O Galícia, time da capital, sequer tem aptidões legais (papelada exigida pela CBF) de entrar em campo e disputar a competição.
Esse é o retrato do Baianão do eterno presidente da FBF, o sr Ednaldo. Esperar o quê? O fiasco de sempre: jogos ruins tecnicamente, arbitragens comprometedoras, arquibancadas vazias e prejuízo.
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Sangue do ídolo
É goool ! Do ídolo, na raça, aos 45 do segundo tempo, no campo do rival.
Goool, o eco do mundo, bola na rede.
É ele, o ídolo goleador. Vai correndo aos berros, ensandecido e belo, pras arquibancadas, na direção do torcedor em êxtase. Sim, é ele de verdade, a metros, já ao alcance das mãos.
Então, jogou-se na esfregação dos corpos em delírio e arrancou, sem pensar, a faixa-bandagem que protegia a testa do ídolo, sangrenta após a disputa viril de um lance. Bafou e brigou para protegê-la de outras mãos ávidas.
Era uma faixa de malha, cor cinza, tira de pano suja de suor, sangue, lágrimas... límpida!
Um troféu, relíquia, orgulho... pra meter inveja, ter história pra contar pro amigo, filho, netos... e guardá-la assim, até o fim.
Só quem gosta de bola, só quem torce, frequenta arquibancada e já teve algum dia um ídolo de verdade pode entender o tanto de felicidade.
Um gol que nunca acaba