Esporte

DOMINGO DE FINADOS prolongado: BAVI na Z-4, por ZÉDEJESUSBARRÊTO

BAVI com tudo para o embarque na segunda divisão, de mãos dadas
ZédeJesusBarreto , Salvador | 09/11/2014 às 21:38
Erik, carrasco do Bahia em Goiás
Foto: Gazeta Press
Bahia e Vitória de quatro, braços dados, na zona de rebaixamento.  Era o queríamos? Não, mas bem que merecemos.  Campanhas infames, um e outro. O tricolor é o penúltimo na tabela de classificação, com 31 pontos, à frente somente do Criciuma. O Botafogo tem 33 e o Vitória parou nos 34 pontos. Esses quatro estariam rebaixados para a Serie B, a Segundona 2015, caso a competição acabasse hoje. Lamentável. Reflexo dentro de campo dos desmandos, falta de comando e de planejamento no clube, fora das quatro linhas.

Uma cidade como Salvador, com três estádios dos melhores (Fonte Nova, Pituaçu e Barradão), um povo que curte o futebol ...  e os dois times de ponta e de grandes torcidas do Nordeste caindo pra segunda divisão.  É bem a cara desse futebol dirigido por Ednaldo Rodrigues (FBF), Schimidt & cia ...  com o aprovo e babaovismo da nossa  mídia esportiva.    

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Foi um domingo de horror. À tarde, no Barradão, o rubronegro perdeu para o exausto São Paulo pelo placar de 2 x 1, diante de 20 mil torcedores nas arquibancadas. Levou 1 x 0 e um  chocolate de bola no primeiro tempo, reagiu, empatou, mas a zaga voltou a errar de modo bisonho e entregou.  Das cinco partidas que lhe restam, o rubronegro baiano joga três fora de casa: Chapecoense, Figueirense e Flamengo; no Barradão, Coritiba e Santos. 

O Bahia foi a Goiás e apanhou feio: 3 x 0, com o time mal escalado, sem forças e sem vontade, refletindo em campo toda a ‘merdança’ administrativa do clube. As mudanças no departamento técnico e de futebol (treinadores, gerentes e diretores) destroçaram o que restava de equipe, de grupo, da força coletiva que se viu, por exemplo, no tempo de Charles como técnico.  

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Os equívocos de Kleina

Gilson Kleina, o dito treinador do Bahia, tem cometido erros absurdos, como:  ter retirado os jovens laterais Railan e Pará, que davam velocidade e proporcionavam boas arrancadas e cruzamentos  pelos lados do campo; sem eles o time perdeu sua melhor saída de bola, sua jogada mais aguda pelas laterais. Segundo: não ter tido a coragem de substituir  Lomba, em visível declínio técnico, por Douglas Pires, um goleiro mais alto, mais ágil, merecedor de uma chance; é preciso saber a hora e ter a coragem de mudar. Lombra perdeu a confiança, até nele mesmo, e dos companheiros, da torcida...  Dê um tempo pra tentar se recuperar.

Na zaga, interferiu mal.  Primeiro ele tirou Titi, punindo-o após uma expulsão e desmotivando o zagueirão, uma liderança no grupo. Depois, com a volta de Titi, contra o Goiás, deveria ter mantido Dèmerson, que é mais veloz, e não Lucas Fonseca, que é lento, facilmente driblável, e demonstra não se encontrar no melhor de sua forma, com desgaste físico evidente.   Outro erro grave: ele não consegue definir uma escalação de meio campo, cada dia tenta uma coisa diferente, não há entrosamento, nem puxada de contragolpe, nem velocidade na saída de bola, nada. O time ataca com poucos e não chuta, não joga com profundidade.

No mais, convenhamos, Rafinha, Bárbio, Potita, Branquinho ...  sinceramente, não são atletas para vestir a camisa titular do Bahia.  O time do Kleina não tem uma jogada ensaiada, nem mesmo nas chamadas ‘bolas paradas’, nenhum contragolpe em velocidade, nem nos chutões, nenhuma trama, nada...  é um joguinho pra trás, de siri, inócuo, imprestável, irritante.  

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Restam ao Bahia cinco jogos. Três em casa, contra o Corínthians, o Grêmio e o Atlético do Paraná, paradas indigestas.  Fora de casa contra o Criciuma e o Coritiba, guerra feia, ambos lutando contra o rebaixamento.  Portanto, a segundona cada dia mais uma realidade, até porque a bolinha de gude que o tricolor tem jogado não dá esperança.   Horrível. 

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Um ‘cagaço’ no Serra Dourada

Chuva em Goiânia na boca da noite, bola rolando fácil no pesado e amplo gramado do Serra Dourada, muito espaço vazio nas arquibancadas. Um jogo em ritmo lento e poucas jogadas de área. O primeiro lance de perigo aconteceu aos 15’,  num chute longo de Ramon, Lomba deu rebote pra frente mas a zaga (Titi) safou. O Goiás teve as rédeas do jogo e o Bahia atuou muito recuado, buscando o contragolpe que não encaixou hora nenhumaa. Aos 32’, numa cobrança de escanteio, Rafael Miranda antecipou-se à zaga e testou a bola que bateu na parte baixa do pau da trave. Foi essa a única estocada do tricolor baiano nessa etapa. O time da casa levantou bolas na área e tentou os chutes de longe, buscando tirar proveito do gramado encharcado e escorregadio, mas ... pouco ou nada conseguiu.  Um joguinho murrinha.

Na segunda etapa, já aos  4’, numa blitze da equipe verde, Esquerdinha pegou um voleio, fraco mas no cantinho, que  Lomba espalmou no rodapé. Ufa, aos 14 minutos o Bahia chutou uma bola no gol adversário, Leo Gago, de fora e por cima. Arre!  Aos 17 ‘, após boa trama pelo meio da zaga lenta, pesadona, o time verde entrou tabelando, o garoto Éric ficou de cara e fez: 1 x 0. Era o começo do desastre, a equipe baiana arriada, entregue. Aos 23’, o becão  Lucas Fonseca escorregou e perdeu a bola na interrmediária, Erick, veloz, arrancou e entrou de cara: 2 x 0.  Mais?  Aos 30’,  Lucas, atrasado e sem pernas, cometeu uma  falta sobre o rápido Érick, na meia lua, à toa. Amaral bateu rasteiro, no cantinho, uma bola fraca, mas Lomba, braços curtos, não chegou : 3 x 0. Sem reação, foi pouco.

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O apoiador Amaral, guerreiro, o baixinho Esquerdinha, esperto e o garoto Érick (arrebentou a defesa do Bahia) foram os destaques. 

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No próximo fim de semana o Bahia recebe o Corínthians, na Fonte Nova ...  Com a moral tricolor lá no lixo. Esperar o quê?





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Ganso passeou no Barradão 

Barradão com bom público, tarde de céu azul claro e quentura abafada, a despeito da brisa fresca vinda do mar. O Vitória inteiraço e o São Paulo poupando alguns titulares como Kaká, Michel Bastos e Allan Kardeck, além da escalação de dois garotos na zaga, Áureo e Lucão. Em casa, mais afeito ao calor, o Vitória tomou a iniciativa do jogo desde o início.

Chegou, pela primeira vez aos 7’, quando Vinícius girou de dentro da área e Rogério pegou fácil. Mas foi o São Paulo que marcou, aos 13’, numa cabeçada de Luis Fabiano, livre, após cobrança de falta nas proximidades da área rubronegra, numa falha de marcação corriqueira: 1 x 0. O tricolor do Morumbi começou a ditar o ritmo no meio campo, tocando, envolvendo.  Aos 22’, numa jogada rápida de Nino, pela direita, cruzamento na medida mas Dinei errou a cabeçada. Aos 36’, Denilson pegou de fora e acertou a trave de Wilson, quase amplia.  Nessa etapa inicial, o São Paulo teve o domínio do meio campo, botou a bola no chão, Ganso deu aula de técnica e visão de campo. O Vitória  fez  seu melhor jogo pela direita, apostando na velocidade de Nino Paraíba. 

Na segunda etapa, com o gramado já todo sombreado, o time paulista voltou ditando o ritmo, atuando mais no campo adversário. Porém (e como tem poréns no jogo de bola...) por volta dos 10’, após um erro grosseiro da defesa sampaulina, Rogério Ceni  fez duas defesas espetaculares, em dois chutes a queima-roupa de Richarlysson e Juan. Porém (de novo), dois minutos depois, Kadu arriscou bem de longe, despretensioso, e a bola entrou no ângulo, Ceni meio fora do gol, não alcançou: 1 x 1.  

 O gol incendiou a arquibancada e virou o jogo em campo.  O time baiano foi pra cima, buscando mais um, o gol da virada. Muricy tirou o fraco Ademilson e colocou Michel Bastos. O São Paulo reagiu, voltou a ter o controle da partida. Aos 19’ Wilson foi buscar no ângulo um chutaço de Ganso e dois minutos depois espalmou outra bomba de Denilson, de fora.  O jogão ficou ainda mais corrido, pegado. Aos 26, Vinícius ganhou na velocidade e de frente com Ceni chutou por cima. Aos 28’, Kaká em campo, sai Oswaldo e, do lado rubronegro  W.Henrique, o picapau em lugar de Vinicius.  Jogo aberto. Aí ...  aconteceu o lance fatal e infeliz do zagueiro Roger Carvalho que, com a bola dominada, escorregou e Luis Fabiano esperto roubou, enfiou deixando Kaká de cara: 2 x 1. Vitória foi pro tudo ou nada, pos Willie no lugar de Ze Wélisson e o  SP fechou-se, tocou bola, contragolpeou apenas, administrando o placar favorável. Aos 46, Willie teve a chance do empate: achou uma sobra, de frente, mas Ceni cresceu diante dele e defendeu, garantindo o resultado.   Aos 48’, acreditem, o treinador Ney Franco colocou o avante Beltran em campo...   com que intenções àquela altura ? Mal pisou no gramado o árbitro apitou o final. Bizarro!

Placar justo pela melhor qualidade técnica individual e coletiva da equipe visitante.

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No time vencedor, a experiência do eterno Rogério Ceni, a raça do uruguaio Álvaro pereira, o seguro Denílson, o malandro e perigoso Luis Fabiano e o maestro Ganso, seguramente o mais técnico e elegante jogador em atividade no país, aula de bola em campo. 

No Vitória, boas defesas do bom goleiro Wilson, Ze Wéllisson e Richarlysson no meio lutando, Dinei batalhando à frente e Nino Paraíba, o mais insinuante. 

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No próximo fim de semana o Vitória vai ao sul do país encarar o Chapecoense, jogo de vida ou morte.  A série B na espera.  

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Semana que entra:

- Na quarta-feira à tarde rola um amistoso da seleção brasileira em Istambul, contra a Turquia. O time de Dunga escalado só com atletas que atuam na Europa e cheio de novidades. Olho na tevê.

- Na mesma quarta, à noite, direto de BH, o primeiro duelo do confronto Atlético Galo  contra o Cruzeiro ‘raposa’, grande clássico mineiro decidindo a Copa do Brasil 2014. Dois estilos, técnica x garra, muita rivalidade em jogo. Não dá  pra perder. 

- Pela Copa do Brasil sub-20, Bahia e Vitória brigam por uma vaga na final. Rivalidade em jogo. Vale a pena ver essa garotada em campo, eles são a esperança em um futebol baiano de mais qualidade no amanhã. Torcemos. 

Queria chamar a atenção para o goleiro do Bahia, o garoto Jean, filho de Jean, goleiro que fez história no Bahia e atuou também pelo Vitória. O Jean pai, que incentiva e orienta o filhão, disse numa entrevista que o menino será um goleiro bem melhor que ele. Já o vi atuando e gostei. Alto,ligado, bons reflexos...   o Lombra que se cuide. 

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 Paulistada

    Muito boa a atitude do garoto Jeferson, meia do Bahia, autor de um dos gols no empate contra o São Paulo, no Morumbi. Perguntado por um repórter paulista se não teria se inibido jogando no Morumbi, o menino tricolor respondeu na tampa: ‘que nada! Estou acostumado com a Fonte Nova que é melhor do isso aqui.’   O repórter  sampaulino ficou ‘de cara’.  Bombou nas redes a tirada do menino Jeferson, bom de bola e de bico. 

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- Duelos finais da Copa Sulamericana:  

   São Paulo x Atlético Nacional de Medelin e o clássico maior argentino: Boca Juniors x River Plate. São os jogos semifinais definidos que serão definidos em duelos de ida e volta. 

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- Na ‘primeirona’ 2015:

O Joinvile de Santa Catarina e a Ponte Preta de Campinas (SP) já estão matematicamente classificados na série B/2014 e disputarão a série A, paroano.  As outras duas vagas estão em aberto. O Vasco está bem próximo de ficar com uma delas.