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Daniela Rocha, GE , Polônia |
20/09/2014 às 17:46
Jogadores da seleção brasileira vibram
Foto: FIVB
A França chegou de mansinho. Resistiu ao Grupo da Morte na primeira fase, que tinha Itália, EUA e Irã. Foi mostrando uma defesa consistente, um ataque forte e preocupando adversários no Mundial da Polônia. O Brasil sabia o tamanho do problema que iria enfrentar por uma vaga na final. Manteve a cabeça no lugar, resistiu às investidas de Ngapeth, à torcida contra e assegurou, no tie-break, o direito de lutar pelo tetracampeonato do mundo. Neste sábado, na Spodek Arena, os tricampeões venceram a surpresa da competição por 3 sets 2, parciais de 25/18, 23/25, 25/23, 22/25 e 15/12. Lucarelli terminou como o maior pontuador, com 22 acertos. Ngapeth, com 21, ficou logo atrás.
Agora, a seleção aguarda o vencedor da outra semifinal para conhecer seu adversário na decisão: Polônia ou Alemanha. A final será às 15h25 (de Brasília) deste domingo, com transmissão ao vivo do SporTV e cobertura em Tempo Real do GloboEsporte.com. Os assinantes do Canal Campeão também podem acompanhar os lances pelo SporTV Play.
Sacando melhor e atento no bloqueio, o Brasil abria 8/4. Se o passe saía errado, Lucarelli consertava se livrando com categoria de um triplo que subiu bem na sua frente. Rouzier, o maior pontuador dos Bleus na competição, tinha dificuldade de colocar as bolas no chão. Ngapeth também (16/9). Bruninho vibrava. O jogo do time fluía. O DJ da arena colocava o ritmo de "Allez les Bleus", e a arquibancada respondia. Mas os tricampeões davam de ombros. O técnico Laurent Tillie entava consertar o estrago. Pedia tempo. Na volta, Wallace soltou uma pancada que teve como destino o peito de Yoann Jaumel.
O ritmo não parava. Se os franceses são conhecidos por sua consistência defensiva, a seleção também se segurava bem lá atrás, chegando a vencer um bonito rali, muito aplaudido (19/11). Uma boa sequência de saques de Ngapeth fazia a diferença diminuir (21/17). Até Lucarelli acabar com a festa. Bernardinho promovia a inversão. Rapha e Vissotto entravam nos lugares de Bruninho e Wallace, respectivamente. O set estava no bolso: 25/18.
A França começava a segunda parcial na frente (3/1). Kevin Tillie chamava o jogo (10/6). O bloqueio já não funcionava tão bem, e Le Roux aproveitava para fazer seu time se distanciar ainda mais (13/7). Bruninho chamava Lucarelli. Dava certo. Acionava Wallace. Chão de novo (14/10). Vissotto deixava o banco e contribuía com mais um bloqueio (14/11).
Os adversários se seguravam. O Brasil insistia. Murilo acreditava em todas as bolas e salvava uma com o pé. Vissotto subia e diminuía para dois pontos (17/15). Ngapeth tirava os franceses do aperto (20/16). Lipe fazia isso para o Brasil com dois aces seguidos. Após um ataque certeiro de Wallace, a seleção desperdiçava a chance do empate. Na segundo, Lucarelli não perdoava (22/22). O comandante dos Bleus se irritava. Mas era seu time que conseguia o set point pouco depois (24/23). Um ataque para fora de Wallace fazia Spodek comemorar. Tudo igual: 25/23.
No terceiro set, as ações ficavam equilibradas (8/8). A seleção perdia a chance da virada com um ataque de Lucarelli na rede. Num erro de Mory Sidibe, a vantagem veio (12/11). Lucão começava a aparecer mais. Sidão pegava Le Roux no bloqueio (17/15). Os rivais conseguiam o empate e logo em seguida exploravam a muralha brasileira para retomar o comando do placar. Vissotto igualava (18/18). As equipes trocavam erros. Vissotto fazia 21/20. Ngapeth respondia. Lucão também (22/21). Num saque de Lipe, a seleção parava o contra-ataque com um duplo bem montado e abrir 23/21. Em seguida, via Ngapeth atacar para fora, mas Wallace tocava na rede (23/22) como apontava o desafio pedido. Lucão deixava a equipe a um ponto do 2 a 1. Lucarelli tratava de encerrar o set: 25/23.
A França já dava pontos de graça no comecinho da quarta parcial. O Brasil ia no mesmo ritmo e ficava atrás no placar (7/4). Wallace, Sidão e Bruninho diminuíam o prejuízo (8/7). O empate chegaria com Wallace. Numa falha francesa, os tricampeões comemoravam o 12/11. Até o serviço dos adversários voltar a dar trabalho. A frente subia para 14/12 e se mantinha na casa dos dois pontos. A seleção ia buscar para desespero dos comandados de Laurent Tillie (16/15). Bola para Ngapeth. Empate. O serviço de Le Goff fazia a França respirar (19/17). A seleção cometia erros ofensivos na reta final, e o jogo seria decidido no tie-break: 25/22.
No set desempate, Bruninho & Cia. fugia dois pontos (5/3), mas os rivais reagiam. O Brasil tinha em Lucarelli e Wallace seus homens de segurança (9/7). Bernardinho não piscava. Só vibrou com o bloqueio simples de Lucarelli, que parava Sidibe. Logo depois, Vissotto dava sua contribuição na saída de rede por cima do bloqueio. A sorte estava do lado brasileiro. Os franceses atacavam para fora (13/8). Os dois pontos seguidos feitos pelos Bleus soaram como uma alerto. Bernardinho parava o jogo. Na retomada, Sidão fazia o match point. Sidibe salvava. Vissotto desperdiçava um ataque. Nova parada. Na volta, o oposto não perdoou: 15/12.