BAVI não têm vida fácil no Brasileirão e desperdiçam as oportunidades dentro e fora de casa
ZÉDEJESUSBARRÊTO , Salvador |
17/08/2014 às 19:55
Vitória 0x0 Chapecoense
Foto: ECV
Vitória não ganhou em casa e o Bahia não perdeu fora. E daí ? Os dois continuam patinando na tabela de classificação, ali na pirambeira, a zona do rebaixamento.
No Barradão, contra o fraco Chapecoense, vimos um joguinho chinfrim no fim de tarde do domingo, nenhum gol, pouca emoção e vaias do torcedor no final, com pedidos de saída do treinador Jorginho. Cadê aquele rubronegro que goleava e incendiava a ‘Toca do Leão’ ?
O Bahia, de treinador novo (Gilson Kleina), até que fez um bom jogo contra o Corínthians, mas o time precisa deslanchar, já, e ganhar jogos, somar pontos ou ... vai ficando pelas rabeiras, caindo pra segundona.
Pobre, mambembe futebol de baiano de tantos gramados de primeira e bolinha de segunda.
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Barradão zangado
O torcedor rubronegro saiu indignado do Barradão porque acreditava que era a partida apropriada para somar pontos: jogo dentro de casa, contratações feitas a granel, a ‘chapecó’ uma adversária sem apelo, sem um grande elenco, ‘vamos atropelar!’... Qual nada. Foi um joguinho murrinha. A equipe com uma nova dupla de zaga (Kadu e Roger), um meio campo desentrosado (a cada jogo uma nova escalação), de marcação frouxa, saída de bola lenta e um ataque inoperante.
A partida começou com o time da casa apertando, mais ofensivo, com mais apetite, mas com pouca criatividade. Aos 20 minutos Dinei chegou a balançar as redes, de cabeça, mas estava impedido, segundo o bandeira. A Chapecoense perigava nos contragolpes, apostando no erro do adversário. Aos 23’ o Vitória errou feio numa saída de bola e o time catarinense quase marcou. Aos 32, Camilo entrou costurando pelo meio da zaga baiana e Wilson salvou. Aos 36’ Airton cruzou rasteiro, a zaga sulista furou e Cáceres perdeu o gol.
Na segunda etapa a chuva caiu, esfriou. O paraguaio Beltran entrou no lugar de Dinei (machucado), o jogo ficou equilibrado, a marcação prevaleceu de um lado e do outro e pouca inspiração dos atacantes. A melhor chance foi de Caio, aos 26 minutos, varando pela direita e chutando forte mas nas redes pelo lado de fora.
Enfim, um jogo pro zero a zero. Vaias merecidas para o time que ainda não encaixou, não achou uma forma mais objetiva de jogar. Há um desentrosamento total, com tantas mudanças e entradas de jogadores recém-contratados. Haja paciência.
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Cáceres, Adriano e o zagueiro estreante Roger foram os que mais apareceram pelo lado rubronegro.
Na Chapecó, Abuda e Camilo chamaram a atenção, muito participativos.
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O descontentamento da torcida com o treinador Jorginho já repercute na diretoria do Vitória, que se reuniu após o jogo, ainda no Barradão. Discutiam a mudança de treinador? A saída agora de Jorginho seria uma ‘solucionática’ ou mais uma problemática ?
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No meio da semana o rubronegro baiano vai ao Paraná enfrentar o Coritiba, equipe perigosa porque está na zona, entre os últimos, e vai jogar tudo dentro de casa. Cuidado com o veterano Alex.
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Empate no frio
Na noite fria e chuvosa paulistana, mais de 31 mil pessoas viram, no Itaquerão, o Bahia arrancar um bom empate (1 x 1) contra o Corínthians, atuando bem, encarando os donos da casa de igual para igual, o jogo inteiro, sob o comando duplo de treinadores: o invicto Charles Fabian e o que chega para comandar a equipe, Gilson Kleina.
Depois de uma óbvia e falsa pressão corintiana, muitas faltas de lado e lado e uma arbitragem gaucha nervosa, foi o tricolor que abriu o marcador, aos 35’, numa bela cabeçada de Kieza após cobrança de falta, em bola bem alçada sobre a grande área pelo argentino Emanuel Bianchucci – 1 x 0. Ainda na primeira, após um belo cruzamento de linha de fundo, pela direita, do peruano Guerrero, o zagueirão Gil entrou em velocidade fechando pela esquerda e testou forte, atropelando o zagueirão Titi e jogando ele e bola para as redes, com Lomba de joelhos, espiando: 1 x 1. Placar adequado, pelo que vimos no gramado.
Na segunda etapa os paulistas tiveram mais a bola, jogaram mais no campo adversário tentando o gol em cruzamentos altos, mas a defensiva tricolor e o goleirão Lomba estavam numa noite feliz. O tricolor arriscava em contragolpes e quase marca com Barbio, aos 18’, exigindo boa defesa de Cassio, no rodapé. Os corintianos tiveram boa chance aos 25’, numa cabeçada que Léo Gago salvou em cima de linha ; e , aos 46’, numa finalização de Luciano que Lomba espalmou. Já nos acréscimos, Branquinho arrancou com a bola e, já dentro da área, foi bloqueado e derrubado pelo zagueiro Cleber, mas o árbitro fez que não viu a penalidade.
Afinal, um empate justo, as defesas prevaleceram.
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No tricolor, destaque para Lomba, para o garoto Railan (cada dia melhor, amadurecendo rápido) e a dupla de zaga Démerson e Titi; o lateral Raul não comprometeu, Rafael Miranda correu muito, Gago roubou e passou bem mas errou todos os chutes que tentou ao gol adversário. Emanuel Bianchucci foi o melhor no meio campo enquanto teve pernas. Na frente, Kieza incomodou a zaga rival e fez seu gol; Bárbio entrou no lugar de Máxi e mostrou mais vontade, objetividade.
Pelo time paulistano, a duríssima zaga de Gil e Cleber (como batem !, Ralf e Elias (como pegam!) incansáveis; e Guerrero, disparado, o melhor da equipe em campo( como dá trabalho esse peruano!).
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Na sequência, pela tabela, o Bahia recebe o Criciuma na Fonte Nova, quarta-feira à noite. É jogo para fazer três pontos, sem desculpas.
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Romagnoli
Já nesta segunda, chega o meia argentino Romagnoli, camisa 10 do San Lorenzo d’Almagro, o time do Papa Francisco, atual campeão da Libertadores. O craque vem acertar sua vida com o tricolor baiano, com quem tem um chamado ‘contrato de gaveta’ já firmado, com dinheiro adiantado, multa contratual e os cambau.
Os argentinos dizem que tanto o atleta como o San Lorenzo querem que ele fique por lá, onde é ídolo, e dispute o título mundial com a equipe, em dezembro. O treinado Kleina aprova a contratação, a torcida o quer com a camisa do tricolor baiano, não há empecilhos jurídicos na CBF para sua contratação e regularização, e agora tudo só depende de papo, acordos e vontades da diretoria e do jogador.
Pelo que vimos na tevê, nos jogos da Libertadores, a contratação do ‘gringo’ é um ganho sem conta para o Bahia em termos de qualificação de seu futebol jogado em campo; o ‘gringo’ é canhoto, clássico, tem ótima técnica e mostra-se um líder e referência com a bola rolando. É um armador dos bons, um pensador e não um velocista; pede, toca, vira, bate e lança bem, não é um condutor de bola. Enfim, tem características diferentes dos meias que hoje estão no elenco. Pode encaixar bem na equipe e será muito bem vindo.
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“Assim como o gol é o objetivo final, o drible é a representação da habilidade, da astúcia e da improvisação, e o passe simboliza a técnica e o jogo coletivo”
Escrito de Tostão, sobre ‘a descoberta do óbvio’, a de que os jogadores brasileiros erram muitos passes - por afobação, falta de técnica e escolha errada na hora de fazê-lo.