Eusébio tinha problemas de saúde desde 2011
Terra , Lisboa |
05/01/2014 às 11:44
Eusébio, o "pantera negra" da seleção de Portugal
Foto: AFP
Considerado um dos maiores jogadores de futebol de todos os tempos, a carreira do atacante português Eusébio foi marcada por títulos e prêmios individuais. Apelidado como “Pantera Negra”, o ex-atleta, que ficou conhecido pelo poder de finalização, marcou 733 gols em 745 jogos e se tornou um dos maiores atletas da história de Portugal.
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Filho de pai angolano e mãe moçambicana, Eusébio Ferreira da Silva nasceu no dia 25 de janeiro de 1942, no bairro de Mafalala, em Moçambique. Sua infância foi marcada desde o início pelo esporte, quando costumava faltar às aulas para jogar futebol.
Talentoso desde pequeno, Eusébio começou a carreira em 1958, no Sporting Lourenço Marques, clube localizado em Moçambique e filial do famoso Sporting Clube de Portugal. O sucesso quase instantâneo fez com que o ex-atacante se destacasse e despertasse o interesse de diversos clubes.
"Quase" são-paulino
Em 1960, o ex-jogador quase atuou no futebol brasileiro, quando foi indicado ao São Paulo. No entanto, o clube paulista preferiu não investir na contratação. No mesmo ano, após uma longa queda de braço com o Sporting, Eusébio se mudou para Portugal e fechou com o Benfica, clube com o qual se consagraria um dos maiores atletas do futebol mundial.
Logo em sua primeira partida, Eusébio conquistou a torcida ao marcar três dos quatro gols da vitória do clube português contra o Atlético. Um ano depois, ele se tornou mundialmente conhecido ao marcar dois gols no triunfo sobre o poderoso Real Madrid na partida que deu ao Benfica o título europeu.
Ídolo do Benfica
Ainda em 62, o craque de Portugal enfrentou o Santos de Pelé no Mundial de Clubes e foi derrotado. Com a equipe, o ex-atacante chegou a mais três decisões europeias – a última em 1968, quando o time foi batido na prorrogação pelo Manchester United.
Já consagrado e considerado o melhor jogador do mundo ao ter recebido a Bola de Ouro, Eusébio viveu o auge de sua carreira internacional em 1966, quando liderou a seleção portuguesa até as semifinais da Copa do Mundo, eliminando o Brasil durante a campanha e caindo apenas diante da anfitriã Inglaterra. Com a seleção, o ex-atacante fez 64 jogos e anotou 41 gols.
Além das grandes atuações, ele também se tornou artilheiro da competição mundial com nove gols. Dois anos mais tarde, o “Pantera Negra” se tornaria o primeiro jogador a receber a Chuteira de Ouro, após marcar 43 gols na temporada 1968. A relação do ex-jogador com o Benfica durou até 1975.
Após 11 títulos nacionais e cinco Taças de Portugal, Eusébio deixou de vestir a camisa vermelha. Ainda teve passagens por clubes como Boston Minutemen, Toronto Metros-Croatia e Las Vegas Quicksilvers, mas nunca mais conseguiu o mesmo sucesso como atleta. Após atuar no Buffalo Stallions na temporada 1979/80, o craque português deixou os gramados.
Fim de carreira
Em novembro de 2011, O ex-atacante esteve no Brasil para participar de um evento esportivo e acusou Pelé de abusar da violência na vitória de Portugal sobre a Seleção Brasileira na Copa do Mundo de 1966. Além disso, Eusébio “desdenhou” do ex-camisa 10 do Santos e apontou Garrincha como o melhor jogador brasileiro de todos os tempos.
As atuações dentro de fizeram com que Eusébio se tornasse um dos atletas mais reconhecidos pela Fifa depois de encerrar a carreira e chegou a ser eleito o nono maior jogador do século 20 pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol. Atualmente, o Estádio da Luz, casa do Benfica, possui uma estátua do craque português no portão de entrada.