Pituaçu, com seu bosque à vista, ventos de mar e movido a energia solar, beleza de sustentabilidade. Agora com seu ‘passarelão’, quase inútil, sobre a Pararela, sem jogos ou eventos. Um parque sem serventia.
ZédeJesusBarrêto , Salvador |
01/09/2013 às 19:25
Nei Franco é apontado como o provável novo técnico do Vitória
Foto: DIV
Não foi um fim de semana de bons fluidos para os torcedores da dupla Ba Vi.
No sábado, o Bahia foi acometido de um apagão inexplicável e terminou fulminado pela Portuguêsa, a Lusa do Canindé pelo placar de 4 x 2 , sofrendo três gols nos primeiros seis minutos de jogo. No domingo, o Barradão até recebendo um bom público, o Leão (Vitória) levou um gude preso ( 1 x 0 ) do Tigre (Criciuma), perdendo a invencibilidade em seus domínios, e logo para um dos últimos colocados na tabela de classificação.
A derrota resultou na demissão do treinador Caio Jr, que se despediu já nos vestiários, finalizado o jogo. Domingo à noite, o nome mais cotado para substituí-lo é o de Ney Franco, ex-São Paulo.
Com os resultados (antes do jogo Cruzeiro x Vasco, o último da rodada), o tricolor está na 8 ª colocação, com 23 pontos ganhos e o rival rubronegro está no 10 º, com 22 pontos.
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No meio da semana, o Bahia enfrenta o Cruzeiro de Belo Horizonte, líder da competição, na quarta-feira à noite (21h50m), plena Fonte Nova. Jogo difícil, o time mineiro tem uma bela equipe e v em atuado bem fora e dentro de casa.
No mesmo dia, no Maracanã (Rio de Janeiro), o Vitória enfrenta o Flamengo, clássico de rubronegros. O time carioca sob pressão, com obrigação de vencer, pois levou uma balaiada do Corínthians (4 x 0) nesse domingo, e está paquerando a zona de rebaixamento. Jogo dificílimo para o rubronegro baiano. O flamengo cresce muito no Maracanã, diante de sua torcida inflamada.
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O jogo no Barradão
Não foi um bom primeiro tempo. A torcida não gostou, pegou no pé de alguns jogadores (como Elizeu, Luis Alberto...) e vaiou a equipe no intervalo, quando o placar já estava definido. Muitos chutões, saídas de bola erradas em sequência, passes equivocados, falta de imaginação, pouca objetividade de um lado e, do outro, um Criciuma forte na marcação, fechadinho, jogando nos contragolpes e esperando o erro defensivo do time da casa, nervoso, pressionado pelo torcedor impaciente, naa arquibancadas.
O gol saiu aos 14 minutos, de pênalti, uma falta cometida pelo zagueiro Vitor Ramos puxando o atacante Marcel pela camisa. O mesmo Marcel bateu forte e fez.
Na segunda etapa o Vitória foi todo pra cima, com quatro atacantes (Maxi, Dinei, Alemão e Vander), cercou, tentou com bolas altas, perdeu gols, teve um balaço de Marquinhos na trave, finalizou muitas vezes, nem sempre com competência. Não foi criativo e também não contou com a sorte enquanto o Criciúma defendia-se heroicamente, só arriscando na boa. A torcida apoiou até o árbitro apitar o final, já sob uma chuvarada daquelas de lavar corpos e mágoas.
O fato é que o 1 x 0 não foi engolido pela diretoria rubronegra que, parece, já estava com o treinador Caio Jr engasgado.
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No rubronegro, as estréias do veterano lateral Juan e do atacante Alemão não acrescentaram muita coisa. O fato é que o time que foi campeão baiano, agora muito mexido, não encontra o mesmo futebol. O veloz lateral Nino Paraíba faz falta, sua ausência pela direita prejudica o futebol de Maxi Bianchucci. Fabrício não é confiável, não casou-se ainda com Vitor Ramos no miolo da zaga. O meio campo sem Escudero, Caja e Michel não vem rendendo; Vander é um jogador de altos e baixos e Dinei caiu muito de produção. Com as mudanças a equipe perdeu o tom, parece um time de pelada, um bando desordenado atrás da bola.
No Criciuma, elogio à bravura e pelo esquema fechado de marcação, que anulou e resistiu às investidas do rubronegro. O goleiro Galato, o lateral Toni, o zagueiro Matheus, Lins, Marcel foram os melhores.
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Doping
Não dá para entender o que aconteceu com o meia argentino Escudero, apanhado no antidoping pelo uso de substância corticóide, presente, segundo os médicos, numa medicação indicada para o tratamento de uma sinusite. Um grande vacilo do departamento médico que autorizou o uso do remédio e liberou o atleta para o jogo contra o São Paulo, o mês passado. O jogador estava injuriado, até porque, na dúvida, ele teria mostrado a receita para os médicos do clube.
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O apagão tricolor
Sábado, no Canindé, um Bahia sonâmbulo levou uma balaiada, de rolha, 4 x 2, perante a Portuguêsa, a Lusa, inspirada.
Enquanto os atletas tricolores tiravam a remela dos olhos, a Portuguêsa fez três gols em seis minutos, logo no começo, sem deixar sequer que alguns jogadores tocassem na bola, como o goleiro Lomba, o marcador Rafael e os atacantes Marquinhos e Fernandão. Esses, quando foram sentir o peso da bola o placar já estava em três a zero, a Lusa mordendo, jogando ‘final de copa’ e o Bahia como se dormitasse na rede após uma feijoada regada a caipirinha. Inacreditável e inaceitável também.
O primeiro, no 1º minuto, saiu de uma cobrança de escanteio, todo mundo apreciando o zagueirão Moisés subir sozinho, no meio da pequena área e testar forte, à vontade. O segundo, após uma saída de bola errada, o atacante Gilberto recebeu nas costas de Madson e Lucas Fonseca, pelo lado esquerdo; Titi foi na cobertura, levou um drible e calçou o atacante, fazendo pênalti que o mesmo Gilberto bateu forte e fez 2 x 0, aos 3 minutos. A defesa e o meio campo tricolor entregavam a bola ao adversário, o ataque apreciava à distância e só a Lusa jogava. Mais uma trama em cima da duplinha Madson e Lucas Fonseca, a bola foi cruzada forte da linha de fundo e Gilberto, esperto, escorou: 3 x 0.
O Bahia continuou perdido, errando em saídas de bola até pelas mãos de Lomba. A Lusa, já que não tinha adversário, tentava fazer mais, exigindo boas defesas do goleiro tricolor. Ganhavam as divididas, o meio campo, os rebotes, o corpo a corpo, as bolas altas, tudo. O Bahia só errava, a bola queimando nos pés, num descontrole geral.
Somente aos 35 minutos o Bahia fez seu primeiro chute no gol adversário, num lançamento longo de Helder que Fernandão entrou livre, de cara, colocou mas a pelota saiu raspando o pé da trave. Aos 39’ Madson bateu forte de fora, por cima, e aos 45 tentou outro chute travado do lateral que bateu no travessão e se ofereceu a Wálisson, mas o atacante, distraído, perdeu a chance de golear. Foi só e graças a Deus apenas 3 x 0.
Na segunda etapa o time baiano voltou mais aceso, marcando mais adiantado, forçando as jogadas de área, buscando diminuir. Aos 10’, o árbitro viu uma mão na bola do zagueiro paulista e marcou a penalidade que Fernandão bateu e diminuiu 3 x 1. Poderia ter sido o começo de uma boa reação, não fosse outro cochilo da zaga, numa falta alçada na área para o cabeceio, livre, do atacante Bergson, fazendo 4 x 1, uma ducha fria. Wálisson com um belíssimo chute de longe fez 4 x 2, aos 27’. Aos 29’ Fernandão, de cara, perdeu uma chance incrível de encostar no placar. A lusa mais se defendeu e garantiu a vitória na segunda etapa.
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Não deu para entender a escalação do apoiador Rafael Miranda, que sentiu o músculo da perna aos 4 minutos, sem quase pegar na bola, quando já estava 2 x 0. Ele passou a semana sem treinar, acusando dores, mas como e por quê, por quem foi escalado ? Comprometeu, prejudicou a equipe, de seu lado a Lusa pressionou no começou e faz gols. Entrou em seu lugar Diones, que pouco acrescentou.
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Por volta dos 20 minutos, Cristóvão, já indignado e sem entender o que estava acontecendo em campo, tirou o meia Marquinhos, que quase não viu a bola, e colocou Bárbio, para recompor a saída, o contragolpe tricolor. Um saiu injuriado, o outro entrou, correu muito e pouco produziu.
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Impressionante a péssima partida do zagueiro Lucas Fonseca, que sempre se destaca pela segurança. Errou tudo, rebatidas, passes, botes, posicionamento... que houve? Fez seu pior jogo com a camisa tricolor. Madson, Fahel, Hélder também estiveram bem abaixo da média.
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A Lusa mereceu o triunfo porque surpreendeu taticamente, jogando como uma avalanche nos 10 primeiros minutos, pressionando a saída de bola tricolor, matando as jogadas quando perdia a bola e se impondo na vontade, fisicamente. Uma lição.
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Recadinhos
O Bahia, bem machucado com a porrada da Lusa, vai receber o líder Cruzeiro na quarta à noite ( 21h50m), na Fonte Nova. Tem de entrar ligado e jogar sério, sem erros, porque o time do Cruzeiro tem um ótimo conjunto, vem jogando bem, arrumado e não é à toa que é líder. Joga bem no Mineirão, onde está invicto, e também fora de casa.
Uns recadinhos pro Cristóvão: a)- está na hora de dar uma chance a Ângulo, diante do torcedor, e deixar o Madson um pouquinho de molho, treinando cruzamento.
b) - Passou da hora de por Feijão como titular, que seja no lugar de Fahel que está lento, sem saída de bola, sem imaginação, atuando mais como um terceiro zagueiro.
c) - Pelo que jogou na segunda partida contra a Lusa, na Fonte Nova, Fabrício merece uma chance no meio campo, no lugar de Rafael. É lépido, marca e arrisca chutes no gol adversário.
No mais, Fernandão bem que está merecendo um banho de sal grosso com arruda.
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Talisca X Pogba
Vi pela TV o jogo da Juventus de Turim e fiquei apreciando o belo futebol do afro-francês Pogba, de 19 anos, alto, magro, canhoto... e imaginei o Talisca (que se parece um pouco, tem a mesma idade inclusive) se espelhando nele, observando o jeito de jogar, a objetividade do negão. A diferença é que Pogba joga ao lado de Pirlo, enquato o nosso Talisca tem como companhia Fahel, Diones... pouca diferença ?
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Muito estádio e pouca bola
Três estádios. Vazios.
Pituaçu, com seu bosque à vista, ventos de mar e movido a energia solar, beleza de sustentabilidade. Agora com seu ‘passarelão’, quase inútil, sobre a Pararela, sem jogos ou eventos. Um parque sem serventia.
O Barradão, orgulho rubronegro, de difícil acesso, muito arriscado às noites, um desafio pro torcedor mais fanático, abrigando um público mais do que discreto nesse ‘brasileirão’.
E tem ainda a tal Arena nome de cerveja Fonte Nova, gananciosa obra, estrutura sem alma, tão de repente distante pelas dificuldades de se estacionar, entrar, circular à vontade.
No mais, a violência dentro e fora, os grupelhos uniformizados espalhando terror, e os horários mais voltados para a transmissão das tevês e lixando-se para o torcedor das arquibancadas; e o prejuizo no bolso com o preço da entrada, estacionamentos, a merenda...
A gente se pergunta: vale a pena com a bolinha jogada em campo?
Melhor ficar em casa, espraiado no sofá defronte da tevê, ou num barzinho diante do telão, cerveja mais barata e de melhor qualidade, resenha farta e com direito a replay. É outra realidade, pai, tempos modernos, padrão Fifa.