Esporte

ATLÉTICO Mineiro se isola em hotel de Assunção temendo fogos artifício

A disputa da Libertadores começa na quarta-feira, 17
Globo , Paraguai | 16/07/2013 às 10:54
Embarque do "Galo" em BH
Foto: G1
O Atlético-MG chegou ao hotel em que ficará hospedado para a disputa da primeira final da Libertadores por volta das 23h45m, horário de Brasília. No local, poucos torcedores esperaram atrás de grades colocadas pela segurança, uma exigência do clube. O Galo tomou precauções para não ser importunado por torcedores do Olimpia até quarta-feira, data da partida.

Segundo o gerente do hotel, haverá policiais num raio de 300 metros para impedir que paraguaios soltem fogos ou façam barulho para perturbar o sossego dos atleticanos. Na chegada, a diretoria também pediu que nenhum jornalista ficasse no saguão enquanto os jogadores descessem do ônibus.

Os torcedores que viajaram sem ingresso garantido aproveitaram para tentar derreter o coração do presidente Alexandre Kalil. Primeiro, o dirigente surgiu debaixo de gritos de “ídolo”. Depois, ouviu apelos em tons de vozes de sofrimento.

- E meu ingresso, Kalil, o que é que eu faço?

- Eu não tenho ingresso, gente. Se eu tivesse, jogava pra vocês - respondeu com seu sotaque tipicamente mineiro.

O Atlético recebeu uma carga de 1.685 bilhetes para a partida no Defensores del Chaco. Nela, já estavam incluídos os lugares de convidados, patrocinadores e afins. Uma moça também relatou sua situação a outros membros do clube, mas não teve sucesso.
- A gente veio do Brasil, e não tem ingresso - disse a mulher, que ouviu como resposta:
- Espero, de coração, que você resolva esse problema.

No aeroporto, os jogadores pegaram o ônibus ainda na pista e nem sequer foram vistos de longe. Não havia torcedores, mas alguns curiosos que esperavam por Ronaldinho Gaúcho se frustraram. O craque foi um dos mais assediados no curto percurso entre o veículo e a porta do hotel. Assim como os outros, apenas acenou de longe.