Esporte

Pirata Barcos vira símbolo da campanha do Palmeiras para não cair

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Sergio Gandolphi , de SP | 22/10/2012 às 11:17
Argentino Harmán Barcos
Foto: FP

No começo do ano, quando a diretoria do Palmeiras confirmou que estava interessada em um atacante argentino da LDU, do Equador, muitos torcedores tiveram de pesquisar para saber quem era Hernán Barcos, artilheiro da Copa Sul-Americana-2011. Dez meses depois, este nome não só se tornou uma unanimidade, como o gesto para imitar um Pirata, seu apelido, é mania nas arquibancadas alviverdes.

Não há jogador no atual elenco do Palmeiras tão candidato a se tornar ídolo no clube como o argentino de 28 anos. Aos poucos, Barcos está conquistando os palmeirenses com gols - já fez 25 em 2012 - e com atitudes fora de campo que enchem a torcida de orgulho. Mesmo com o time em péssima fase (está em 18º lugar no Campeonato Brasileiro, correndo sério risco de ser rebaixado), o argentino surge como esperança de salvação. No último sábado, contra o Cruzeiro, em Araraquara, marcou duas vezes e manteve a equipe respirando. Assista aos gols no vídeo acima.

Ao longo da temporada, Barcos marcou golaços contra o São Paulo (no Paulistão). Deixou sua marca também no Grêmio, no estádio Olímpico, na semifinal da Copa do Brasil, e fez o torcedor lembrar dos grandes atacantes que o clube já teve em outras décadas.

Fora de campo, Barcos tem atitudes que empolgam a torcida. Quando desembarcou em São Paulo, ele optou por defender o Palmeiras em um momento que muitos atletas haviam dito "não" para o clube. Trocou sua vaga consolidada na LDU para trabalhar num time que havia terminado 2011 em uma situação ruim. Esforço que acabou recompensado: graças aos gols que tem feito, o atacante, de 28 anos, passou a ser convocado para a seleção argentina.

Nem mesmo uma cirurgia para retirada de apêndice no dia da final da Copa do Brasil impediu que ele tentasse até o último minuto entrar em campo contra o Coritiba. Na semana passada, por conta de compromissos com a seleção de seus país, ele rodou milhares de quilômetros pela América do Sul, perdeu voo, esperou no aeroporto e chegou em cima da hora a Salvador, escoltado pela polícia, para conseguir entrar em campo contra o Bahia, em Pituaçu. Jogou bem e deu a assistência para o gol de Betinho, que garantiu o triunfo por 1 a 0.

- Estou com muita vontade de jogar e ajudar esse grupo que está em situação muito ruim. Precisamos de todo mundo e não tenho dúvida de que vamos sair (das últimas posições) - afirma.