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"Ferro velho" e "ferro novo" no baba do Brasil 6x0 contra o Iraque
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Salve a criançada! Criança gosta de bola.
Pois a bola da seleção brasileira de futebol treinada por Mano Menezes inflou na tarde de quarta-feira, na fria Suécia : Brasil 6 x 0 Iraque. Dois gols do meia Oscar no primeiro tempo, concluindo boas tramas de Kaká e Neymar; logo no começo da segunda etapa, Kaká fez um golaço ao seu estilo, como nos bons tempos; Hulk deixou o dele de canhota em jogada individual, Neymar colocando enviesado fez 5 x 0 e Lucas (que entrou em lugar de Kaká) fechou em meia dúzia batendo forte da entrada da área. Bucha de sena!
Bem, convenhamos, foi jogo de só um time, espécie de treino, ataque-defesa, tal a diferença técnica, individual e coletiva, das duas equipes. Para os iraqueanos, treinados pelo brasileiro Zico, foi uma especial oportunidade de aprendizagem. Do lado brasileiro, qualquer babinha internacional é bom pra juntar, forjar um grupo. A copa vem aí.
A boa novidade dessa vez foi a volta de Kaká, que estava de fora do escrete desde a copa da África, em 2010. À vontade, enxuto, leve, tocando bem, movimentando-se, encaixando-se com o garoto Oscar que se firma a cada jogo como um titular absoluto.
Aliás, o melhor do que vi (pela TV, óbvio) nesse jogo foram as duplas em campo, essenciais. Na zaga, Tiago e David Luis, boa parelha mas carecem de mais jogos juntos, mais entrosamento. No meio campo, a dupla Paulinho e Ramirez deu gosto de ver, correndo, cercando, puxando contragolpes, atacando... gostaria de vê-los juntos, assim, contra seleções mais fortes, tipo Argentina, México, Alemanha ... Kaká e Oscar tabelando, trocando de posição, são dois estilos diferentes. Kaká conduz mais, Oscar toca, recebe e finaliza mais.
A dupla que falta definir é a da frente, a dos atacantes de área: é Neymar e quem ? Hulk não casa, é só explosão, o chute de canhota e ... não é jogador de toque, de recursos, mas dve ser um bom reserva para entrar em algum jogo intrincado em que precisemos de mais força física. Imagino com a camisa 9 o Luis Fabiano ( ora, machuca-se muito) ou Leandro Damião (pô, não tem dado muita sorte na seleção), ou Pato (será que volta a jogar?) ... O por que não Neymar e Lucas na frente, sem posição fixa, tocando trocando em velocidade, bons finalizadores que são ? Basta Neymar meter na cabecinha (lá dele) que é necessário jogar mais coletivamente, parar de vez em campo com as gracinhas midiáticas, começar a ‘jogar sério', como se diz. E ainda não temos um goleiro titular de alta qualidade definido, tampouco um lateral direito.
Na terça-feira, 9hs da manhã, horário de Brasília, ainda em gramados da Europa, Brasil x Japão : mais uma babinha pra o Mano Menezes ir armando seu circo. Bom pra ele, que de goleada em goleada (Iraque, China ...) vai se garantindo no cargo. A gente torce para que o time ‘dê liga', encaixe, volte a empolgar o torcedor brasileiro. A copa de 2014 vai ser pelaqui !
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Ba Vi em Curitiba
No plano doméstico, futebol baiano, a dupla Ba-Vi se apresenta, no fim de semana, em Curitiba/Paraná, com motivações distintas.
O rubronegro, líder absoluto e isolado da Série B, já com passaporte na mão ( pra ser carimbado) para a Série A/2013, enfrenta o Paraná no sábado à tarde. O time quer mais do que a classificação quase garantida: sonha ser Campeão da Segundona, o que seria o primeiro título de nível nacional da história do clube, e isso tem um significado maior para o torcedor do Vitória.
Então, nada de se acomodar, jogar atrás, esperar o adversário: tem de atuar como time grande, impondo-se feito um possível campeão, atacando, goleando, mesmo fora de casa. Até porque o Criciuma está na cola, a dois pontos, esperando o tropeço dos baianos para ultrapassá-los na tabela de pontuação. É bom jogo.
Entendo que é preciso por em campo Pedro Kem, Marquinhos e Tartá ... eles têm que atuar juntos, com um homem de área à frente (quem dera o Neto Baiano ? ) e Uéliton e Michel protegendo a defesa, que vez em quando dá mole. Os laterais aparecendo sempre como opção de jogo, abertos.
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Jogo de seis pontos
No domingo, no alçapão do ‘Coxa', o tricolor enfrenta o Coritiba, numa partida que ganha muita importância porque os dois clubes ocupam a mesma faixa na tabela de classificação: ainda próximos da assombração da zona de rebaixamento. O Coritiba não costuma perder em seus domínios, a pressão da torcida lá é grande, mas ... O Bahia vem de uma derrota em casa para o líder Fluminense, na quarta à noite, que lhe quebrou uma série de jogos invictos. Nada de quebrar a espinha, agora.
Não que o tricolor baiano tivesse jogado mal contra o Flu do Rio, muito pelo contrário. Teve o domínio do jogo, trabalhou mais a bola, ganhou o meio campo, marcou melhor e criou muito mais oportunidades que o adversário : meteu duas bolas na trave, marcou um gol legal que foi erradamente anulado pela arbitragem quando o jogo estava zerado e fez o goleiro Cavalieri operar umas quatro grandes defesas; enquanto Lomba, o goleiro do Bahia, pouco apareceu. Mas de nada adiantou a tal ‘superioridade' em campo.
Porque o futebol exige mais do que aplicação, garra, habilidade, trabalho coletivo; o futebol exige também competência e uma boa dose de sorte, sempre. O Flu contou com seu goleiro em ótima fase, a boa marcação feita o campo inteiro, velocidade, contou com a trave, com o erro absurdo da arbitragem e, mais ainda, com o lampejo de talento do lateral Bruno que, numa roubada de bola rápida e num espaço curto, deu um chapéu em Jussandro, um drible da vaca em Titi e tocou por baixo das pernas de Lomba... quer mais ? Isso, quando o Bahia dominava o jogo, estava em cima, eram 30 minutos da segunda etapa.
O gol arrefeceu o fogo do time baiano, os cariocas se fecharam mais ainda, passaram a mascar malandramente o jogo, quebrando o ritmo e esperando mais um erro, aquele fatal, para matar o jogo: Sobis enfiou a bomba de canhota, aproveitando o rebote de uma bola mal cortada na grade área.
O certo é que, manha, competência ou sorte... é assim que o Fluminense tem chegado
Nas cabeças da Série A, líder e agora com 9 pontos de diferença do segundo colocado. Nem sempre joga melhor , mas vai vencendo. No final do jogo, os torcedores do tricolor carioca já cantavam : ‘ É Campeão!' Tá com pinta.
Quanto ao Bahia, viaja esfacelado para o Paraná. Vai desfalcado de sua zaga titular (Danny e Titi estão suspensos), do meia Gabriel (que foi o melhor do time no jogo contra O Flu, também suspenso ) e provavelmente sem Elias e Hélder (ambos sairam machucados na terça). Assim, a equipe de Jorginho vai ter de se superar para retomar o caminho dos triunfos e escapar cada vez mais da zona. Quem entrar em lugar dos titulares carrega o peso da ‘responsa', mas é também uma boa chance de mostrar serviço. Uma derrota tricolor já acende a luzinha amarela ! Xô segundona!