Esporte

URUGUAI É EXEMPLO DE RAÇA E DETERMINAÇÃO NO MELHOR FUTEBOL DA AMÉRICA

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| 24/07/2011 às 20:28
Seleção do Uruguai: a alegria dos campeões da América após o título
Foto: EFE
Quase 24 mil torcedores colorindo as arquibancadas de azul, vermelho e branco na tarde do domingo... Mas o Bahia não conseguiu ainda vencer em Pituaçu pela Série A do Brasileirão. Foram cinco jogos, uma derrota e quatro empates dentro de casa, diante de sua vibrante e já impaciente, agoniada torcida. Zero a zero contra o bom time do Coritiba, num jogo aberto, com chances reais de gol de um lado e de outro.

O Bahia começou bem , pressionando, empolgado com os gritos da arquibancada, explorando a velocidade do garoto Gabriel, que entrou de ala pela direita, com boas jogadas pelo meio de Carlos Alberto e de Ávine pela esquerda. Mas, aos poucos, o Coritiba foi ganhando o meio campo, ocupando melhor os espaços, tocando mais a bola, pressionando a saída de jogo do tricolor. Parecia que o time paranaense tinha mais atletas em campo, porque seus jogadores marcavam mais e erravam menos passes. As defesas prevaleceram, os goleiros trabalharam bem e o zero no placar foi justo na movimentada primeira etapa.

No segundo tempo o Coritiba voltou melhor ainda, sufocando a saída de bola, tendo o domínio das ações. O time tricolor errava cada vez mais passes na medida em que o tempo passava e a torcida se impacientava, cobrava, vaiava alguns jogadores.

O árbitro expulsou um atleta do time paranaense depois de uma entrada dura em Carlos Alberto, mas o Coritiba não se retraiu e continuou ganhando as divididas no meio campo, os rebotes defensivos e ofensivos. O treinador Renê Simões mexeu no time, colocou o estreante Reinaldo em lugar de Júnior (saiu vaiado pela galera), o outro estreante Fabinho entrou em lugar do apagado Lulinha e, mais tarde, o veterano Ricardinho em lugar de Marcone.

O jogo ficou aberto, perigoso, lá e cá. O tricolor meteu uma bola na trave, numa cabeçada, e perdeu algumas boas chances: a última, já aos 44 minutos, quando Ricardinho driblou dois defensores dentro da área e, de cara para o goleiro, faltou-lhe pernas, chutou fraco. Aos 35', o Coritiba também acertou a trave de Marcelo Lomba, numa cobrança de falta, de longe.

A torcida vaiou o time no final, queria o gol, mas o resultado terminou sendo justo e até bom para o Bahia pelo que produziram em campo as duas equipes. O time paranaense é uma equipe bem treinada, entrosada, que marca muito, tem uma defesa sólida e um meio campo envolvente. O Bahia não conseguiu jogar, não achou espaços, foi uma equipe nervosa, ansiosa, afoita, errou muitos passes e teve alguns jogadores rendendo abaixo do esperado.

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Destaques para o goleiro Lomba, o lépido Gabriel, a zaga de Tite e Paulo Miranda, o meiocampista Fahel e o meia Carlos Alberto, o mais lúcido do time.
No Coritiba, ótima atuação do goleiro Edson bastos e do zagueiro Pereira, que não perdeu uma. No meio campo, foram absolutos Leo Gago, Marcos Aurélio e Rafinha, donos da bola.

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O Bahia vai ao Rio de Janeiro enfrentar o Vasco da Gama na quinta-feira, em São Januário, com vários desfalques: o frente de zaga Fahel (punido com cartão amarelo), Jóbson (que foi expulso já no finalzinho do jogo) e Carlos Alberto por força de contrato (é atleta do Vasco, emprestado ao Bahia), Pode ficar também sem o zagueiro Paulo Miranda que teve uma luxação no braço.
O time está a dois pontos da zona de rebaixamento, periclitando.

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Outro fiasco
em Pituaço

Dois erros individuais defensivos e o Vitória saiu derrotado de Pituaçu, sábado à tarde, desgostando e muito a torcida que compareceu em bom número ao estádio (16 mil torcedores). Placar de 2 x 0 para a líder Portuguesa, a Lusa Paulista, um time maduro, entrosado e bem treinado por Jorginho, ex-craque/meia do Palmeiras. O rubro-negro de Geninho foi a campo mais uma vez com muitas mudanças na equipe, na zaga e meio campo, exatamente os setores por onde a Lusa passeou, achou espaço e construiu o placar.

Viu-se um jogo entre um time armado, bem arrumado em campo, jogando com inteligência à espera dos erros do adversário, contra um outro em formação ainda, com bons jogadores mas jogando à base de chutões e tentativas individuais. Venceu o coletivo.

A Portuguesa sempre teve mais presença e domínio da bola no meio campo, porque o Vitória atuava com três zagueiros (Gabriel, depois Leo Fortunato, o xerife Maurício e Rodrigo Mancha fazendo o líbero, a cobertura), apenas um marcador no meio campo (Zé Luis) e dois armadores que nunca atuaram juntos e não marcam (Geovane, depois Lúcio Flávio, estreante, e Geraldo, também estreante). A Lusa marcou sob pressão a saída de bola rubronegra, levando sempre perigo em jogadas de velocidade nos costados dos laterais (Nino e Fernandinho), que não tinham a necessária cobertura.

Mesmo assim, o Vitória teve chances de golear no primeiro tempo: aos 9' Neto Baiano testou uma bola na trave e aos 30' Marcelo bateu em diagonal, colocado e a bola chocou-se no rodapé da trave direita do goleiro visitante. Mas foi a Portuguesa que marcou, aos 25', após a cobrança de um escanteio: o zagueirão Leandro subiu só e testou, a bola bateu na trave e voltou para ele, sem marcação, empurrar para as redes de dentro da pequena área, com a defesa rubronegra assistindo.

Na segunda etapa a Lusa voltou fechadinha, explorando os contragolpes. O jogo ficou aberto e as duas equipes tiveram chance de marcar. Ao time rubronegro faltou competência, melhor articulação de jogadas. A Lusa suportou bem o sufoco e seus contragolpes levavam perigo. O centroavante Edno fechou o caixão rubronegro aos 40 minutos, após nova cobrança de escanteio: o zagueiro Maurício não conseguiu tirar a bola da área, vacilou e o esperto Edno roubou-lhe a bola, deu-lhe um drible e finalizou com a direita, calando as arquibancadas.

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No time vencedor, destaques para o atacante Edno: forte, veloz e inteligente; e mais os meias Marco Antonio, Henrique e Guilherme. No Vitória, destaque para a garra de Neto Baiano e a boa técnica individual dos estreantes Geraldo e Lucio Flávio. No banco, Jorginho deu um banho tático em Geninho.

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O próximo jogo do Vitória já é nessa terça-feira, contra o Náutico, em Recife, dentro do alçapão dos Aflitos, onde o ‘Timbu' pernambucano não costuma dar mole a visitante.
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O treinador Geninho caiu. O time deve ser dirigido em Recife pelo eteeeerno interino Ricardo Silva, já que a diretoria dispensou o treinador Geninho ( fez 11 jogos à frente do time) depois de uma reunião de conselheiros do clube realizada no domingo pela manhã. A maior parte da torcida, boa fatia da imprensa especializada e muitos dirigentes rubronegros já pediam a cabeça do treinador desde o meio da semana, em função das atuações pouco convincentes do time em campo, da falta de um esquema de jogo, das mudanças constantes que o ex-treinador vinha fazendo a cada jogo. Então ...

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Copa América

O Uruguai de Forlán, Suarez, Lugano, Álvaro Pereira, Gonzales e do goleirão Muslera foi o grande Campeão da Copa América 2011, derrotando na final, no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires, o time do Paraguai, por convincentes e indiscutíveis 3 x 0. O vice terminou sem vencer uma só partida no tempo regulamentar; sua retranca não foi suficiente para conter o talento e a determinação dos uruguaios, hoje e agora, o melhor, os campeões de futebol da América. E ponto final.

No dia que nós, brasileiros, jogarmos com a vontade, a raça, a determinação que os uruguaios demonstraram nos campos argentinos... poderemos, quem sabe, voltar a ser os melhores do continente. O Uruguai ganhou a Copa América, no meu entender, no dia em que despachou a Argentina de Messi e companhia, dentro da casa do adversário e com um atleta a menos em campo, ganhando todas as divididas, atacando, ganhando os rebotes, brigando pela bola o campo inteiro... saíram daquele jogo como verdadeiros campeões.
Viva a Celeste Olímpica!

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E o Peru, quem diria, enfiou 4 x 1 na Venezuela (autêntico pangaré paraguaio) e ficou com o terceiro lugar, a medalha de bronze da Copa América 2011. Sempre torço um pouco pelo Peru, saudoso daquele timaço treinado pelo brasileiro Didi (final dos anos 1960/70) que tinha craques como Cubillas, Gallardo, Chumpitaz, Oblitas, Cuellar ... e dava gosto de ver jogar. Quanto à Venezuela, o ‘vino tinto' do caudilho Chavez, saiu da competição invicta, não venceu uma só. Pior só o Brasil das penalidades perdidas.

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Boca do povo
‘Sai pra lá aribú! Cruz credo, pé de pato, mangalô três vez!'
(Do torcedor do Baêa, espantando o azar e atribuindo a série de empates do time em Pituaçu ao fato de o rival rubronegro estar jogando por lá pela série B, enquanto reparam o gramado do Barradão)