Esporte

DIRIGENTE INGLÊS ACUSA RICARDO TEIXEIRA PEDIR PROPINA PELA COPA 2018

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| 10/05/2011 às 13:16
Ricardo Teixeira, presidente da CBF
Foto: Terra

O antigo presidente da Associação Inglesa de Futebol (FA), David Triesman, acusou membros do comitê executivo da Fifa - entre eles o presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ricardo Teixeira - de pedir propina em troca dos seus votos para a tentativa da Inglaterra de sediar a Copa do Mundo de 2018.

Além do presidente da CBF, Triesman também afirmou que Jack Warner, Worawi Makudi e Nicolás Leoz, que é presidente da Confederação Sul-Americana de Futebol, também pediram favores em troca de votos.


Triesman falou nesta terça-feira em uma comissão do Parlamento britânico que questiona quais as razões da Inglaterra ter falhado na sua tentativa de sediar o torneio em dezembro. A Rússia acabou sendo a sede escolhida.


Segundo Triesman, Teixeira lhe perguntou: "o que você pode fazer por mim?", enquanto Warner, de Trinidad e Tobago, pediu US$ 4,09 milhões para serem "canalizados" para uma escola. Já o o paraguaio Leoz pediu para ser laureado como um sir, e o tailandês Makudi queria o controle dos direitos de televisão de um possível amistoso entre Tailândia e Inglaterra.


"Eu vou levar as minhas evidências para a Fifa", disse Triesman. O presidente da entidade que comanda o futebol mundial, Joseph Blatter, respondeu aos comentários de Triesman de forma evasiva: "fiquei chocado, mas ninguém viu as evidências".

"Há novas informações sendo divulgadas. Nós dê tempo para digerir isso e começar a investigação pedindo que as evidências do que foi dito sejam entregues. Com isso, nós vamos reagir imediatamente contra aqueles que quebraram as regras do nosso código de ética", completou Blatter.

O suíço disse ainda que os membros do comitê executivo não foram eleitos pelo mesmo congresso que ele foi. "Eles chegam através de outras (confederações), então não posso dizer se são todos anjos ou demônios", afirmou.

O Terra entrou em contato com a assessoria de imprensa da CBF para responder às críticas feitas a Teixeira e foi orientada a telefonar para o gerente de comunicação da entidade, Rodrigo Paiva, que não atendeu as ligações.