Esporte

VETTEL VENCE PRÊMIO DO BRASIL E EMPURRA DECISÃO DA F1 PARA ABU DHABI

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| 07/11/2010 às 15:59
O alemão Sebastian Vettel vence GP de Interlagos, em São Paulo
Foto: EFE

Ficou para a terra dos sheiks. Único piloto que poderia festejar o título antecipado da Fórmula 1 em Interlagos, Fernando Alonso tratou de garantir um terceiro lugar incapaz de lhe dar o troféu neste domingo, mas conveniente o bastante para mantê-lo na liderança e empurrá-lo como favorito para a última prova do ano.

Alonso chegou a 231 pontos e viu sua vantagem para o segundo colocado, Mark Webber, cair de 11 para oito pontos. Para levantar sua terceira taça, o espanhol precisa apenas chegar em segundo em Abu Dhabi, na semana que vem. Em São Paulo, o espanhol da Ferrari foi superado pela dobradinha da RBR, com o alemão Sebastian Vettel em primeiro e o australiano Mark Webber em segundo, dando à equipe o título mundial de construtores. Os dois pilotos renovam suas esperanças, mas sabem que, para chegar ao topo nos Emirados Árabes, será necessário tirar de lá o bicampeão mundial.


Se Alonso cruzar em segundo em Abu Dhabi, não depende de nenhum outro resultado. Se for terceiro, quarto ou quinto, tem de torcer para Webber não vencer. Em sexto, precisa que o australiano não fique nas duas primeira posições e que Vettel não vença. A corrida em Abu Dhabi começa às 11h (de Brasília) do próximo domingo.

Vettel tomou a primeira posição de Nico Hulkenberg na largada e não olhou mais para trás.

Nas últimas voltas, com a entrada do safety car, a RBR teve a chance de fazer jogo de equipe e dar a vitória a Webber, que o deixaria a apenas um ponto de Alonso. Mas Vettel cruzou na frente e chegou aos 231 pontos, sete a menos que o companheiro de time e 15 atrás do espanhol.


Lewis Hamilton, da McLaren, chegou em quarto em São Paulo e ainda respira por aparelhos, de olho numa combinação improvável de resultados. Seu colega Jenson Button disse adeus à disputa ao cruzar em quinto, fechando um fim de semana para esquecer: foi apenas o 11º do grid de largada e ainda sofreu uma tentativa de assalto na noite de sábado. 

Os brasileiros tiveram um domingo muito ruim. Dentro de casa, o melhor foi Rubens Barrichello, da Williams, em 14º. No fim da corrida, ele roubou a posição de Felipe Massa, que caiu para 15º. O piloto da Ferrari teve problemas nos boxes em sua primeira parada. Bruno Senna, da Hispania, foi o antepenúltimo, em 21º. Lucas Di Grassi, da VRT, chegou a parar e descer do carro nos boxes, mas voltou e foi o último a cruzar, em 23º.

Alonso no pódio do GP BrasilAlonso festejou o terceiro lugar (Foto: EFE)

Fim do conto de fadas de Hulkenberg


Antes mesmo da largada, Alonso já foi brindado com vaias da torcida em Interlagos. Parecia claro que, entre os 72.631 torcedores nas arquibancadas, ninguém queria ver o espanhol festejando o título no quintal de Massa. E a secada até deu certo quando o sinal verde acendeu. O bicampeão caiu de terceiro para quinto.

Vettel pulou por dentro e deu um banho de realidade em Hulkenberg que também foi superado por Webber.

Em poucos segundos, o alemão da Williams viu o conto de fadas da pole cair por terra. Ainda segurou Alonso durante sete voltas, mas o espanhol, que já tinha ultrapassado Hamilton, deu o bote e assumiu a terceira posição. Estava formado o pelotão da frente, com Vettel, Webber, Alonso e Hamilton, resultado que empurrava a decisão para os Emirados.


Como se não bastasse a tentativa de assalto na noite de sábado, Button caiu de 11º para 13º na largada. O inglês foi o primeiro a antecipar a parada nos boxes, na 12ª volta, e colocou pneus duros para ir até o fim da prova. Massa, em 11º, fez o mesmo, mas deu azar. A Ferrari se atrapalhou no encaixe da roda dianteira direita, e o brasileiro, que já não vinha bem, foi obrigado a parar de novo logo em seguida. Chegou a cair para antepenúltimo, à frente apenas de Senna e Di Grassi.

Todo mundo antecipou a parada, e o sonho de Hulkenberg àquela altura já despencava para a décima posição. Os candidatos a intrusos na festa passaram a ser Nico Rosberg, da Mercedes, e Kamui Kobayashi, da Sauber, que brigavam na sexta e na sétima posições. Mas as cinco primeiras estavam reservadas aos candidatos ao título. Na volta 40, o quarteto da elite virou quinteto com a recuperação de Button.