Esporte

BAHIA TEM NOVE ANOS SEM GANHAR UM TÍTULO, POR ZÉDEJESUSBARRÊTO

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| 02/05/2010 às 20:24
Os meninos de ouro da Vila Belmiro que ganharam o campeonato paulista
Foto: GP

O Bahia venceu o clássico no Barradão (2 x 1), mas o Vitória sagrou-se campeão. Aliás, tetra-campeão. Uma hegemonia firmada: dos 10 campeonatos do século XXI, o rubronegro venceu oito. É o segundo tetra campeonato da década. O time brasileiro que mais ganhou títulos estaduais nos anos dois mil. Sem discussão.


Ganhou o título porque foi o melhor time do campeonato, fez a melhor campanha durante a competição, venceu o primeiro clássico decisivo em Pituaçu (1 x 0), domingo passado, e jogava por dois resultados iguais. Conseguiu. É o primeiro título do treinador Ricardo Silva, que foi atleta (centroavante) do Bahia e do Vitória e, já há algum tempo, vinha trabalhando como auxiliar de treinador. Efetivado este ano, conhecedor do elenco e do clube, ganhou o título.


Os jogadores receberam e o clube guardará como lembrança do título histórico, o troféu ‘Ministro Orlando Silva', uma homenagem ao atual Ministro dos Esportes.

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O jogo


Pouco mais de 23 mil torcedores foram ao Barradão, um público bem abaixo do esperado. Ao Bahia só restava partir para cima, pois precisava de dois gols de diferença para almejar o título, por isso Renato gaúcho escalou um time ofensivo, com dois meias avançados e dois atacantes enfiados na zaga rubronegra.


Mas foi o time da casa, adotando a tática dos contragolpes, que surpreendeu e, aos 20', abriu o placar. Ramon cobrou escanteio fechado, o goleiro Fernando munhecou a bola de forma equivocada para a frente da área, Élkeson pegou forte, de primeira, sem chances de defesa - 1 x 0.


O Bahia tinha começado melhor o jogo, atacando mais. Grahl e Ananias perderam boas chances e Viáfara mostrou segurança. Com o gol sofrido, o tricolor perdeu-se em campo e o rubronegro fechou-se, começou a tocar, acalmar a bola, truncar o jogo no meio campo e gastar o tempo, explorando apenas os contra-ataques.

Aos 47' o atacante Grahl ficou de cara , tirou do goleiro Viáfara, mas o zagueiro Vallace tirou em cima da linha de gol, quando Rodriguinho chegava na bola para empatar o jogo.


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O empate surgiu logo no início do segundo tempo ( 1'30"), depois de bola alçada por Ávine na área adversária, a cabeçada de Marconi e o rebote de Viáfara nos pés de Grahl que bicou para as redes ( 1 x 1 ) .


O jogo pegou fogo, lá e cá, aberto. O Bahia perigava usando bolas altas, ganhando nas cabeçadas. Numa delas, aos 11', Viáfara salvou de forma espetacular, e a bola ainda bateu na trave. Aos 16' o goleirão salvou outra cabeçada de Grahl. O Bahia tinha a iniciativa do jogo, mas o Vitória quase marca, com Uélinton, depois de uma bobeira do goleiro Fernando.


O time parecia já exausto, sem conseguir furar a boa defesa rubronegra, mas ganhou novas forças com a expulsão do meiocampista Vanderson, aos 26', depois de mais uma falta dura cometida sobre o baixinho Ananias. Renato Gaúcho fez substituições e o time foi todo para frente, tentando fazer gols, mas se abriu e, na correria do contragolpe, o Vitória quase faz.


O segundo gol saiu tarde, já aos 45'. Grahl , lançado na cara do gol, chutou, Viafara defendeu mas deu o rebote, que Lima completou ( 2 x 1 ).

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Detaque positivo para a boa arbitragem do carequinha Heber Roberto Lopes. Está provado: O BaVi tem de ser apitado por arbitro de fora; a arbitragem sempre baiana treme diante da pressão.

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No jogo, destaque para os jovens zagueiros Wallace, Reniê e o meiocampista Uéliton - pratas da casa. Também para o baiano Bida e o goleirão Viáfara, com defesas fundamentais.


No Bahia, os melhores foram Ávine, Alison, Ananias, Marcone, Rodriguinho, Grahl e Leandro. O goleiro Fernando falhou em saídas de gol nas bolas altas; Apodí ainda não jogou pelo Bahia; Lima... sem condições de vestir a camisa tricolor; Edilson e Mendes são ex-jogadores profissionais que insistem em continuar em atividade.

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Observação: O Bahia faz 9 (nove) anos sem ganhar um título. Fato inédito na sua gloriosa história.

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Lamentável , é um horror chegar e sair do Barradão. As pistas foram tomadas de barraquinhas, churrasquinhos... as vias fechadas, uma bagunça, travamento, horas de engarrafamento e nenhum policiamento à vista, nenhum controle, nada. Um caos! Até quando?



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Na chegada pela BR/Barradão, um buzu lotadão da BTU virou, numa curva. Teve gente morta e muitos feridos. Uma agonia.

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Não pegou bem a figura do prefeito João Henrique, pra cima e pra baixo no Barradão, de camisa rubronegra, à cata de câmaras e microfones, a dizer que foi seu pai, o então governador João Durval Carneiro, que construiu o Barradão, sob pressão do avô Manoel Barradas. Ué, estádio particular construído com o dinheiro público? Como assim? E que o seu (dele) pai-pai, atual senador, está arrancando verba, em Brasília, para a construção da nova via Barradão/Paralela. Tá bom ! Beleza.

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Como consolo, o Bahia conquistou o título de Campeão Baiano de Juniores, no sábado, vencendo o Itabuna por 4 x 2, em Pituaçu. O futuro do clube pode estar nas divisões de base. É só dar chance à garotada, na hora certa, e a torcida ter um pouco de paciência com os meninos. Ávine, Ananias e Marconi, oriundos da base, são os mais regulares nessa temporada.

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O tricolor precisa contratar, dispensar, reforçar e treinar muito para enfrentar a segunda divisão. Quem vê o Santo André (SP) e o Ipatinga jogar sabe que há times jogando belo futebol na segundona. Cuidado!

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O Vitória é campeão, mas o time também precisa ser reforçado, renovado em alguns setores se quiser almejar boa classificação na primeira divisão. A derrota no Barradão, no Ba Vi, foi um bom alerta.

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Campeões estaduais


O Santos sagrou-se campeão paulista, num jogo tumultuado contra o Santo André. O time da Vila perdeu de 3 x 2, placar construído no primeiro tempo, quando a arbitragem complicou, não teve o controle do jogo e três jogadores foram expulsos ( dois santistas). Os dois gols de Neymar foram belíssimos. Mas o Santo André, que é da segundona e vai enfrentar o Bahia, tem ótimos jogadores, como Branquinho, Rogerinho, Gil, Nunes e Bruno Cesar (ex-junior do Bahia). O Santo André encarou a meninada do Santos e mostrou um belo e competitivo futebol.

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Em Minas, o Atlético, de Wanderley Luxemburgo é o campeão; No Rio grande do Sul, o Grêmio ficou com o título, mesmo perdendo no Olímpico para o rival In ter (1 x 0); O Avaí, do treinador Péricles Chamusca (baiano) é o campeão de Santa Catarina; EM Goiás, o título ficou mesmo com o Atlético Goianiense, de Elias, Márcio, Chiquinho... todos ex-Bahia; O título cearense ficou mesmo com o Fortaleza (venceu o Ceará nos pênaltis).

Em Pernambuco, o Náutico venceu o Sport (3 x 2 ) e saiu na frente na decisão, que acontecerá na revanche, essa semana.

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Fonte Nova


Dia 3, nesta segunda, as empresas responsáveis pelas obras na Fonte Nova, a demolição da atual estrutura e a construção da nova arena, estão pondo os tapumes, cercando a área. Sinal de início dos trabalhos.

Vamos ver!