Esporte

PLANEJAMENTO MOSTRA QUE SÃO PAULO PODE SER TETRA, POR ZÉDEJESUSBARRÊTO

Vide
| 14/11/2009 às 21:13
A estrutura organizacional do São Paulo está a anos luz da Bahia e do Nordeste
Foto: PhotOrkut
 

O Vitória, como era esperado, levou pau do São Paulo, no Morumbi.  2 x 0.

A quinta derrota seguida.


O time joga mal, apequena-se fora de casa.


Não fosse a bela atuação do goleiro Viáfara, de novo, e seria uma goleada.


O time vem irritando a torcida, perdeu a gana, não dá mais liga em campo, tornou-se um timinho qualquer... de repente.   Que aconteceu?  Despencou na tabela de classificação e a torcida já faz as contas com medo de uma (matematicamente) possível desclassificação para a segundona.  Não creio, mas assusta. Outro dia o time pensava em classificar para a Libertadores, mas foi descendo a rampa sem freio e ... te logo!


Já o tricolor paulista... vem dando sua costumeira arrancada final para mais um título, numa Série A  disputadíssima, este ano. ( Palmeiras, Atlético MG e Flamengo têm chances ainda).


O Flamengo, com Petkovic, Adriano, Maldonado, Álvaro... cresceu muito. E o treinador é caseiro, o ex-craque Andrade.  


*

Alguns times chegam na reta final tinindo, num crescente técnico e físico, sobrando.

Outros, como o Vitória, Bahia, Palmeiras etc... viram o fio antes da hora e caem de produção na reta final. É uma bagaceira física, técnica, emocional... 

Os jogadores  chegam em outubro sem fôlego e sem motivação, já deram tudo o que tinham, só pensam no 13 º e no Natal, de olho em novos contratos.


Observem que todo ano o São Paulo dá essa arrancada final e papa o título. Por quê ?

Planejamento?  Bons preparadores físicos?  Estrutura profissional? Objetivos bem traçados?


É para se refletir.  O futebol baiano, nordestino vive sempre 10 anos atrás. Não aprendemos, vamos regredindo a cada ano.  Temos torcida, mas os nossos clubes são medianos, medíocres.  Contentam-se assim.


Não fazemos mais craques. Não temos ídolos. 


Qual o craque baiano?  Viáfara? Ramon? Apodi? Leandro Domingues?  Todos eram reservas, sucata, nos times do Sul quando vieram pra cá.   E no Bahia, alguém pode ser chamado de craque?  O ídolo é Marcelo, o goleirão que era reserva de Dida no Corinthians.  Nos faltam bons jogadores, além de estrutura, planejamento, profissionalismo fora de campo.


Nosso torcedor vive enganado, contenta-se comendo bolacha quebrada.


E pensar, recordar que já tivemos época de ver jogando Osni, Mário Sérgio, Andrade, Fischer, Almiro, André Catimba...      Buticce, Sanfellipo, Roberto Rebouças, Douglas, Picolé, Beijoca, Jésum, Natal, Baiaco, Fito...    


Sò com craques se ganha títulos. O torcedor precisa de ídolos em campo.


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Com um golaço de cabeça, bom reflexo e inteligência de Nilmar, num lançamento precioso de Elano, o escrete brasileiro de Dunga ganhou de 1 x 0  do time misto da Inglaterra, em Doha/Katar.

Na terça, a seleção faz mais um amistoso cata-níquel contra um time da região, fechando o ano em que Dunga bateu recordes de jogos invicto, ganhou a Copa das Confederações e classificou o time para a Copa da África/2010 com honras de campeão das eliminatórias.


O time continua demonstrando ótimo aproveitamento nos contra-ataques, mas se enrola todo quando encontra um time bem fechadinho.  Na Copa ninguém vai se abrir.

Temos de treinar, exigir mais jogadas de linha de fundo, criar alternativas até lá, ou ...

teremos problemas na África do Sul, a despeito dos bons resultados obtidos este ano.


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Em função da transmissão do baba da seleção, no início da tarde de sábado, pela Globo, a TV Bahia não mostrou o jogo do Bahia contra a Ponte Preta, em Campinas.

Mal a bola rolou, um amigo, torcedor fanático do tricolor, me ligou:

- O Bahia vai vencer o jogo, porque os ‘pé-frio' da tevê não vão transmitir.


Dito e feito.

Diante de uma ‘macaca' desmotivada e que jogou todo o segundo tempo com um atleta a menos em campo, o Bahia venceu no estádio Moises Lucareli, em Campinas, pela primeira vez: 3 x 1;  e deu um salto fundamental para escapar do humilhante rebaixamento para a terceirona.

Ufffa!!!


O grande nome do jogo foi o atacante Jael. Fez um gol,   deu o passe para o gol de Beto e criou a jogada paras o gol derradeiro de Paulo Isidoro.  Foi o resultado mais importante do tricolor nesse campeonato da segunda divisão.


Sábado, o time pega o Guarani, também de Campinas, em Pituaçu. Casa cheia!


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Com a permissão do mestre Joca  ( o jornalista, escritor membro da ABL e tricolor João Carlos Teixeira Gomes), reproduzo um trecho do artigo ‘Futebol às avessas', que saiu na pág 2 do jornal A Tarde deste sábado, 14 de novembro:


...

‘Está acontecendo com o tricolor algo espantoso, que a crônica esportiva mal registra: o clube, lançado nas divisões inferiores, já não entra nas competições para ganhar títulos e recuperar prestígio, mas apenas para evitar o rebaixamento  e humilhação ainda maior. O Bahia vem disputando sempre um campeonato ás avessas, o futebol ao contrário: a única meta dos dirigentes é sair do sufoco, fugir da degola, escapar da lanterna.

... ‘ Que a atual diretoria tenha pelo menos agora o gesto meritório da renúncia coletiva, convocando eleições livres e democráticas, como toda a torcida quer e a grandeza do Bahia exige'.