Esporte

CRUZEIRO EMPATA COM ESTUDIANTES E DECISÃO SERÁ EM MINAS GERAIS

Com informações do G1
| 09/07/2009 às 00:24
O primeiros 90 minutos da final da Taça Libertadores da América terminaram sem gols no lotado estádio Ciudad de La Plata, na Argentina. Melhor para o Cruzeiro, do goleiro Fábio, que segurou a pressão do Estudiantes e só precisa de uma vitória simples em Minas Gerais para vencer o terceiro título da competição continental em sua história.

A frustração foi grande entre os 36 mil torcedores argentinos, que apoiaram o Estudiantes do início ao fim. Lugares vazios só havia no lado dos visitantes, que tinham direito a 4 mil lugares, mas cerca de 300 cruzeirenses foram a La Plata acompanhar o seu time do coração.


O segundo jogo da final está marcado para a próxima quarta-feira, às 21h50m (horário de Brasília), no Mineirão, em Belo Horizonte. Como o gol fora de casa não conta para a decisão do título, um novo empate leva a partida para a prorrogação e, se o placar permanecer igual, para a disputa de pênaltis. Quem vencer, levanta o troféu.


Fábio segura o ímpeto argentino na etapa inicial

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Ramires disputa lance com Gastón Fernandez

Muita fumaça e uma chuva de papel picado marcaram a festa na entrada do Estudiantes em campo e, como era de se esperar, o time argentino começou o jogo pressionando e adiantando a sua marcação para o campo do Cruzeiro. Sabendo do pavio curto de Kléber, Schiavi tratou de irritar o atacante celeste logo aos três minutos com uma falta no meio-de-campo e uma joelhada na sequência, que não foi observada pelo árbitro uruguaio Jorge Larrionda. Um início de confusão que se dissipou juntamente com a fumaça que impedia a visão do campo nos primeiros minutos.

A primeira finalização cruzeirense saiu apenas aos seis minutos em chute de Ramires, que bateu na zaga e se perdeu pela linha de fundo. Na cobrança de escanteio venenosa, Wagner deu um susto no goleiro Andújar. Um erro pode ser fatal numa decisão, e Henrique escapou de boa aos sete minutos. Na entrada da área, a bola quicou na frente do volante, que ficou esperando que ela descesse e a viu sendo roubada por Pérez, que também falhou no passe decisivo, desperdiçando um presente.

O primeiro lance de real perigo foi do Estudiantes, aos 11 minutos, em falta na entrada da área, que Verón bateu com categoria e viu Fábio voar para impedir o gol argentino. A estrela do goleiro brasileiro voltou a brilhar aos 16 em chute cara a cara de Pérez, que o camisa 1 celeste espalmou para escanteio. Antes que o escanteio fosse cobrado, uma cena inusitada: um cano de água estourou atrás de meta cruzeirense, mas o problema foi logo solucionado pela administração do estádio.

Schiavi, enfim, aos 25, recebeu o cartão amarelo ao atingir duramente Ramires. Wagner cobrou a falta na área, a zaga aliviou, e o meia voltou a cruzar para a cabeçada de Wellington Paulista, que saiu à direita. Na disputa, Germán Ré levou a pior e teve que enfaixar a cabeça para continuar na partida.

Verón continuava incomodando e, aos 35, mais um de seus chutes bateu na zaga e saiu em escanteio. Pouco depois, Fábio afastou um cruzamento que vinha na direção de Schiavi, se chocou com o zagueiro rival, que ficou se contorcendo em dores na área celeste pedindo pênalti, que foi justamente ignorado pelo árbitro. Aos 38, foi a vez de Marquinhos Paraná salvar a Raposa em cruzamento de Germán Ré que tinha endereço certo: a cabeça de Fernandez na pequena área.

Kléber, figura apagada na etapa inicial e que sofreu faltas sucessivas da defesa argentina, perdeu a paciência com mais um tostão que recebeu dos adversários. O atacante foi reclamar com o árbitro e a única coisa que conseguiu foi um cartão amarelo para ele próprio. Era o que os argentinos queriam ao provocá-lo. O Estudiantes ainda teve duas chances antes do fim da primeira etapa com Fernández, aos 42, em chute que foi cortado por Leonardo Silva, e com Verón, aos 44, em bomba certeira que Fábio agarrou firme sem dar rebote.


Kléber perde a chance da vitória

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Kléber foi bem marcado pelos argentinos, mas desperdiçou ótima chance na etapa final

A pressão do Estudiantes se intensificou ainda mais no início do segundo tempo com duas defesas salvadoras de Fábio em sequência. Primeiro, o goleiro espalmou um chute à queima-roupa de Boselli para a linha de fundo, e, na cobrança de escanteio, Desábato cabeceou firme e o cruzeirense fez um milagre em La Plata.

O Cruzeiro tentou se soltar após os sustos em sequência e Kléber arriscou o seu primeiro chute aos quatro minutos, sem muita direção. Aos seis, os cruzeirenses se revoltaram e pediram pênalti, pois após cruzamento de Wagner, Wellington Paulista se chocou com a zaga e ficou reclamando.

O clima foi ficando cada vez mais quente com Verón também sangrando após disputa com Ramires, que deixou o cotovelo, aos 13 minutos. 'La Brujita' teve que deixar o campo por alguns segundos para levar pontos e voltar ao campo logo depois. Três minutos após o primeiro embate foi a vez de Schiavi dar um "soquinho" em Wellington Paulista, que desabou no chão, tentando forçar a expulsão do adversário, que já tinha cartão amarelo. O árbitro não advertiu ninguém.


Comandado por Pérez, o Estudiantes se lançou à frente, mas a ansiedade fez com que os argentinos perdessem bolas fáceis e abrissem chance para o Cruzeiro aparecer com perigo na frente. Aos 28, Ramires cruzou na direção de Leonardo Silva, que apareceu livre na área, mas cabeceou para fora.


Com o Estudiantes perdido em campo, a Raposa começou a aparecer bem nos contra-ataques. Aos 35 minutos, Kléber perdeu a chance do jogo. Wagner cruzou, Andújar espalmou nos pés do Gladiador, que, com o goleiro adversário caído, mandou para fora. Aos 38, a conclusão de Wellington Paulista, após cabeçada de Jonathan, passou perto, mas também não exigiu trabalho do arqueiro rival. Aos 44, a última boa chance do jogo foi dos argentinos com Salgueiro, que chutou forte, assustando o goleiro Fábio, mas a bola saiu.