Esporte

CRUZEIRO VENCE GRÊMIO POR 3X1 E CAMINHA PARA FINAL DA LIBERTADORES

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| 24/06/2009 às 23:56

O Cruzeiro está em vantagem na disputa por uma vaga na final da Taça Libertadores. Nesta quarta-feira, a Raposa derrotou o Grêmio por 3 a 1, no Mineirão, em um jogo cheio de emoção e alternativas. Na próxima quinta-feira, no Olímpico, o time do técnico Adilson Batista pode até perder por 1 a 0 ou por dois gols de diferença (a partir do placar de 4 a 2) que se classifica. Uma vitória por 2 a 0 garante o Tricolor gaúcho na próxima fase. Vitória gremista por 3 a 1 leva aos pênaltis.   


Antes de se reencontrarem, porém, as equipes têm compromissos pelo Brasileirão. A Raposa recebe o Avaí, sábado, no Mineirão. O Grêmio vai ao Recife para efrentar o Sport, domingo, na Ilha do Retiro.


Competitividade
 em nível máximo



Ampliar Foto Agência/EFE Agência/EFE

Thiago Heleno teve trabalho com Maxi López

Nervoso, truncado, brigado. Jogo de Taça Libertadores da América é assim. E quando envolve dois times "copeiros" fica ainda mais empolgante. Bicampeões continentais, Cruzeiro e Grêmio fizeram um primeiro tempo em nível máximo de competitividade. Cada centímetro do gramado do Mineirão foi disputado como se fosse o único. O time de Adilson Batista entrou em campo desfalcado, quase remendado. O zagueiro Léo Fortunato e o lateral-esquerdo Gerson Magrão, machucados, foram vetados horas antes da partida. Thiago Heleno entrou na defesa, mas o técnico foi obrigado a improvisar o volante Marquinhos Paraná na esquerda.


O Tricolor gaúcho investiu em um jogo paciente e de contra-ataques. Quase se deu muito bem. Maxi López e Alex Mineiro tiveram as melhores oportunidades de surpreender a zaga celeste, mas pecaram nas finalizações. Aos cinco minutos, o argentino encarou a marcação de Elicarlos na direita, cruzou certinho para o parceiro, mas o camisa 9 errou o chute. Ele não marca há 125 dias.


O Cruzeiro parecia um time incomodado com a forma que estava disposto em campo. No entanto, se manteve perigoso. Aos oito, a principal característica apareceu. Com toques rápidos, Paraná encontrou Wellington Paulista na área. O atacante esperou o momento certo para fazer o pivô e rolar para a chegada do lateral-direito Jonathan. O chute com o pé esquerdo ficou fácil para Marcelo Grohe defender.


Durante 13 minutos, os visitantes fizeram valer a experiência do grupo, chegaram duas vezes e passaram muito perto. Primeiro com Alex Mineiro: após cruzamento de Túlio, aos 14, ele subiu sozinho para cabecear, mas Fábio estava atento. Aos 21, Thiago Heleno perdeu a bola no campo de defesa, Maxi López disparou, se livrou da marcação e bateu rasteiro. A bola, caprichosa, tocou a trave direita do goleiro Fábio. Se faltava o gol, sobrava discussão. Kléber e Túlio, Leonardo Silva e Maxi López, Henrique e Souza. Tudo era motivo para esquecer a partida e resolver alguma diferença.

Sorte que o Cruzeiro tem Kléber. Longe da área, quase como um meia, mas sempre perigoso, o Gladiador se apresentou cheio de vontade. Com um lançamento, achou Jonathan na área, aos 29. O lateral teve duas chances, mas Marcelo Grohe salvou. Aos 37, Kléber avançou pela direita, cruzou na cabeça de Wellington Paulista que não vacilou. Cabeçada precisa, fulminante. Logo ele, que no início do ano quase foi para o estádio Olímpico. Mineirão tremendo, Mineirão em chamas.

Mas o Grêmio é forte, principalmente quando Souza decide jogar o que sabe. Aos 41, ele arriscou de fora da área. De longe mesmo. A bola que parecia ir para a linha de fundo só não entrou porque Fábio, em grande fase, defendeu de mão trocada. Acredita em milagre? Foi o que garantiu a vantagem celeste no primeiro tempo.