Representantes do poder público municipal e de instituições ligadas ao ofício dos Mestres Carpinteiros Navais se reúnem neste sábado (7), no Saveiro Club da Bahia, na Ribeira, para trocar informações e adquirir conhecimento na 5ª Oficina de Elaboração do Plano de Salvaguarda do Ofício de Mestre de Carpinteiro Naval. O mestre carpinteiro naval é responsável pela fabricação artesanal dos barcos usados cotidianamente pela população como principal meio de transporte de mercadorias e pessoas, além importante ferramenta de fomento ao turismo.
A atividade integra o projeto Ayo Gbogbo Axé, contemplado pelo edital Salvador Cidade Patrimônio, com recursos financeiros da Fundação Gregório de Mattos (FGM), Secretaria Municipal de Cultura de Turismo (Secult), Prefeitura de Salvador e da Lei Paulo Gustavo, Ministério da Cultura e Governo Federal.
“Os encontros para elaboração do plano de salvaguarda do ofício de mestre carpinteiro naval são essenciais para ouvir os detentores e transformar seus anseios em ações de curto, médio e longo prazo, garantindo a continuidade desse saber-fazer que é um patrimônio de Salvador. O plano é um documento norteador para garantir a salvaguarda de qualquer patrimônio imaterial”, detalha o gerente de Patrimônio Cultural da FGM, Vagner Rocha.
Processo – Para o coordenador do projeto, Antonioni Afonso, as oficinas cumprem as diretrizes e etapas do processo de reconhecimento do ofício como bem imaterial e patrimônio cultural da cidade de Salvador. “O plano é um documento norteador para garantir a salvaguarda de qualquer patrimônio imaterial. Nesta próxima atividade, iremos ouvir e incluir sugestões dos órgãos públicos e instituições que estejam envolvidos no processo”, frisa.
De acordo com o gestor, nas edições anteriores das oficinas foram identificados pontos no processo de proteção e salvaguarda que precisam ser melhorados. “A partir destas identificações, construímos junto aos detentores do bem as estratégias, objetivos e ações necessárias para que o mesmo seja protegido e salvaguardado, constituindo um instrumento de gestão compartilhada que chamamos de Plano de Salvaguarda”, explica.
O processo de elaboração do Plano de Salvaguarda está em fase de finalização e, após essa oficina, a equipe técnica irá sistematizar as contribuições em um documento. “Essa etapa é de grande importância, pois é o momento em que definimos as responsabilidades e a governabilidade da execução do Plano de Salvaguarda deste bem, prevendo quais ações serão executadas no curto (1 ano), médio (3 anos) e longo prazo (5 anos). Esse texto final será validado pelos detentores, Conselho Municipal de Política Cultural e publicado no Diário Oficial do Município (DOM)”, finaliza.