Ucrânia não tem “informações confiáveis” sobre passageiros de avião russo abatido

Num comunicado de imprensa, a inteligência militar ucraniana (GUR) afirma não ter “informações fiáveis” sobre os passageiros do avião russo abatido na quarta-feira, que segundo Moscovo transportava 65 prisioneiros ucranianos, ao mesmo tempo que confirma que estava planeada uma troca com a Rússia. para o dia.

“Atualmente não temos informações confiáveis ​​e completas sobre as pessoas que estavam a bordo do avião ou o seu número”, escreve a inteligência. “Foi planeada hoje uma troca de prisioneiros, mas não ocorreu”, acrescentou, garantindo que a Ucrânia “não foi informada” da necessidade de garantir a segurança do espaço aéreo na zona.

DUVIDAS

Surgem dúvidas sobre a versão russa do acidente do Il-76

Maksym Kolesnikov, um soldado ucraniano libertado no início de 2023, é irónico sobre as informações fornecidas pelo Ministério da Defesa russo sobre o IL-76. Ele escreveu num tweet que as informações russas sobre prisioneiros de guerra a bordo do Il-76 são “100% falsas”. Segundo ele, “o Ministério da Defesa russo alegou que havia 65 prisioneiros de guerra, 6 tripulantes e 3 (TRÊS) atendentes a bordo do Il-76. Isto é totalmente falso. Quando voei de Bryansk para Belgorod, havia cerca de 20 policiais militares para cada 50 prisioneiros. Três guardas. Sim claro ".

REPELIDOS

Os russos entraram em Avdiïvka, mas foram repelidos

O exército russo conseguiu entrar pela primeira vez na cidade ucraniana de Avdiïvka, um foco de combates no leste, mas foi repelido, disse o seu prefeito à Agence France-Presse na quarta-feira, uma nova ilustração dos esforços militares de Moscou em Donbass.

“Grupos russos de sabotagem e reconhecimento entraram na parte sul de Avdiivka, mas foram repelidos”, disse Vitalii Barabash, dizendo acreditar que a situação era “difícil, mas sob controle”. “Eles já não estão lá, o exército ucraniano desalojou-os e retomou as suas posições”, garantiu, mas “o inimigo continua a atacar”.

Vitalii Barabash confirmou que esta foi a “primeira” incursão das forças russas nesta cidade industrial da região de Donetsk, mas não deu detalhes sobre quando ocorreu ou quanto tempo durou.

As forças russas tentam há meses cercar Avdiivka, onde soldados ucranianos estão escondidos em posições fortificadas.

Cerca de 1.078 civis ainda vivem lá, apesar dos incessantes bombardeios, segundo o prefeito. Desde a queda e o fracasso da contra-ofensiva ucraniana, o exército de Moscovo retomou o seu ataque, particularmente na frente oriental.